Pergunta: Esse tipo de classificação não pode criar nos homens a falsa impressão de estarem salvos da ação do astro desde que sejam religiosos fervorosos?
Ramatis: Os homens sempre caíram nesse tipo de erro. Como que ao aderirem a determinada religião, praticarem certos rituais, atravessarem as portas de um templo, ou sintonizarem portais etéreos estão salvos de suas imperfeições. Aliás, tendem ainda a se declararem salvos pelo próprio juízo, condenando às profundezas do inferno aqueles que não pensam como eles, ou mesmo seus inimigos. Isso acontece porque acreditam que os remédios do espírito funcionam de forma similar aos remédios da matéria, bastando tomar um simples comprimido para a dor desaparecer. Ainda não entenderam que os remédios do espírito partem do interior de cada um, e que as provações se constituem em coadjuvantes externos para que se descubra, no íntimo, a força da transmutação. De nada adianta alguém praticar uma religião, e continuar simultaneamente praticando as imperfeições de sempre. O astro intruso não pergunta sobre credos, tampouco pede documentos que comprovem que alguém pertença a essa ou aquela religião. Ele simplesmente imanta a realidade de cada espírito. Se essa realidade sintoniza com o astro, então não adiantam cores, roupas, bandeiras, credos e orações de última hora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário