Publicado em 31 de mar de 2014
A partir da crise estrutural do capital em meados da década de 1970 desenvolveu-se um complexo reestruturativo do capitalismo mundial caracterizado pelas políticas neoliberais que impulsionam o desenvolvimento da financeirização da riqueza capitalista. No bojo do capitalismo dourado do pós-guerra constituíram contradições orgânicas na dinâmica do capital que, com a grande crise da década de 1970, iriam contribuir para a afirmação do capital financeiro como fração predominante do capitalismo global. A hipertrofia do capital fictício levou a constituição do capitalismo das bolhas financeiras, cuja dinâmica de acumulação volátil e instável imprimiu sua marca na conjuntura do sistema mundial do capital nos "trinta anos perversos" (1980-2010). Com o capitalismo predominantemente financeirizado o dinheiro afirmou-se como capital-dinheiro, expondo o capital em geral em sua face mais fetichizada. Ao debilitar o poder de barganha do trabalho, o capital-dinheiro como capital fictício fez o mundo a sua imagem e semelhança, abrindo um temporalidade histórica de barbárie social caracterizada, por um lado, pela crise e irracionalidade social, e por outro lado, por uma intensa concorrência entre as frações internas do capital pelo domínio do globo.
Categoria
Licença
- Licença padrão do YouTube
COMENTÁRIOS • 444