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EVANGELHO DO DIA 22 DE JUNHO DE 2021 - SANTO DO DIA - POSTAGEM ESPIRITUAL - GNA
(MT 7,6.12-14)
AS TREVAS E SEUS SEGUIDORES SÃO A PORTA LARGA, QUE LEVA A PERDIÇÃO.
POUCOS ENCONTRAM A PORTA ESTREITA, POIS POUCOS SEGUEM JESUS E SEUS ENSINAMENTOS.
Comentário
S. TOMÁS MORO, MÁRTIR INGLÊS
Tomás tinha
uma grande
fama de homem
íntegro e jovial,
um Juiz justo,
culto e
estimado pelos
humanistas
europeus, tanto
que Erasmo
de Roterdã, lhe dedicou sua obra "Elogio da Loucura";
era muito amado pelo povo, pela sua caridade; conhecido
pelo seu senso de humorismo e sua fina inteligência, como
transparecem em suas obras e em sua vida. Porém, ele era,
acima de tudo, um homem de grande fé.
Filho de advogado, nasceu em Londres em 1478. Em
sua vida privada, frequentava os franciscanos, em
Greenwich, e, por um período, na Cartuxa de Londres.
A seguir, casou-se com Jane Colt, da qual teve quatro
filhos. Ao ficar viúvo, casou-se novamente, esta vez
com Alice Middleton. Como esposo e pai, dedicou-se
à educação intelectual e religiosa de seus filhos, em
sua casa, sempre aberta a amigos.
Um astro em ascensão
Em sua vida pública, Tomás trabalhou como membro
do Parlamento e assumiu diversos cargos diplomáticos.
Em 1516, escreveu sua obra mais famosa "Utopia".
Tornou-se, novamente, Juiz e presidente da Câmara
Comunal. Como conselheiro e secretário do rei,
comprometeu-se com a Reforma Protestante. Contribuiu
para a elaboração da obra "A defesa dos sete
Sacramentos", que valeu a Henrique VIII o título de
“Fidei defensor”. Uma ascensão irrefreável até chegar
ao ápice: foi o primeiro leigo a ser nomeado Grão-Chanceler.
Transcorria o ano 1529.
Alguns anos depois, em 1532, sua vida teve uma mudança
determinante: Tomás pediu demissão. Assim, para a sua
família, abriram-se as portas de uma vida de pobreza e
abandono.
“Morro como servo fiel do rei, mas, primeiro, como
servo de Deus”
Sua história entrelaçou-se com a vida do rei Henrique VIII:
decidido de se casar com Ana Bolena, o soberano pediu
ao Arcebispo anglicano de Cantuária, Tomás Cranmer,
para declarar nulo e sem efeito seu casamento com
Catarina de Aragão; em uma escalada de oposição,
chegou até a pedir também para que o Papa Clemente
VII aceitasse sua liderança como chefe da Igreja na
Inglaterra.
Em 1534, o Ato de Supremacia e o Ato de Sucessão
marcaram o momento decisivo. Tomás já havia se
retirado do mundo político. Logo, não podia aprovar
a decisão do rei e, acima de tudo, não queria abjurar
à lealdade ao Papa.
Em 1534, Tomás foi preso na Torre de Londres, mas
não foi suficiente para se retratar. A "conduta" do
silêncio, que havia adotado, não foi suficiente para
se salvar. Então, enfrentou um processo, durante o
qual pronunciou sua famosa apologia sobre a
indissolubilidade do matrimônio, o respeito pelo
patrimônio jurídico, inspirado nos valores cristãos,
a liberdade da Igreja em relação ao Estado. Por isso,
Tomás Morus foi condenado por alta traição e decapitado
em 6 de julho. Após alguns dias, João Fisher, de quem
era um grande amigo, também foi condenado pelas
mesmas ideias. Desta forma, estes dois Santos são
recordados, juntos, pela liturgia da Igreja, no mesmo
dia, 22 de junho.
Tomás Morus foi um homem apaixonado pela Verdade,
“admirado pela sua ‘integridade’, – afirmou Bento XVI,
em seu discurso no Westminster Hall - com a qual teve
a coragem de seguir a sua consciência, mesmo à custa
de desagradar ao soberano, de quem também era
‘bom servidor’, de escolher servir primeiro a Deus".
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