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LUCAS - 16, 1 - 8 - EVANGELHO DO DIA O8 DE NOVEMBRO DE 2019 - POSTAGEM ESPIRITUAL - GRUPO DE NATUREZA ALIENÍGENA - GNA
(LC 16,1-8)
A Parábola do Administrador Astuto - Estudos Bíblicos
São Nuno de Santa Maria
Nuno Álvares Pereira nasceu
em Portugal a 24 de Junho de
1360, e recebeu a educação
cavalheiresca típica dos filhos
das famílias nobres do seu tempo.
Aos treze anos, torna-se pajem
da rainha D. Leonor, tendo sido
bem recebido na Corte e acabando por ser, pouco depois, cavaleiro.
Aos dezesseis anos, casa-se, por vontade de seu pai, com uma jovem
e rica viúva, D. Leonor de Alvim.
Da sua união nascem três filhos, dois do sexo masculino, que morrem
em tenra idade; e uma do sexo feminino, Beatriz, a qual mais tarde
viria a desposar o filho do rei D. João I, D. Afonso, primeiro duque
de Bragança.
Quando o rei D. Fernando I morreu a 22 de Outubro de 1383, sem
ter deixado filhos varões, o seu irmão D. João, Mestre de Avis,
viu-se envolvido na luta pela coroa lusitana, que lhe era disputada
pelo rei de Castela por ter desposado a filha do falecido rei.
Nuno tomou o partido de D. João, o qual o nomeou Condestável,
isto é, comandante supremo do exército. Nuno conduziu o exército
português repetidas vezes à vitória, até se ter consagrado na batalha
de Aljubarrota (14 de Agosto de 1385), a qual acaba por determinar
à resolução do conflito.
Os dotes militares de Nuno eram no entanto acompanhados por
uma espiritualidade sincera e profunda. O amor pela Eucaristia e
pela Virgem Maria são os alicerces da sua vida interior.
O estandarte que elegeu como insígnia pessoal traz as imagens do
Crucificado, de Maria e dos cavaleiros S. Tiago e S. Jorge. Fez
ainda construir às suas próprias custas numerosas igrejas e
mosteiros, entre os quais se contam o Carmo de Lisboa e a Igreja
de S. Maria da Vitória, na Batalha.
Com a morte da esposa, em 1387, Nuno recusa contrair novas
núpcias, tornando-se um modelo de pureza de vida. Quando
finalmente alcançou a paz, distribui grande parte dos seus bens
entre os seus companheiros, antigos combatentes, e acaba por
se desfazer totalmente daqueles em 1423, quando decide entrar
no convento carmelita por ele fundado, tomando então o nome
de frei Nuno de Santa Maria.
Impelido pelo amor, abandona as armas e o poder para revestir-se
da armadura do Espírito recomendada pela Regra do Carmo: era
a opção por uma mudança radical de vida em que sela o percurso
da fé autêntica que sempre o tinha norteado.
O Condestável do rei de Portugal, o comandante supremo do
exército e seu guia vitorioso, o fundador e benfeitor da
comunidade carmelita, ao entrar no convento recusa todos os
privilégios e assume como própria a condição mais humilde, a
de frade Donato, dedicando-se totalmente ao serviço do
Senhor, de Maria — a sua terna Padroeira que sempre
venerou—, e dos pobres, nos quais reconhece o rosto
de Jesus.
Significativo foi o dia da morte de frei Nuno de Santa Maria,
aos 71 anos de idade. Era o Domingo de Páscoa, dia 1 de
Abril de 1431. Após sua morte, passou imediatamente a ser
reputado de “santo” pelo povo que, desde então, o começa a
chamar “Santo Condestável”.
Nuno Álvares Pereira foi beatificado em 23 de Janeiro de 1918
pelo Papa Bento XV através do Decreto “Clementíssimus
Deus” e foi consagrado o dia 6 de Novembro ao, então, beato.
O Santo Padre, Papa Bento XVI, durante o Consistório de 21
de Fevereiro de 2009, determina que o Beato Nuno seja
inscrito no álbum dos Santos no dia 26 de Abril de 2009.
São Nuno de Santa Maria, rogai por nós!
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