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MATEUS - 13, 44 - 46 - EVANGELHO DO DIA 23 DE AGOSTO DE 2022 - REALIDADE ESPIRITUAL - GNA
(MT 13,44-46)
S. ROSA DE LIMA, VIRGEM, TERCIÁRIA DOMINICANA
“Você é linda como
uma Rosa!”
Isabel nasceu em
Lima, em 1586; e
era a décima de
treze filhos
da família Flores
de Oliva, nobre
espanhola, transferida para o Peru. A sua ama, Mariana, de
origem indígena,
deu-lhe o nome de Rosa, pela incrível beleza que a caracterizava.
Depois, este nome foi confirmado na Crisma e quando, aos vinte
e três anos,
recebeu o hábito religioso da Ordem Terceira Dominicana. Seu
modelo de vida foi Santa Catarina de Sena. Ao nome Rosa foi
acrescentado também o “de Santa Maria”, como expressão do
seu tenro amor, que sempre nutria
pela Virgem, à qual recorria, a todo instante, para pedir proteção.
Pobre entre os pobres
Rosa conheceu a pobreza quando a sua família caiu na miséria,
por falência nos negócios paternos; trabalhou, arduamente,
como doméstica, na horta
e como bordadeira, até altas horas da noite; quando fazia
entrega nas
casas dos seus fregueses, aproveitava para levar a Palavra
de Cristo e
o seu anseio pelo bem e pela justiça, que, na sociedade
peruana da
época, - espezinhada pela Espanha colonizadora, -
parecia totalmente ofuscada.
Na casa paterna, criou uma espécie de asilo para os
necessitados, onde
dava assistência às crianças e aos idosos abandonados,
sobretudo de
origem indígena.
Desde pequena, Rosa desejava consagrar-se a Deus com
a vida claustral, permanecendo “virgem no mundo”; como
Terciária Dominicana, trancou-se em uma cela de poucos
metros quadrados, construída no jardim da casa paterna,
da qual saía apenas para a função religiosa; ali, transcorria
grande parte dos dias, dedicando-se à oração e em íntima
comunhão
com o Senhor.
“Dedique a mim todo o seu amor”!
Certo dia, enquanto rezava diante de uma imagem da
Virgem Maria,
que segurava Jesus nos braços, ouviu a voz daquele Menino,
que lhe
dizia: “Rosa, dedique a mim todo o seu amor...”! E não
hesitou: desde
então, Jesus foi o seu amor exclusivo até à morte: um
amor cultivado
com a virgindade, a oração e a penitência. Ela repetia
sempre: “Meu
Deus, podeis aumentar meus sofrimentos, contanto que
aumenteis o
meu amor por vós”. Assim, o significado redentor da
Paixão de Cristo, tornou-se claro para ela: o sofrimento,
vivido com fé, redime e salva. O sofrimento do homem
pode ser associado ao sofrimento salvador de Cristo.
Esta foi uma verdadeira reviravolta interior, que coincidiu
com a leitura da vida de Santa Catarina, da qual aprendeu
a amar o sangue de Cristo e a Igreja. Precisamente na sua
cela no jardim, Rosa reviveu, na sua carne, a Paixão de
Jesus, por duas intenções: a conversão dos espanhóis e
a evangelização dos índios.
Devoção e Ano jubilar
A Santa Rosa foram atribuídos atos de mortificação e
castigos corporais, de todo tipo, mas também tantas
conversões e milagres. Um deles foi a não invasão dos
piratas holandeses em Lima, em 1615.
Quando ainda era viva, Rosa foi examinada por uma
Comissão mista de religiosos e cientistas, que julgou
as suas experiências místicas como verdadeiros “dons
da graça”; tanto é verdade que, quando ela morreu,
pela enorme multidão que participou do seu enterro, já
era considerada Santa.
Rosa faleceu só depois de renovar seus Votos religiosos,
repetindo várias vezes: “Jesus, permanecei comigo!”.
Transcorria o dia 23 de agosto de
1617.
Após a sua morte, quando seu corpo foi trasladado
para a Capela do
Rosário, Nossa Senhora sorriu-lhe pela última vez,
daquela estátua,
diante da qual a Santa havia rezado tantas vezes.
Ao ver o ocorrido, a multidão presente gritou: “milagre”!
Em 1668, Rosa de Lima foi beatificada pelo Papa Clemente IX e
canonizada três anos depois.
Santa Rosa de Lima foi a primeira mulher a ser canonizada no
Novo Mundo. Ela é Padroeira do Peru, da América Latina, das
Índias e das Filipinas. É invocada também como protetora dos
floricultores e jardineiros, contra as erupções vulcânicas e ainda
em casos de feridas ou de brigas familiares.
Os 400 anos da morte de Santa Rosa foram comemorados com
um Ano jubilar, que teve como lema: “400 anos intercedendo
por você”, referindo-se às milhares de orações que a Santa havia
atendido durante quatro séculos.
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