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(LC 13,10-17)
Quem era a mulher que ficou 18 anos encurvada com uma ...
São Luís Orione
O Papa João Paulo II, em 1980,
colocou diante dos nossos olhos
um grande exemplo de santidade
expressa na caridade: Luís Orione.
Nasceu em Pontecurone,
um pequeno município
na Diocese de Tortona,
no Norte da Itália, no dia 23 de junho de 1872.
Bem cedo percebeu o chamado do Senhor ao sacerdócio. Ao entrar
no Oratório, em Turim, recebeu no coração as palavras de São
Francisco de Sales lançadas pelo amado São João Bosco: “Um
terno amor ao próximo é um dos maiores e excelentes dons que
a Divina Providência pode conceder aos homens”. Concluiu o
ginásio, deixou o Oratório Salesiano, voltou para casa e depois
entrou no seminário onde cursou filosofia, teologia, até chegar
ao sacerdócio que teve como lema: “Renovar tudo em Cristo”.
Luís Orione, sensível aos sofrimentos da humanidade, deixou-se
guiar pela Divina Providência, a fim de aliviar as misérias humanas.
Sendo assim, dedicou-se totalmente aos doentes, necessitados
e marginalizados da sociedade. Também fundou a Congregação
da “Pequena Obra da Divina Providência”. Em 1899, Dom Orione
deu início a mais um ramo da nova Congregação: os “Eremitas
da Divina Providência”. Em 1903, Dom Orione recebeu a
aprovação canônica aos “Filhos da Divina Providência”,
Congregação Religiosa de Padres, Irmãos e Eremitas da
Família da Pequena Obra da Divina Providência.
A Congregação e toda a Família Religiosa propunham-se
a “trabalhar para levar os pequenos, os pobres e o povo à
Igreja e ao Papa, mediante obras de caridade”. Dom Orione
teve atuação heroica no socorro às vítimas dos terremotos
de Reggio e Messina (1908) e da Marsica (1915).
Por decisão do Papa São Pio X, foi nomeado Vigário Geral
da Diocese de Messina por 3 anos. Vinte anos depois da
fundação dos “Filhos da Divina Providência”, em 1915,
surgiu como novo ramo a Congregação das “Pequenas Irmãs
Missionárias da Caridade”, Religiosas movidas pelo mesmo
carisma fundacional.
O zelo missionário de Dom Orione se manifestou cedo com
o envio de missionários ao Brasil, em 1913, e, em seguida,
à Argentina, ao Uruguai e aos diversos países espalhados
pelo mundo. Dom Orione esteve pessoalmente, como missionário,
duas vezes, na América Latina: em 1921 e nos anos de 1934 a
1937, no Brasil, na Argentina e no Uruguai, tendo chegado até
ao Chile. Foi pregador popular, confessor e organizador de
peregrinações, de missões populares e de presépios vivos.
Grande devoto de Nossa Senhora, propagou de todos os
modos a devoção mariana e ergueu santuários, entre os
quais: o de Nossa Senhora da Guarda, em Tortona; e o de
Nossa Senhora de Caravaggio. Na construção desses
santuários, será sempre lembrada a iniciativa de Dom
Orione de colocar seus clérigos no trabalho braçal ao lado
dos mais operários civis.
Em 1940, Dom Orione atacado por graves doenças de
coração e das vias respiratórias foi enviado para Sanremo.
E ali, três dias depois de ter chegado, morreu no dia 12 de
março, sussurrando suas últimas palavras: “Jesus! Jesus!
Estou indo”. Vinte e cinco anos depois, em 1965, seu corpo
foi encontrado incorrupto e depositado numa urna para
veneração pública, junto ao Santuário da Guarda, em
Sanremo na Itália.
O Papa Pio XII o denominou: “pai dos pobres, benfeitor da
humanidade sofredora e abandonada”; e o Papa João
Paulo II, depois de tê-lo declarado beato, em 26 de outubro
de 1980, finalmente o canonizou em 16 de maio de 2004.
São Luís Orione, rogai por nós!
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