Pergunta: Acreditar no astro intruso é questão de fé? Mas isso não pode ser perigoso?
Ramatis: A humanidade registra acontecimentos dolorosos, verdadeiras catástrofes morais de tempos em tempos, em uma regularidade assustadora. Não há uma única geração na Terra que tenha vivido sua existência em plena paz. As lutas entre os primeiros homens na busca de alimentos ou pelas fêmeas, depois guerras e revoluções, que se sucedem como agendadas, enquanto os conflitos individuais como assassinatos crescem de forma implacável. O grande problema é que, além da violência recrudescer, ela também utiliza instrumentos cada vez mais destruidores, em um aprimoramento tecnológico macabro. E a divisão do rebanho, entre homens de bem e homens a serviço do mal se solidifica. O mal gera ganhos tangíveis de curto prazo, aparentemente atrativos. E o bem produz valores tangíveis e intangíveis a médio e longo prazos, mas cujas expressões divinas nem sempre são compreendidas pelos olhos materiais dos homens. Tal situação faz com que a humanidade prenda-se gradualmente à matéria, em crescente resposta aos estímulos que recebe, descartando os valores referenciais que deveriam levá-la à compreensão sobre a espiritualidade. E isso não pode prosseguir, para o bem dos próprios homens. A Terra foi criada como uma grande escola para a evolução espiritual. Se os homens a deturpam, tornando provações motivos de vingança e o ceticismo, causa de novos erros, então há a necessidade de intervenção nessa escola, para que aqueles que realmente desejam estudar e aprender prossigam. E essa intervenção é o astro intruso, pois ele não atinge o livre-arbítrio dos homens, apenas gera as energias para que uma nova divisão de rebanho se processe, entre aqueles que permanecerão na escola e aqueles que serão jubilados pela própria vontade. A fé, nesse caso, não é quanto à existência do astro, mas está relacionada à justiça divina.
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