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LUCAS - 6, 27 - 38 - EVANGELHO DO DIA 09 DE SETEMBRO DE 2021- REALIDADE ESPIRITUAL - GNA
(LC 6,27-38)
“O que posso fazer para amar de verdade o Senhor? O que devo
fazer para que Ele goste de mim? Ele me inspira a ser todo seu,
mas não sei como fazer.” Estas perguntas Pedro Claver, estudante
de filosofia em Palma de Maiorca, nas Ilhas Baleares, fazia ao
porteiro do convento dos Jesuítas, Alfonso Rodriguez. Este,
depois de rezar muito, exortou o jovem a sair e a evangelizar
as colônias espanholas no continente americano.
Da Catalunha à Colômbia
Pedro nasceu em Verdú, na Catalunha, em 25 de junho de
1581, e não pertencia a uma família nobre. Fez o noviciado
em Tarragona, os estudos filosóficos em Palma de Maiorca e
iniciou os teológicos em Barcelona. Ele ainda não havia terminado
seus estudos quando foi destinado à missão de Nova Granada,
como era chamada a atual Colômbia. O jovem desembarcou em
Cartagena, em 1610, e foi ordenado sacerdote, em 1616,
naquela missão onde, por 44 anos, trabalhou entre os escravos
afro-americanos, em um período de forte tráfico.
A escolha dos últimos
Educado na escola do missionário Alfonso de Sandoval, Pedro
tornou-se servo dos negros para sempre “Aethiopum semper
servus”; na época, todos os negros eram chamados etíopes.
As costas litorâneas, - onde milhares de pessoas eram
abandonadas, arrancadas sem nenhum remorso da sua vida
familiar e da
sua terra, - transformaram-se em campo de apostolado para o jovem Jesuíta.
Todas as vezes que Pedro era avisado sobre a chegada de
novos escravos, apinhados nos navios, entrava no mar, com
o seu barco, para encontrá-los e levar-lhes comida, ajuda e
conforto; despertava em cada um o sentido da própria dignidade
humana; levava a fé aos não batizados; encaminhava-os ao
conhecimento e à prática das virtudes evangélicas; curava as
suas feridas, pedia esmola para comprar-lhes vestidos e
matar sua fome; aprendeu a língua dos angolanos e
serviu-se de outros 18 intérpretes para instruir os escravos.
Pela sua obra incansável, foi acusado de descuidar e profanar
os Sacramentos, administrando-os a criaturas que
“mal entendiam”.
Morte no abandono e na contemplação
Em 1650, foi acometido pela peste. Sobreviveu, mas, pelo
resto da vida, não pode mais trabalhar. Transcorreu os últimos
quatro anos da sua existência terrena imobilizado em uma
enfermaria do convento. O homem, que foi a alma da cidade
, pai dos pobres e consolador de tantas desventuras, foi
completamente esquecido por todos, transcorrendo o
tempo em oração.
Pedro Claver morreu em 8 de setembro de 1654, na Colômbia.
Em 16 de julho de 1850, foi beatificado por Pio IX e, em 15 de
janeiro de 1888, canonizado por Leão XIII, junto com Alfonso
Rodriguez. Em 7 de julho de 1896, foi proclamado Padroeiro
de “Todas as Missões Católicas entre os Negros”.
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