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MATEUS - 6, 24 - 34 - EVANGELHO DO DIA 19 DE JUNHO DE 2021 - GRUPO DE NATUREZA ALIENÍGENA - GNA
(MT 6,24-34)
S. ROMUALDO, ABADE, FUNDADOR DOS
CAMALDULENSES
O monge Romualdo foi um viajante incansável. Suas pregações
eram feitas mais com os fatos do que com as palavras, ao
percorrer toda a península italiana.
Ele manteve muitos encontros na sua vida: todos o procuravam
e queriam conversar com este "Santo abade" e ele recebia todos,
embora ele quisesse apenas o recolhimento no silêncio da oração.
Romualdo realizou muitos projetos, exceto um, que faltou: guiar
expedições missionárias para a evangelização do Norte da Europa,
que, entre os séculos X e XI, eram de difícil realização.
Sua vocação “tacente lingua et predicante vita”
Romualdo nasceu em uma família nobre de Ravena, em 952. Após
uma disputa sangrenta, que envolveu sua família, amadureceu a sua vocação de seguir a vida monacal, entrando, com seu pai, para o
mosteiro de Santo Apolinário em Classe. Como monge, impôs-se
uma vida severa de penitência, meditação e oração.
Devido às suas nobres origens, Romualdo era requisitado em todos os lugares para exercer suas funções eclesiásticas e políticas.
Em Veneza, escolheu com diretor espiritual o eremita Marino e
conheceu um dos mais importantes monges reformadores do
século X: o abade Guarino, que acompanhou até Catalunha, onde permaneceu por dez anos e completou a sua formação.
Em busca de solidão
Ao retornar a Ravena, em 988, Romualdo renunciou, oficialmente,
ao cargo de abade e começou a viajar. Sua primeira etapa foi
Verghereto, perto de Forlí, onde fundou um mosteiro em honra
de São Miguel Arcanjo. Ali, por causa das suas contínuas
advertências aos monges, sobre a disciplina e a moral, foi
obrigado a se mudar novamente.
Em 1001, retornou para Santo Apolinário em Classe, onde se
tornou abade. Mas esta não é a vida que ele queria. Então,
após um ano, renunciou e se refugiou em Montecassino. Ali,
viveu, por um período, em uma caverna; depois, fundou um
eremitério em Sítria, na região da Úmbria, onde permaneceu
por sete anos.
Todos os mosteiros e cenóbios que fundou eram pequenos,
porque achava que nas grandes estruturas se corria o risco
de perder o silêncio, tão necessário para o recolhimento.
Camáldoli, apenas uma "parada"
Durante suas peregrinações, Romualdo esteve em Casentino,
em 1012, onde conheceu o conde de Arezzo, Maldolo, proprietário
de uma casa e de uma floresta, lugar que, depois, recebeu o
nome de Camáldoli. Encantado pela figura deste anacoreta, o
conde presenteou-lhe as suas propriedades, onde Romualdo
criou um asilo e construiu um eremitério para religiosos
contemplativos, aos quais lhes deu uma Regra semelhante
à beneditina.
Porém, o monge se transferiu de novo: foi para a região das
Marcas, onde fundou um mosteiro em Val de Castro; ali
reservou para si uma pequena cela, onde faleceu em 19 de
junho de 1027. Mesmo morto, viajou, pois suas relíquias foram
trasladadas, primeiro para Jesi e, depois, para Fabriano, junto
à igreja camáldula de São Brás.
São Romualdo foi canonizado por Clemente VIII, em 1595.
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