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PORTAL - GNA - 11378 - LUCAS - 5, 17 - 26 - EVANGELHO DO DIA 10 DE DEZEMBRO DE 2018 - REALIDADE ESPIRITUAL - GNA
(IS 35,1-10)
(LC 5,17-26)
Santo Ambrósio
Hoje, em toda a Igreja,
fazemos memória de
Santo Ambrósio, Bispo
e Doutor da Igreja. De
nobre e distinta família
romana, nasceu provavelmente
em 339, em Tréviros, onde
seu pai exercia o cargo de prefeito das Gálias. A mãe ficou viúva
muito cedo e voltou à Roma com três filhos: Marcelina, que se
consagrou a Deus e tomou o véu das virgens; Sátiro, que morreu
em 378, depois de exercer altos cargos do Estado; e Ambrósio, o
último, que seguiu a carreira diplomática, tradicional na família.
Ambrósio desde cedo aprendeu a alimentar as virtudes cívicas e
morais, ao ponto de ter sido governador da Emília, do Lácio e de
Milão, antes de ser Bispo. Estudou Direito antes de estudar Teologia.
A mãe de Ambrósio devia ser cristã praticante e generosa. O
Papa Libério (352-366) impôs pessoalmente o véu à filha dela,
Marcelina, e parece que visitava a casa da nobre senhora romana.
Todos da família beijavam a mão de Libério. Ambrósio, ainda
criança, depois de se despedir do Pontífice, tratou de imitá-lo e
estendeu a mão aos criados e à irmã, para que a beijassem.
Marcelina recusou-a com bons modos mas ele respondia: “Não
sabes que eu também hei-de ser Bispo?” Dizia então Ambrósio,
por brincadeira, mais do que sabia. No entanto, era para isso que
a Divina Providência o destinava. Ambrósio era governador de
Milão. Com a morte do Bispo de Milão, chamado Ariano, Ambrósio
foi para a eleição do novo Bispo, a fim de evitar grandes conflitos.
Em meio a confusão, de repente uma criança grita: “Ambrósio,
Bispo!”. O Clero e o povo aderiu e todos aclamaram: “Queremos
Ambrósio Bispo!”. O povo teve que teimar durante uma semana,
que, vendo nisso a voz de Deus, Ambrósio, que ocupava alto
cargo no Império Romano e somente era catecúmeno, cedeu
à vontade do Senhor. O 1° Concílio de Niceia (325) tinha proibido
que subisse ao Episcopado qualquer neófito. Mas o Papa e o
Imperador aprovaram a eleição. Depois de batizado, foi ordenado
sacerdote e logo em seguida Bispo de Milão. Tudo isso no ano de 374.
Providencialmente, usou as qualidades de organizador e
administrador para o bem da Igreja, podendo assim atuar no
campo pastoral, político, doutrinal, litúrgico, ao ponto de merecer
o título de grande Doutor e Padre do Cristianismo no Ocidente. Sua
figura política ficou marcante, principalmente quando aplicou ao
Imperador uma dura penitência pública comum, pois teria Teodósio
consentido uma invasão à cidade de Tessalônica, que resultou na
morte de muitos. No que diz respeito à Imperatriz Justina, que
desejou restaurar a estátua da deusa Vitória, ele opôs-se
valentemente enquanto viveu. Santo Ambrósio, como homem
de Deus, partilhou sua riqueza material e espiritual com o povo;
jejuava sempre; pai carinhoso e tão grande orador que teve
papel importante na conversão de Santo Agostinho. Deixou
muitos escritos e morreu com 60 anos no ano de 397, após 23
anos de serviço ao seu amado Cristo, com estas palavras: “Não
vivi de tal modo que tenha vergonha de continuar vivendo;
mas não tenho medo de morrer, porque temos um Senhor
que é bom”.
Santo Ambrósio, rogai por nós!
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