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(MT 5,1-12A)
(MT 5,1-12A)
Solenidade de todos os Santos
“Todos os fiéis cristãos, de
qualquer estado ou ordem,
são chamados à plenitude
da vida cristã e à perfeição
da caridade. Todos são
chamados à santidade:
‘Deveis ser perfeitos como
o vosso Pai celeste é perfeito’ “(Mt 5,48) (CIC 2013).
Sendo assim, nós passamos a compreender o início do sermão do
Abade São Bernardo: “Para que louvar os santos, para que
glorificá-los? Para que, enfim, esta solenidade? Que lhes
importam as honras terrenas? A eles que, segundo a promessa
do Filho, o Pai celeste glorifica? Os santos não precisam de
nossas homenagens. Não há dúvida alguma, se veneramos
os santos, o interesse é nosso, não deles”.
Sabemos que desde os primeiros séculos os cristãos praticam
o culto dos santos, a começar pelos mártires, por isso, hoje,
vivemos essa Tradição, na qual nossa Mãe Igreja nos convida a
contemplarmos os nossos “heróis” da fé, esperança e caridade.
Na verdade, é um convite a olharmos para o Alto, pois, neste
mundo escurecido pelo pecado, brilham no Céu com a luz do
triunfo e esperança daqueles que viveram e morreram em Cristo,
por Cristo e com Cristo, formando uma “constelação”, já que São
João viu: “Era uma imensa multidão, que ninguém podia contar,
de todas as nações, tribos, povos e línguas” (Ap 7,9).
Todos esses combatentes de Deus merecem nossa imitação,
pois foram adolescentes, jovens, homens casados, mães de
família, operários, empregados, patrões, sacerdotes, pobres
mendigos, profissionais, militares ou religiosos que se
tornaram um sinal do que o Espírito Santo pode fazer num ser
humano que se decide a viver o Evangelho que atua na Igreja
e na sociedade. Portanto, a vida desses acabaram virando
proposta para nós, uma vez que passaram fome, apelos
carnais, perseguições, alegrias, situações de pecado,
profundos arrependimentos, sede, doenças, sofrimentos
por calúnia, ódio, falta de amor e injustiças; tudo isso, e
mais o que constituem o cotidiano dos seguidores de Cristo
que enfrentam os embates da vida sem perderem o
entusiasmo pela Pátria definitiva, pois “não sois mais
estrangeiros, nem migrantes; sois concidadãos dos
santos, sois da Família de Deus” (Ef 2,19).
Neste dia, a Mãe Igreja faz este apelo a todos nós,
seus filhos: “O apelo à plenitude da vida cristã e à
perfeição da caridade se dirige a todos os fiéis cristãos.”
“A perfeição cristã só tem um limite: ser ilimitada” (CIC 2028).
Todos os santos de Deus, rogai por nós!
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