ANÁLISE DO TEXTO ABAIXO PELO GNA
Ao tentar entendermos entender os supostos mistérios da existência de Deus, nos colocamos na conhecida sabedoria de Santo Agostinho, aonde na praia, como fazia constantemente suas orações e leituras, viu um menino que com uma conchinha do mar, levava a água retirada e a depositava em um buraquinho na areia ... Santo Agostinho disse ao menino, que era impossível colocar toda a água do mar naquele buraquinho na areia ... o pequeno menino, afirmou que seria mais fácil isto acontecer, do que ele naquela leitura do dia, entender sobre o mistério de Deus, e da Santíssima Trindade.
Apenas, na minha mais humilde análise, permito-me ao meu entendimento ainda que gere dúvidas, respeito opiniões e sei, que ninguém teria a famosa certeza absoluta em se tratando de um assunto que desafia e desafiou mentes famosas pelo mundo inteiro.
Não preciso dizer de várias enunciados e textos que define este assunto, e a própria Bíblia Sagrada, nas afirmativas de Jesus, disse claramente que o Pai é maior do que Ele, que ninguém jamais viu Deus, a não ser aquele que desceu dos Céus para revelá-lo ... outros elementos poderiam compor esta simples mais profunda análise do tema. Para não ficar encima do muro, defino dados a esta pesquisa, e coloco Deus, A Santíssima Trindade, Jesus Cristo, e quem dizer que possui Deus dentro de si. Apenas defino, que poderíamos falar até de definições antes de existir o quantum universal, a matéria que todos conhecem, e a nós como parte dela nesta terceira dimensão, na vida após a vida, planos e demais realidades, compondo imensidões de sistemas e distâncias que nossa inteligência poderia entender como Deus está e vive olhando e observando tudo ...
Para mim, esta glória não dou a outro, pois Jesus apenas desejou dizer que Deus não é para ser dado, entregue, vendido, comprado, comparado e etc ... aqui fica também o predicado, que o Pai - Deus, é maior do que Ele - Jesus. O texto abaixo de nossos irmãos do Refúgio Bethânia - Portugal, do Grande Evangelho de João, pelo médium e profeta Jacob Lober, e estudiosos desta casa, objetiva suas verdades e quantas pelo mundo fora existiu e existe. Acredito, que cada um de nós, assim como Jesus, não nos tornamos como usurpadores de declara que Somos iguais a Deus, pois para isto, seria necessário ser o que não somos, mais somos aquilo que diante do valor sagrado, nos tornarão como futuros deuses, assim como Jesus se tornou. Jesus, o Cristo, refletiu e nos revelou na simples dedução, ao dizer sois deuses e não sabeis ... e para isto é necessário que a plenitude da Trindade exista em nós, assim como existe em Jesus. A Unidade, existe, e assim foi revelado, Eu - Jesus sou Uno com o Pai, e assim não somos ainda, mais precisaremos ser nas jornadas nas muitas moradas das Casas do Pai, que ainda teremos que viver ... isto é evolução, do corpo material e espiritual. Quando se atinge este patamar, por mais perfeito que alguém se torne, jamais seremos maiores do que Deus, e sim Deuses com ele ... quem poderia ser maior do que foi criado, se tudo foi criado por Deus, e tudo é Deus, pois sua presença e poder margeia tudo em tudo e todos e m todos ... Deus está em tudo, e feliz é aquele que entende que ser Deus, com Deus, e por Deus, é tê-lo na realidade de entender que para merecer esta verdade, Deus tem que fazer parte dela. Acredito em duas realidades, e delas definirá aquela verdade que define o caminhar do Sois Deuses, a primeira realidade não é acreditar ou definir Deus, e sim viver na Sua Santa Unidade, acreditar não salvará ninguém. A segunda realidade, é aqueles que acreditam, mais nada realiza para provar ou estar na Unidade Divina, estes jamais o terá, e a terceira realidade é o resultado dos dois primeiros, que na misericordiosa presença, tudo fará para que diante dos tempos oferecidos, e estes serão aqui na matéria, e exílios retificadores acontecerão, e a razão fará acontecer o que se determina além dos tempos e nos prazos definidos, pois a Lei Divina, entre leis estabelecidas será a Justiça que virá após o tempo da misericórdia que todas as almas farão por merecer ... apenas, pelo livre arbítrio, acontecerá as escolhas.
Mundos e realidades existem, e a qualificação de cada um destes locais, estabelecem a ordem de seleção dos que almejam viver nas realidades permitidas e expansivas de um Deus que permite que a Criação cresça e estabeleça na Lei Cósmica das afinidades com os propósitos Sagrados, e sem a harmonia e o amor, nada será possível ... ninguém é maior do que o sistema em que tudo se define, e é claro, Deus jamais ficará fora dele.
ABAIXO - REFLEXÕES DO REFÚGIO BETHÂNIA
EXCERTOS D’O GRANDE EVANGELHO DE JOÃO
A ACTIVIDADE DOS TRÊS CORPOS
DO HOMEM
(O Senhor): «Em todas as coisas, descobrireis três factores
distintos: o primeiro é evidentemente a forma, pois sem ela nada existiria
ou poderia ser imaginado. O segundo é o volume; sem ele, as coisas não
existiriam, tampouco teriam forma. O que vem a ser o terceiro factor tão
imprescindível à existência do primeiro e do segundo? A força interna de
coesão que perfaz a natureza das coisas. Essa força constituindo
conteúdo e forma, é, ipso facto, a base de tudo; sem ela não se admite um ser
ou objecto.
Vistes serem os três factores distintos, porquanto a forma não é
volume, e este não é a força condicionada. Todavia, os três são um só; pois, se
não houvesse força, não haveria volume, nem forma.
Voltemos à alma. Em virtude da sua existência definida, ela necessita
de forma, isto é, do corpo, seja ele material ou de substância espiritual.
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A alma, apresentando-se como criatura, por certo terá conteúdo
correspondente. Este conteúdo, ou seja, o corpo interno, é a própria alma.
Isto tudo existindo, deu-se a força, ou seja, o espírito, do qual depende
a alma; o espírito é tudo em tudo, pois sem ele não há substância
sólida, corpo ou forma.
Muito embora os três factores constituam um ser, devem ser
reconhecidos e classificados distintamente.
O espírito, ou a essência eterna, é habitado pelo amor como força
accionadora de tudo, pela inteligência mais elevada e pela vontade viva e
firme; isto em conjunto produz a substância da alma, dando-lhe forma ou
corpo.
Uma vez surgida a alma ou a criatura, de acordo com a vontade e a
inteligência do espírito, este se retrai no seu recôndito, passando à alma a
vontade livre e inteligência independente, das quais ela se apossa pelos
sentidos externos, pela percepção interna e aperfeiçoando-os como se fosse
obra própria.
Em virtude deste estado, no qual a alma se sente isolada do espírito, é
ela apta a revelações externas e internas. Conclusão: Aceitando-as pela
prática, ela inicia a união com o espírito, passando gradativamente à
liberdade ilimitada do mesmo, tanto na inteligência, quanto na livre vontade,
bem como na força e poder de realizar tudo que quer.
Daí deduzireis que a alma, como pensamento do espírito transformado
em substância viva – no fundo, o próprio espírito – pode ser considerada qual
emanação dele, sem deixar de ser o que ela é.
A experiência diária demonstra a apresentação da alma como
indivíduo, a terceira personalidade. O corpo serve à alma como revelação
externa do espírito, tendo a finalidade de externar inteligência e livre arbítrio
da alma, contê-los e só então procurar a inteligência ilimitada, a vontade e a
força verdadeiras, tornando-se deste modo um ser infinitamente glorificado e
independente, unido ao espírito, única realidade e ser penetrante do homem.
Se, com esta explicação, compreendestes como toda a criatura em si,
bem como todo o objecto em grau inferior, se constitui de três factores
distintos, passaremos à triplicidade da natureza de Deus, a fim de
assimilardes porque vos incuti – em virtude da verdade superior e viva – a
baptizardes as criaturas que crerem em Mim, aceitando a Minha doutrina
pela acção, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Prestai atenção ao
que ouvireis da Minha boca, para complemento de tudo.
As Escrituras afirmam que Eu, Jesus Cristo, o Filho do Homem,
sou Deus Verdadeiro, muito embora denominado Pai, Filho e Espírito
Santo. Todavia, é Deus uma só glória, personificada na forma
perfeita do homem.
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Se alma, corpo e espírito são de tal forma unidos a constituírem
um ser, ou finalmente uma substância individual, entretanto são
manifestações distintas. Pai, Filho e Espírito Santo igualmente estão
unidos, conforme ensina a Escritura dos patriarcas e profetas.
Desejou David que Deus encontrasse o seu corpo, alma e espírito
impunes. Se o antigo e sábio rei assim se expressou, acaso poderia perguntarse: O homem consiste de três pessoas? Tal pergunta sendo impossível numa
criatura cuja educação e verdadeira perfeição da vida lhe fazem sentir a
divisão da sua natureza, como supor que Deus, desde eternidades
perfeitamente Uno, poderia ser dividido em três pessoas, respectivamente
três deuses?»
A NATUREZA DE DEUS
(O Senhor): «Se Deus, Criador de todos os seres – todavia diferente de
todos – foi, é e será eternamente verdadeiro, acaso tal facto O obriga a
permanecer no centro original? Se ao homem foi dada livre movimentação
física e muito mais em espírito, como deveria Deus limitar-Se neste sentido?
Digo-vos: O infinito divino tem poder de movimentação infinita; portanto,
assiste-Lhe o direito de transformar a Sua glória em carne, a fim de Se tornar
visível e palpável às criaturas.
O poder de criar deuses semelhantes a Ele não Lhe assiste, nem pode
ser; pois, se assim fosse, Ele teria que criar outros espaços infinitos, absurdo
este compreendido por qualquer pessoa inteligente. Se o Espaço é infinito,
onde deveria começar um segundo?
Um segundo Deus perfeito, dotado da mesma glória infinita é tão
pouco admissível quanto um segundo Espaço, e daí podereis deduzir ser Eu,
como Homem físico, o mesmo Deus de todas as criaturas, que fui e serei para
toda a eternidade.
Se Eu criasse mais dois deuses, digamos, o Filho e o Espírito Santo, de
sorte que ambos possuíssem individualidade diferente, teriam que outorgarse os mesmos poderes, porquanto sem eles não se concebe um Deus, tampouco
a existência de outro Espaço, sob determinada divisão e restrição recíproca.
Se isto fosse possível, que aspecto teria o direito de prerrogativas de Deus?
Só pode existir um direito de realeza divina. Se existissem três, o Reino
uno e infinito de Deus estaria esfacelado e a sua subsistência seria tão pouco
imaginável quanto a existência de três espaços infinitos.
Somente o Reino uno de um só Deus pode existir eternamente,
por ser apenas Ele, soberano e Senhor, como disseram os profetas pela
inspiração de Deus.
A divindade não passará a Sua glória a outrem. Eu, Cristo, sou Deus
Único. Criaturas, anjos, exércitos e poderes angelicais, todas as coisas no Céu
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e na Terra sempre se curvaram diante de Mim e jamais o fariam perante
outro, assim como todos os espaços cósmicos – incompreensíveis à vossa
imaginação – são tragados pelo único Espaço infinito, como se não
representassem nada.
Se, com a denominação de Pai, Filho e Espírito Santo, não se
subentendesse um Deus, isolado em Sua base e natureza, e houvesse
necessidade de aceitardes um Filho e um Espírito Santo, Dele divergentes –
que aspecto teria Deus como Pai?
Se, pela Escritura dos profetas – incompreendida pela inteligência
embotada através da própria culpa humana – o Pai doa ao Filho todo o poder
e força no Céu e em todos os mundos, dando-Lhe o Espírito Santo como
assistente para a santificação e organização da Boa Nova vinda dos Céus,
para cujo chefe foi nomeado o Filho representado por Mim, pergunto: Que
Deus fazeis do Pai? Porventura ainda podeis fazer Dele um Deus?
Se fordes capazes de imaginar um outro, dentro da vossa cegueira
mundana e material, só poderia ter aparência ociosa, pois deveis compreender
que, em tais circunstâncias, Ele nada mais teria que operar e reger. Para
tanto, bastaria imaginardes que Deus-Pai, em virtude da Sua idade – como
fez o velho faraó no Egipto, passando a regência a José – entregasse o ceptro
ao Filho, devido ao cansaço e às dificuldades, para poder entregar-Se ao
repouso.
Porventura podeis imaginar que, por ter o Pai envelhecido, Ele
quisesse reformar-Se, pois, além do Filho dotado do mesmo Poder, ainda
dispõe de um Espírito Santo igualmente poderoso e emanação de Pai e Filho,
aos quais passaria o governo, renunciando ao mesmo? Quão tola e cega seria
a mente humana capaz de ideias tão absurdas.
Se existem Filho e Espírito Santo, diferentes do Pai, assim como
existem anjos e criaturas, só podem ser criações Dele, porquanto possuem a
natureza perfeita do Criador, e não em consequência da própria
Omnipotência individual.
Como poderia haver parentesco perfeito e divino ou unidade
substancial, entre um espírito sem corpo e forma, e um, dotado dos mesmos?
Poder-se-ia dizer do Filho, como vedes, pessoa física, estar Ele no Pai, se o
Pai não tivesse corpo e forma? Ou poderia o Pai infinito, sem corpo e forma
estar no Filho?
Prossigo: Se o Espírito Santo for uma terceira individualidade surgida
do Pai e do Filho, como pode possuir as mesmas capacidades e ser igualmente
eterno? Aquilo que recebe existência de um outro ser poderia ser idêntico
àquele que se auto-criou? Pode a eternidade ser idêntica ao tempo fugaz, ou
a um Espaço limitado, semelhante ao infinito?
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Admitindo encontrarem-se todas as épocas na eternidade, onde se
movimentam e mudam, impossível afirmar-se que a eternidade esteja no
tempo mais longínquo, assim como se poderia afirmar que todos os espaços
imensos, todavia limitados, certamente se encontram no Espaço original e
infinito; nunca, porém, dar-se-ia o inverso.
Caso o Espírito Santo surgisse, qual criatura, de Pai e Filho, seria ele
um deus do tempo e não da eternidade. Tal deus poderia, como tudo o que é
temporal, deixar de existir com o tempo. Neste caso, quem poderia dar e
conservar a existência eterna a criaturas e anjos? A fim de proporcionar-vos
maior elucidação, prossigamos no tema.»
O SENHOR COMO FILHO
(O Senhor): «Se o Filho existiu desde eternidades, como podia ser
gerado? E se o Espírito Santo igualmente existiu desde sempre, poderia
surgir e originar-Se de Pai e Filho? Se, dentro da razão e lógica, os três
personagens divinos – dos quais os homens, posteriormente, poderiam criar
três deuses – são eternos, isto é, sem princípio, impossível um dar início à
existência do outro.
Eu, como Homem carnal, sou o Filho gerado por Mim mesmo,
portanto o Meu próprio Pai desde eternidades. Onde poderia estar o
Pai, senão no Filho; e onde estaria o Filho, senão no Pai, portanto Deus e Pai
em uma pessoa?
Este Meu Corpo é a figura glorificada do Pai, por causa dos
filhos e dos anjos, a fim de Me tornar um Deus compreensível e
visível, de sorte que podeis ver-Me, ouvir e falar, conservando-vos
vivos. Pois constava ninguém pode ver Deus e continuar com vida.
Eu sou inteiramente Deus. Em Mim está o Pai. E a força
projectada no Meu amor, sabedoria e omnipotência, a preencher o
Espaço infinito, agindo em toda a parte, é o Espírito Santo.
Eu, como Homem-deus entre vós, encontro-Me com a Minha natureza
primitiva e total, perfeita e uniforme, neste refeitório do Monte das Oliveiras.
como Deus e Homem ao mesmo tempo, não estou em parte alguma, nem
nesta, nem em outra Terra. Através da força projectada, o Espírito Santo,
conheço, sei, ordeno, crio, conduzo e rejo tudo, do maior ao mais ínfimo.
Assim, orientados por Mim mesmo, compreendereis porque
deveis fortificar pelas mãos, em nome do Pai, do Filho e do Espírito
Santo, as criaturas que em Mim acreditam e agem pela doutrina.
Assim sendo, é lógico não poderem ter a ideia de três deuses
individuais, por causa da nomenclatura dos seus atributos. Peço-vos,
encarecidamente, transmitirdes aos homens um esclarecimento justo e
positivo. Onde este faltar, eles em breve atrofiarão espiritualmente, passando
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a toda sorte de erros, tornando-se difícil levá-los ao caminho da verdade
plena.
Ainda que mantenhais toda a fidelidade, surgirão doutrinadores e
profetas falsos, seduzindo a muitos; não o podereis impedir, tampouco sereis
responsáveis, assim como não se pode culpar o lavrador que semeou trigo
escolhido no campo, entretanto o inimigo nele lançou o joio durante a noite,
que vicejou e enfraqueceu o bom fruto.
É Meu maior desejo que todas as criaturas desta Terra encontrem os
caminhos luminosos da Verdade, para alcançarem a Vida eterna. Como sou
obrigado a Me retrair com a Minha omnipotência, todo o indivíduo é
inteiramente livre e pode, no final, crer e fazer o que lhe aprouver.
Na divulgação da Minha doutrina, agireis bem pelo preparo da razão
e do sentimento das criaturas. Onde ambos forem compenetrados da mesma,
a fé se tornará viva e activa pela boa vontade; sem a justa elucidação do
intelecto e sentimento, a fé continua apenas aceitação cega e muda daquilo
que a criatura aceitou de qualquer fonte autorizada. Tal fé não tem nenhum
valor; não vivifica a alma para uma acção espontânea que alegre o coração;
portanto, é morta, sem obras livres e criadoras de felicidade.
Passai aos futuros adeptos os conselhos que vos transmito. Poderia
exigir-vos a fé, sem maiores explicações, pois os sinais por Mim operados Me
autorizam essa exigência; tal fé obrigatória não é luz interna da alma e não a
incentiva à acção.
Provam isso as vossas constantes perguntas, confessando que a fé
autoritária pouca luz dá à alma, cuja carência é suprida pelas Minhas
explicações. Se, além de todas as provas e ensinos, pedis elucidações maiores
e beneficiadoras, o mesmo farão os vossos discípulos. Não sejais económicos
com as explicações, caso queirais impedir o surgimento de falsos profetas.
Também operareis milagres, e eles vos imitarão com toda a sorte de
mistificações; por isso, os milagres serão prova fraca da genuinidade dos
ensinamentos; o que inculcardes ao intelecto e sentimento através de palavras
esclarecedoras, serão prova viva e eternamente indestrutível da verdade da
doutrina viva dos Meus Céus. Somente ela libertará a todos.
Dei-vos novo esclarecimento e pergunto se compreendestes tudo.
Respondem todos: Perfeitamente, Senhor e Mestre, pois falaste com
muita clareza.
Prossigo: Ainda há tempo; quem desejar outra orientação poderá
manifestar-se.»
(O Grande Evangelho de João – VIII – 25-27)
***
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EXPLICAÇÃO DE TEXTOS DA ESCRITURA SAGRADA
(Revelação dada pelo Senhor ao profeta Jakob Lorber)
Capítulo 29
“Desde então muitos dos seus discípulos
tornaram para trás, e já não andavam com ele.”
(João 6:66)
Por que muitos discípulos se afastaram quando lhes dei a parábola
do comer a Minha Carne e beber o Meu Sangue? Porque a preguiça os
impedia de perguntar pelo sentido da mesma, como fizeram os Meus irmãos.
A consequência foi o orgulho, pois se revoltaram de Eu lhes ter dado
uma lição que ultrapassava o seu horizonte de conhecimentos, conquanto
fossem Meus discípulos. Sentiram-se envergonhados perante o povo, frente
ao qual não queriam pedir explicações dando provas da sua ignorância.
Geralmente o povo perguntava aos apóstolos como deviam interpretar
alguns itens da Minha Doutrina que não foram compreendidos. Então eles
estendiam as explicações, saboreando o louvor do povo pelo seu
entendimento.
No versículo acima muitos foram inquiridos sem que fossem capazes
de darem elucidações, porque eles mesmos não entenderam o assunto. Para
resolverem a situação constrangedora, acusaram-Me de um ensinamento que
ninguém podia entender. Isto não constituindo honra para eles, declararam
os ensinamentos anteriores idênticos a este, não acreditando mais em Mim e
me abandonaram.
Por esta explicação facilmente se deduz que a preguiça, e
consequentemente o orgulho dos Meus discípulos, eram culpados desta
ocorrência desagradável. A preguiça se manifestou porque sempre estavam
em Minha Companhia, julgando entender tanto quanto Eu; por que então
deveriam se cansar para penetrar mais profundamente no Espírito de Minha
doutrina? O orgulho se apresentou porque fiz um teste a respeito do seu
conhecimento, provando que o discípulo não está acima do Mestre.
Essas duas fraquezas são as bases da maior perdição do género
humano. O homem é preguiçoso por natureza e, quando é inquirido por que
nada faz durante todo o dia, ele responde que ninguém o contratou para
trabalhar.
Eu lhe dizendo que procure trabalhar ao menos durante uma hora à
noite, pois lhe daria o que merece, ele responderá: "Senhor, ficarei
envergonhado quando rirem de mim os que trabalharam o dia todo! Se
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quiseres me dar algo, faze-o gratuitamente sem classificar-me de preguiçoso
perante os operários!"
Por que o preguiçoso não quer trabalhar e finalmente se envergonha
de fazê-lo junto dos outros? Porque isso não agrada ao seu orgulho, porém
pretende receber o mesmo pagamento dos outros. Mas o Senhor não será tão
imprudente equivalendo preguiça e orgulho à sua atividade.
Tomemos dois estudantes, um aplicado e outro preguiçoso. O primeiro
há de colher os frutos do seu zelo. Qual será a justificativa do outro? Ele
afirmará: "O aplicado é um tolo e não percebeu quanta tolice meteu no seu
cérebro! Eu descobri logo o ridículo dos temas e achei degradante imitá-lo!
Como nada mais foi ventilado, achei o meu conhecimento muito melhor e
mais elevado do que a tolice do outro!"
Eis aí o orgulho nascido do ócio! Quem quiser se convencer disto, que
palestre com tais indivíduos e encontrará tudo confirmado.
Vejamos dois músicos: o primeiro alcançou com o seu zelo uma grande
agilidade e conhecimento de teoria; o outro, filho do ócio, parou na
mediocridade musical. Vamos perguntar-lhe porque não alcançou a destreza
do seu colega, e ele dirá: "Porque não me interessei tanto quanto aquele pobre
infeliz; além do mais, sou rico! Por que haveria de me cansar? Tal zelo serve
apenas para pobres diabos, e que importância tem se sei ou não tocar tais
asneiras difíceis? Basta a pessoa entendê-lo, no que não é preciso muito; para
tocá-las existem os tais pobres diabos para ganharem um pedaço de pão! Além
do mais, toda a música difícil origina-se deles e seria um vexame para um
rico ocupar-se com frutos da pobreza!"
Temos aí mais um exemplo: Se uma pessoa é inquirida por que não se
interessa pelos princípios da religião cristã, ela responderá: "Não entendo
dessas coisas, que nunca me interessaram por achá-las simples ninharias; e,
além disto, quando muito a pessoa se torna tola com tais lucubrações
religiosas!"
Para tal pessoa foi primeiro o ócio e em seguida o orgulho o motivo de
ela falar com os discípulos: "Quem poderia aceitar esta Doutrina como
verdadeira? É preferível abandonar o Senhor, como fizeram os discípulos!"
Se perguntarmos a um mendigo como chegou a tal estado, porquanto
teve oportunidade de economizar algum dinheiro, ele responderá: "Achei a
economia muito deprimente para a minha natureza sensível e agora me sinto
honrado neste estado precário!"
Eis outro exemplo onde o homem se torna preguiçoso e não consegue
renunciar ao seu eu para economizar alguns bens; quando finalmente percebe
que nada possui, torna-se orgulhoso e defende o seu estado precário.
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Em todos estes exemplos se evidencia quão seguidamente Sou
abandonado pelos discípulos quando se deve conquistar o Reino de Deus com
violência!
Muitos excursionistas sobem uma montanha. Enquanto o caminho é
cómodo, todos estão dispostos. Mas, quando chegam às subidas mais
íngremes onde é preciso vontade e força, eles voltam e são poucos a atingirem
o pico.
Enquanto o homem procura o Meu Reino na escrivaninha, tudo vai
bem. Mas quando lhe é dito que não basta apenas a leitura, porém à acção
pertence a coroa da vida; que a carne é inútil; e que a letra mata e só o espírito
vivifica! — então o Senhor é abandonado pelos adeptos, na maioria dos casos.
Praticai o Verbo, para não abandonardes o Senhor! Amém.
***
COMEÇAR DE NOVO
Estamos no início de mais um ano.
O 2018 terminou e, ao virar a página, deparamo-nos com um
recomeçar, ou melhor dizendo, começar um novo ciclo de acordo com
o calendário.
É tempo de idealizar novos projectos. Fazemos propósitos que
esperamos realizar no decorrer destes doze meses que temos diante
de nós, e reafirmamos os planos a concretizar, enumerando-os na
agenda de 2019.
É uma vida alimentada pela esperança, na expectativa de que
irá correr bem.
Todavia, se muitos entregam tudo nas mãos de Deus, há quem
declare ser apenas uma questão de racionalidade, lógica, intrepidez e
perseverança no trabalho.
Que poderemos fazer?
Como gente de fé e hereges, bons e maus, caminham lado a
lado, temos de aceitar cada um como é, pois não nos cabe julgar
ninguém.
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Todavia, a esperança daquele que crê no Senhor Jesus de todo
o coração, é ter a bênção de ser agraciado com mais sabedoria do Alto,
e uma renovada fé.
Porque sem sabedoria, que é um dom de Deus, não saberemos
distinguir a mão direita da mão esquerda, nem tão pouco discernir
qual o propósito da nossa vida ainda que este esteja diante dos nossos
olhos.
Enquanto não nos capacitarmos de que cada um de nós tem
uma missão específica e única a cumprir durante a sua passagem pela
Terra, iremos continuar com dissensões, quezílias, apatia, e até uma
certa inveja, ao invés de compreender que nos completamos como
peças de um “puzzle” que encaixam umas nas outras, num desenho
intrincado que somos incapazes de entender, mas cujo fim natural é
o bem comum, na unidade do Todo, segundo a ordem divina.
Em resumo: A nossa missão é Servir, contribuindo cada um
individualmente a seu modo, com as capacidades que possui e que
lhe foram dadas por Deus; e se não cumprirmos a missão que nos foi
confiada, seremos servos inúteis.
Os pilares do Universo são o Amor Incondicional. O Ágape
abordado há uns meses atrás.
Questiono-me se estarei a ser monótona, abordando inúmeras
vezes o mesmo tema, batendo na mesma tecla como o matraquear
num piano.
Acontece que as verdades de Deus são inalteráveis e
incontornáveis.
Não há alternativa nem desvirtuação. Ali não cabe o erro.
Fazem-se muitos planos terrenos de curta duração, enquanto os
planos maiores, que são eternos, não merecem a atenção e dedicação
devidas.
Porque o caminho é difícil e o ego não gosta de sacrifícios?
Provavelmente.
Mas é hora de despertar.
É hora de acordar da apatia rotineira pois, com o Senhor, andar
nos dois caminhos em simultâneo é missão inviável.
Por outras palavras, quem deseja viver no conforto e apatia do
mundo não tem lugar junto da verdadeira Luz do nosso Pai Celestial.
Há dois dias fui testemunha de um homem que, tendo acabado
de registar o boletim para o sorteio do euro-milhões, caiu morto no
chão da rua a dois metros da papelaria onde havia entrada minutos
antes. Nenhum acto médico foi capaz de o trazer de volta.
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Isto demonstra a fragilidade da vida humana.
Despertemos para esta realidade, pelo amor de Deus.
Devemos estar atentos. Cuidar dos nossos pensamentos,
prontos para a chamada que chega sem ser anunciada.
Sem a inspiração e orientação divinas, aqueles que o Altíssimo
chama para servir de atalaias seriam incapazes de pronunciar uma
única palavra sequer, pois limitam-se a transmitir aquilo que lhes foi
dito.
Como tempos difíceis se aproximam, antes que tal suceda,
vamos ponderar em uníssono acerca do que o Pai espera Hoje de nós.
O início do ano propicia o assumir de novos desafios e
compromissos.
Deixo aqui um apelo para que outros filhos de Deus dêem um
passo em frente e se proponham a responder à chamada, colaborando
activamente na obra que não é nossa, mas de todos, para honra e
glória do Santo Nome de Jesus.
Temos de testemunhar com urgência, para que nos corações dos
que ainda não conhecem Jesus, nasça a ânsia de O amar e servir.
Lembremo-nos daqueles que vivem angustiados por
desconhecerem a verdadeira Paz que só o Senhor nos pode dar.
Dispersemo-nos no terreno, tal como Jesus ordenou.
E deste modo o Novo Ano será espiritualmente próspero,
aconteça o que nos acontecer.
Que o nosso amado Deus derrame muitas bênçãos sobre os
Homens, onde quer que se encontrem.
Que o Seu Amor ilumine a sombra que tenta impedir que a Sua
Luz brilhe com todo o esplendor.
Que pela Sua infinita misericórdia possamos experienciar a
promessa descrita no Salmo 91, versículos 1 e 2: “Aquele que habita
no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Todo-Poderoso
descansará. Direi do Senhor: Tu és o meu refúgio e a minha fortaleza,
o meu Deus em quem confio. “
Um excelente 2019 para todos, na paz e no amor eterno do
Senhor Jesus.
Irmã Manuela
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Leia a Bíblia e ‘O Grande Evangelho de João’
“A Luz Completa”
“Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele
vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si
mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos
anunciará o que há-de vir.” (Evangelho de João 16:13)
“Eis a razão, porque agora transmito a Luz
Completa, para que ninguém venha a desculpar-se
numa argumentação errónea de que Eu, desde a minha
presença física nesta terra, não Me tivesse preocupado
com a pureza integral de Minha doutrina e de seus
aceitadores.
Quando voltar novamente, farei uma grande
selecção e não aceitarei quem vier escusar-se. Pois
todos os que procurarem com seriedade acharão a
verdade.” (O Grande Evangelho de João – volume I – 91:19-20)
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