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MATEUS - 10, 24 - 33 - EVANGELHO DO DIA - GRUPO DE NATUREZA ALIENÍGENA - GNA
(Mt 10,24-33)
PORTAL - GNA - 10876 - MATEUS - 10, 24 - 33 - EVANGELHO DO DIA - 10 07 21 - REALIDADE ESPIRITUAL - GNA
(MT 10,24-33)
EVANGELHO DO DIA - https://www.vaticannews.va/pt/santo-do-dia.html
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus (Mt 10,24-33)
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: “O discípulo não está acima do mestre, nem o servo acima do seu senhor. Para o discípulo, basta ser como o seu mestre, e para o servo, ser como o seu senhor. Se ao dono da casa eles chamaram de Belzebu, quanto mais aos seus familiares!
Não tenhais medo deles, pois nada há de encoberto que não seja revelado, e nada há de escondido que não seja conhecido. O que vos digo na escuridão, dizei-o à luz do dia; o que escutais ao pé do ouvido, proclamai-o sobre os telhados! Não tenhais medo daqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma! Pelo contrário, temei aquele que pode destruir a alma e o corpo no inferno!
Não se vendem dois pardais por algumas moedas? No entanto, nenhum deles cai no chão sem o consentimento do vosso Pai. Quanto a vós, até os cabelos da cabeça estão todos contados. Não tenhais medo! Vós valeis mais do que muitos pardais.
Portanto, todo aquele que se declarar a meu favor diante dos homens, também eu me declararei em favor dele diante do meu Pai que está nos céus. Aquele, porém, que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante do meu Pai que está nos céus.
PALAVRAS DO SANTO PADRE
O discípulo é chamado a conformar a própria vida a Cristo, que foi perseguido pelos homens, experimentou a rejeição, o abandono e a morte na cruz. Não há missão cristã sob o signo da tranquilidade! Em meio às dificuldades do testemunho cristão no mundo, nunca somos esquecidos, mas sempre assistidos pela solicitude amorosa do Pai. Portanto, no Evangelho de hoje, por três vezes Jesus tranquiliza os discípulos dizendo: «Não temais». (Angelus, 25 de junho de 2017)
Espírito beneditino, linfa da Europa
O ensinamento de São Bento, que nasceu em Núrsia, por volta do ano 480 d.C., foi uma das alavancas mais poderosas, após o declínio da civilização romana, para o nascimento da cultura europeia; é a premissa para a difusão de centros de oração e de hospitalidade. Não é apenas o farol do monacato, mas também uma fonte providencial para peregrinos e pobres.
“Deveríamos perguntar-nos – escreveu o historiador Jacques Le Goff – a quais excessos as pessoas da Idade Média teriam chegado, se esta grande e suave voz não se tivesse elevada”? Uma voz sobre a qual se deteve o grande biógrafo de exceção, São Gregório Magno, no II Livro dos “Diálogos”.
“Um astro luminoso em um século obscuro”
Para São Gregório, Bento é “um astro luminoso” em uma época dilacerada por uma grave crise de valores. Ele pertencia a uma nobre família da região de Núrsia. Segundo a tradição, no lugar, onde se encontrava a casa natal do Santo, foi construída a Basílica de São Bento.
Sua vida, desde a juventude, era dedicada à oração. Seus pais, bastante ricos, mandaram-no a Roma para garantir-lhe uma boa formação. Ali, porém, - narra São Gregório Magno – encontrou más companhias, amigos viciados, que viviam ao léu. Então, Bento deixou Roma e foi, inicialmente, para a localidade denominada Enfide e, depois, por três anos, viveu como eremita em uma gruta, em Subiaco, que se tornaria o centro espiritual dos Beneditinos, chamada “Sacro Speco”. Este seu período de solidão foi uma preparação prévia para outra etapa fundamental do seu caminho: Montecassino.
Ali, entre as ruinas de uma antiga acrópole pagã, São Bento e alguns companheiros construíram a primeira Abadia de Montecassino.
A Regra
A São Bento, irmão de Santa Escolástica, foram atribuídos muitos milagres. Mas, o milagre maior e mais duradouro do Pai da Ordem beneditina foi a composição da “Regra”, escrita por volta do ano 530 d.C. Trata-se de um Manual, um código de orações para a vida monacal. Seu estilo, desde às primeiras palavras, é muito familiar: desde o prólogo até o últimos dos 73 capítulos, Bento exorta os monges a “ouvirem com o coração” e a “jamais perderem a esperança na misericórdia de Deus”. De fato, escreveu: “Ouça, filho, os ensinamentos do Mestre; dê-lhe ouvidos com o coração; receba, com agrado, os conselhos de um pai que lhe quer bem, para se dirigir, com o rigor da obediência, Àquele do qual você se distanciou por causa da negligência e da desobediência”.
“Ora et labora”
“O ócio – escreveu São Bento na Regra – é inimigo da alma. Por isso, os irmãos devem dedicar-se, em determinadas horas do dia, ao trabalho manual e, em outras, à leitura dos livros que contêm a Palavra de Deus”. Oração e trabalho não se contrapõem, mas estabelecem uma relação de simbiose. Sem a oração não é possível encontrar a Deus.
A vida monacal, definida por São Bento como “uma escola de serviço ao Senhor”, não pode prescindir do compromisso concreto. O trabalho é uma extensão da oração. “O Senhor – recorda São Bento – espera, todos os dias, a nossa resposta concreta aos seus santos ensinamentos”.
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