sábado, 27 de julho de 2019

PORTAL - GNA - 12346 - O VERDADEIRO AMOR DE CRISTO - O MUNDO DOS BONS IMPLORA POR JUSTIÇA E PELO AMOR AMOR NEGADO PELOS GOVERNANTES DAS NAÇÕES DO MUNDO - GIORGIO BONGIOVANI O ESTIGMATIZADO E OS APÓSTOLOS DO CRISTO DE NOSSOS DIAS - GRUPO DE NATUREZA ALIENÍGENA - GNA

DO CÉU À TERRA


Mensagens 2019.

O VERDADEIRO AMOR DE CRISTO!





ESCREVI EM 24 DE JULHO DE 2019:

AMOR CRÍSTICO, AMOR VERDADEIRO AOS QUE O NECESSITAM.
LEIAMOS E MEDITEMOS.

COM FÉ,
G. B.

PLANETA TERRA,
24 de Julho de 2019.




UMA TERRA VERMELHA QUE FERE E COMOVE.
Por Francesca Mondin

Santa Vitória Este, fronteira com a Bolívia, maio de 2019.

Pela tarde, descemos de 3.200 metros para a cidade, uma comida rápida e depois em marcha com a caminhonete para recolher as últimas doações antes de empreender viagem. Às 22.00 horas já estamos no armazém carregando 3 todo terreno e uma caminhonete. A 01:30 da madrugada estamos de viagem: direção Santa Vitória Este. Apenas me cento no veículo e durmo.

Me desperto seis horas depois, quando começamos a percorrer uma estrada de terra cheia de buracos: aí começa a verdadeira viagem, que te sacode de um lado a outro como se quisesse despertar de seu bem-estar ocidental. À medida que continuamos parece que entramos em paisagens africanas que admiramos em figuritas e fotos. Os pássaros, a terra vermelha, os animais livres, as ruas e as aldeias recordam uma nublada imagem de paraíso bucólico e exótico perdido. depois de outras duas horas aproximadamente, chegamos à cidade principal, Santa Vitória Este, compramos água em uma pequena loja e partimos de novo.

Quando entramos no bosque me chama a atenção as pessoas que encontramos que caminham a margem da estrada: homens e mulheres de argila que vão sorridentes para tarefas cotidianas e desconhecidas iluminadas pelo sol, impotentes diante do aroma árido e desesperado de uma terra abandonada que se aferra a suas árvores abraçando os ramos e reivindicando a vontades de viver.

Chegamos assim a uma aldeia muito longínqua da "cidade" onde a Fundação nunca esteve. São os meninos e meninas os primeiros que se aproximam quando descemos dos carros. Os olhares curiosos, duvidosos e desconfiados desaparecem após cruzar com o olhar alegre e afetuoso de Ramón. Em pouco tempo o chefe da família reúne todos e começamos a repartir o que havíamos levado. É pouco, sabemos nós e sabem eles, essa comida será suficiente para acalmar a fome de algumas semanas e depois voltarão de novo para a condição que nós, conquistadores, pregadores e evangelizadores contribuímos para existir. Lhes privando de suas tradições e culturas sem lhes levar nem sequer uma gota de água potável. Enquanto distribuo os objetos de vestir cruzo meu olhar com a de algumas mães que carregam as crianças na bandagem. É um olhar que não sou capaz de manter, arranha violentamente. Também o ar árido que se respira é dilacerador, lacerante, como o é ver morrer um filho de desnutrição a dezesseis anos.

Chamava-se Fidel Frias e tinha crescido ali até alguns meses nessa aldeia a 40 - 50 km. da Santa Vitória Este, a "cidade" onde as pessoas caminham descalça entre barro, garrafas da Coca Cola e cães em pele e ossos. Onde os olhos brilham e os pés choram as feridas do corpo.


São precisamente os olhos dos meninos e meninas que vejo nas distintas comunidades os que se impregnam profundamente em meu peito, sinto-me um nada diante a sua imensidão. Ainda consigo reter as lágrimas até que, na última comunidade que visitamos, sinto os gritos de dor de uma menina que não pode caminhar. Não se sabe por que, nunca fez uma consulta médica e não se sabe se estar assim desde nascimento ou aconteceu algo depois. Uma cascata de emoções estala sem parar: muita raiva, porque se sente culpado e impotente; dor porque lhe entra na pele; gratidão pelos ensinamentos que transmitem com seu exemplo; admiração porque eles sabem sorrir e inclusive abraçar-se quando a inundação acaba de destruir suas casas; uma sensação de inutilidade porque é verdade, somos inúteis,  bem mais daninhos, se não lutarmos com nossas mãos por estes irmãos e porque não sabe por onde começar para mudar uma situação que os séculos de sociedades egoísta criaram; medo de que essa sociedade individualista em que cresceste te condicione; amor e fé pela vida porque, apesar de tudo, é o que te ensina continuamente esta gente quando se perde em seus abraços e em seus olhos escuros, profundos mas que brilham com a mesma luz das estrelas.

14 de julho 2019

Mensagem anexa:





Um comentário:

  1. PODE FALTAR TUDO, MENOS AMOR E ORAÇÕES PARA OS QUE SOFREM E PARA OS FAZEM O MILAGRE DE IR AO ENCONTRO DOS NECESSITADOS ... FAÇAMOS, O NOSSO MELHOR, COM ORAÇÕES OU AJUDAS HUMANITÁRIAS. PERTO DE NOSSAS CASAS, EM NOSSAS CIDADES, EXISTEM UM POVO QUE SOFRE, ESPERANDO OS NOVOS APÓSTOLOS DO CRISTO CHEGAREM.

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