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PORTAL - GNA - 12914 - MATEUS - 9, 35 - 10., 1.6-8 - EVANGELHO DO DIA 05 DE DEZEMBRO DE 2020 - REALIDADE ESPIRITUAL - GRUPO DE NATUREZA ALIENÍGENA - GNA
(MT 9,35–10,1.6-8)
São Martinho de Dume
Oriundo da Panônia, atual
Hungria, dirigiu-se ainda
jovem para o Oriente, onde
professou vida regular:
estudou o grego e outras
ciências eclesiásticas em
que muito cedo se distinguiu,
até ser classificado, pelo eminente Doutor Santo Isidoro, como ilustre
na Fé e na Ciência. Gregório de Tours também o considerou um entre
os homens insuperáveis do seu tempo. Regressando do Oriente,
dirigiu-se depois à Roma e França, onde travou conhecimento com
as personagens mais insignes em saber e santidade. Sobretudo,
quis visitar o túmulo do seu homônimo e compatriota, São Martinho
de Tours, que, desde então, ficará considerando como seu patrono
e modelo. Foi também por essa altura que Martinho se encontrou
com o rei dos Suevos, Charrarico, ao qual acompanhou para o
noroeste da Península Ibérica, em 550, onde, com restos do
gentilismo e bastante ignorância religiosa, se espalhara o Arianismo.
Para acorrer a tantos males, não tardou Martinho em planejar e
colocar em andamento seu vigoroso apostolado. Num mosteiro,
edificado pelo mesmo rei, em Dume, ao lado de Braga, assenta o
grande apóstolo dos suevos suas instalações como escola de
monaquismo e base de irradiação catequética e missionária. A
igreja do mosteiro é dedicada a São Martinho de Tours, e foi
sagrada em 558. O seu abade foi elevado ao episcopado pelo
Bispo de Braga já em 556, em atenção ao seu exímio saber e
ando o Catolicismo nesta região gozava já de alto esplendor, o
que tornou possível o 1° Concílio de Braga, em 561, no
pontificado de João III. Em 572, foi Martinho a alma do
2° Concílio de Braga. Nesta altura escreveu ele: “Com a
ajuda da graça de Deus, nenhuma dúvida há sobre a unidade
e retidão da fé nesta província”.
São Martinho de Dume não esqueceu da importância e eficácia
do apostolado da pena. Deixou assim várias obras sobre as
virtudes monásticas, bem como matérias teológicas e canônicas,
pelas quais foi depois reputado e celebrado como Doutor.
Faleceu a 20 de março de 579 e foi sepultado na catedral de
Dume; mas, desde 1606, as suas relíquias estão depositadas na
Sé de Braga. Compusera para si, em latim, o seguinte epitáfio
sepulcral, em que mostra a veneração que dedicava ao santo
Bispo de Tours: “Nascido na Panônia, atravessando vastos
mares, impelido por sinais divinos para o seio da Galiza,
sagrado Bispo nesta tua igreja, ó Martinho confessor, nela
instituí o culto e a celebração da Missa. Tendo-te seguido,
ó Patrono, eu, o teu servo Martinho, igual em nome que
não em mérito, repouso agora aqui na paz de Cristo”.
São Martinho de Dume, rogai por nós!
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