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MATEUS - 11, 28 - 30 - EVANGELHO DO DIA 09 DE DEZEMBRO DE 2020 - REALIDADE ESPIRITUAL - GRUPO DE NATUREZA ALIENÍGENA - GNA
Evangelho – Mt 11,28-30
São Juan Diego Cuauhtlatoatzin
Os registros oficiais narram que
Juan Diego, para nós João Diego,
nasceu em 1474 na Calpulli, ou
melhor, no bairro de Tlayacac ao
norte da atual Cidade do México.
Era um índio nativo, que antes
de ser batizado tinha o nome
de Cuauhtlatoatzin, traduzido como “águia que fala” ou “aquele que
fala como águia”.
Era um índio pobre, pertencia à mais baixa casta do Império Azteca,
sem ser, entretanto, um escravo. Dedicava-se ao difícil trabalho no
campo e à fabricação de esteiras. Possuía um pedaço de terra,
onde vivia feliz com a esposa, numa pequena casa, mas não tinha filhos.
Atraído pela doutrina dos padres franciscanos que chegaram ao
México, em 1524, converteu-se e foi batizado junto como sua
esposa. Receberam o nome cristão de João Diego e Maria Lúcia,
respectivamente. Era um homem dedicado, religioso, que sempre
se retirava para as orações contemplativas e penitências.
Costumava caminhar de sua vila à Cidade do México, a quatorze
milhas de distância, para aprender a Palavra de Cristo. Andava
descalço e vestia, nas manhãs frias, uma roupa de tecido grosso
de fibra de cactos como um manto, chamado tilma ou ayate,
como todos de sua classe social.
A esposa, Maria Lúcia, ficou doente e faleceu em 1529. Ele, então,
morar com seu tio, diminuindo a distância da igreja para nove milhas.
Fazia esse percurso todo sábado e domingo, saindo bem cedo, antes
do amanhecer. Durante uma de suas idas à igreja, no dia 9 de
dezembro de 1531, por volta de três horas e meia, entre a vila e
a montanha, ocorreu a primeira aparição de Nossa Senhora de
Guadalupe, num lugar hoje chamado “Capela do Cerrinho”,
onde a Virgem Maria o chamou em sua língua nativa, nahuatl,
dizendo: “Joãozinho, João Dieguito”, “o mais humilde de meus
filhos”, “meu filho caçula”, “meu queridinho”.
A Virgem o encarregou de pedir ao bispo, o franciscano João de
Zumárraga, para construir uma igreja no lugar da aparição. Como
o bispo não se convenceu, ela sugeriu que João Diego insistisse.
No dia seguinte, domingo, voltou a falar com o bispo, que pediu
provas concretas sobre a aparição.
Na terça-feira, 12 de dezembro, João Diego estava indo à cidade
quando a Virgem apareceu e o consolou. Em seguida, pediu que
ele colhesse flores para ela no alto da colina de Tepeyac. Apesar
do frio, ele encontrou lindas flores, que colheu, colocou no seu manto
e levou para Nossa Senhora. Ela disse que as entregasse ao bispo
como prova da aparição. Diante do bispo, Juan Diego abriu sua túnica,
as flores caíram e no tecido apareceu impressa a imagem de Nossa
Senhora de Guadalupe. Tinha, então, cinquenta e sete anos.
Após o milagre de Guadalupe, foi morar numa sala ao lado da capela
que acolheu a sagrada imagem, depois de ter passado seus negócios
e propriedades ao seu tio. Dedicou o resto de sua vida propagando
as aparições aos seus conterrâneos nativos, que se convertiam. Ele
amou profundamente a santa eucaristia, e obteve uma especial
permissão do bispo para receber a comunhão três vezes na
semana, um acontecimento bastante raro naqueles dias.
Juan Diego faleceu no dia 30 de maio de 1548, aos setenta e
quatro anos, de morte natural.
O Papa João Paulo II, durante sua canonização em 2002, designou
a festa litúrgica para 9 de dezembro, dia da primeira aparição, e
louvou São Juan Diego, pela sua simples fé nutrida pelo
catecismo, como um modelo de humildade para todos nós.
São Juan Diego, rogai por nós!
Padre Luizinho,
Comunidade Canção Nova.
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