BOLSONARO 2019 - O CAMINHO DAS PEDRAS NO SENADO E STF
Bolsonaro assumirá em janeiro de 2019 o comando da República e certamente os seus dois principais problemas políticos a serem resolvidos estão no Senado e no STF.
Na Câmara será mais fácil alcançar uma maioria confortável entre 300 e 350 parlamentares e mesmo com a renovação do mandato de Rodrigo Maia no comando da presidência isso não trará maiores problemas para as votações do governo, devido a ampla presença do DEM no governo. Esse é um problema a menos e acredito que bastará o Bolsonaro ter uma boa conversa com os deputados do PSL (em especial a Joice) para que nem tentem arrumar pretexto para disputar a presidência. Bolsonaro está lá a mais de 30 anos e sabe como a banda toca, sabe que colocar alguém do próprio partido no comando da Câmara seria gastar um excelente trunfo político de negociação com outro partido (no caso o DEM e o próprio centrão) por isso ele já manifestou que não deseja que o PSL coloque um candidato a presidência da Câmara
No Senado o foco é obviamente evitar Renan na presidência. Já há uma articulação envolvendo os aliados de Bolsonaro e os tucanos para colocar um nome do pmdb que não seja Renan e esse nome é Simone Tebet, um nome notoriamente antipetista. Impedir a volta de Renan ao comando do Senado é ponto fundamental para o sucesso do governo Bolsonaro assim como desaparelhar o STF e com Renan no comando do Senado isso ficaria muito difícil. Não é a toa que os quase 10 processos do senador estão parados há meses no STF, pois se a Alta Cúpula do pt e pmdb dividiu o poder nos últimos 15 anos, um dos seus principais interlocutores para acomodar interesses de parlamentares e da elite jurídica do país foi exatamente Renan.
Politicamente é plenamente viável que Bolsonaro consiga articular com o dem e os tucanos para colocar Simone Tebet no comando do senado. Mas será preciso mais do que isso, um digamos, "empurrãozinho" jurídico para impedir que as velhas raposas e velhos togados trabalhem pela volta de Renan. E esse empurrãozinho tem nome e sobrenome: Romero Jucá. Junto com Renan ele formou a dupla dinâmica do pmdb coladinha com o pt nos anos de governo e agora sem foro privilegiado ele é o arquivo vivo do pmdb, está para o partido assim como Palloci esta para o pt.
Como a eleição do Senado está marcada para fevereiro Bolsonaro e Moro precisarão ser rápidos, quanto mais cedo a justiça colocar as mãos em Jucá (aprofundando a operação Armistício deflagrada em novembro) mais rápido anularão qualquer possibilidade política do pmdb tentar recolocar Renan na presidência do Senado.
Com maioria na Câmara, um presidente de um partido aliado ao governo e uma presidente do Senado simpática as reformas e ao antipetismo aí sim será possível iniciar a segunda fase mais importante desse processo: começar o desaparelhamento do STF desfazendo a pec da bengala e automaticamente retirando 4 dos atuais ministros. Somente com um presidente tanto da Câmara como do Senado alinhados com o governo isso será possível
O movimento político para o início de 2019 está desenhado e muito do sucesso do governo Bolsonaro nas reformas dependerá dessas mudanças no Senado e no STF. É o melhor caminho para o país, pois os militares não estão dispostos em deixar o governo Bolsonaro falhar, ou seja, se Congresso e STF insistirem em combater as reformas e o desaparelhamento a conversa será outra e diretamente com os militares. Há um "deadline" (prazo limite) até o início de 2020 e caso essas reformas não sejam cumpridas até lá, serão cumpridas de outra forma como já expliquei no texto a seguir:
A e antes que eu me esqueça.....as recentes investigações que ligam Aécio a Gilmar e investigações sobre uma suposta “mesadinha” envolvendo outro togado da suprema corte serão aprofundadas em 2019 e os 4 nomes podem subir pra 6 conforme o andar da carruagem.....aguardem que a lava-toga virá com força, uma tsunami
Previsões cumpridas sobre o Brasil e como adquirir as obras (tanto no formato impresso como em pdf):
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