Eu era um tolo ricaço
arrogante
28/02/2007
Até que enfim alguém me escuta!
Já me sinto cansado e fraco de chorar, gritar, sofrer. Já xinguei e até me desesperei, e só a
escuridão, o mau cheiro, sussurros odiosos, uivos e ecos tenebrosos de palavrões e gargalhadas,
rondam-me...
Somente e unicamente quando pensei em Jesus e a Ele roguei socorro e piedade, só aí então,
enxerguei um fio de luz...
Debochado, irônico, endiabrado eu era quando aqui vivia. Inúmeras vezes gargalhava, ao ouvir
minha mãe, avó e tias falarem "desse Mestre", que agora como um Salvador, tira um mísero ser,
que sou eu, das profundezas da dor, e do inferno tão falado em que me encontro! Só após a lembrança
do Mestre e o socorro imediato que me foi dado, pude assistir como em um filme a todas as
chances e ao conforto material que o Pai me deu, como suporte naquele existência, tão importante
para minha evolução espiritual e que eu recebi e perdi...
Que ignorância! Imbecil que fui...
Muitos gostariam de estar no meu lugar. Eu era um tolo ricaço, arrogante e egoísta, para a família,
amigos e companheiros. Joguei fora, como se joga o que não presta no lixo, uma encarnação, uma
vida...
O tempo não volta, as chances já me disseram, só retornam após muita, muita dor, sofrimento,
expiação e provas...
O dinheiro, o poder, o orgulho, as drogas, o álcool, o sexo, as orgias e tudo mais que arrasta o
individuo para as trevas nojentas e inimagináveis, empurraram-me e levaram-me para um pântano de
dor, nesse vale de lágrimas...
Hoje me sinto, não como um ser que caminha, mas que se arrasta, envergonhado, angustiado,
pequeno, triste, com o coração pesado e olhos baixos, sem a mínima coragem de elevá-los para
sequer olhar o céu lindo, azul e maravilhoso que Deus criou e que eu, dessa forma, nunca pude
enxergar e sentir.
Peçam por mim! Rezem por mim!
Quem sabe, um dia eu possa, sem vergonhas e remorsos, olhar o lindo céu azul do meu Pai Maior.
Luis Cláudio
GESJ 06/02/2007 Reunião Pública
Vitória, ES Brasil
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