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(LC 8,4-15)
(LC 8,4-15) - 18 09 21
S. SOFIA
Sofia,
em grego,
significa
sabedoria
. Não
obstante,
sobre
esta
Santa, com este nome e que a Igreja recorda
em 18 de setembro, sabe-se muito pouco.
O Menológio da Liturgia grega – isto é, o
volume que contém hinos e orações dedicadas
a cada Santo em cada dia do ano - comemora
Santa Sofia junto com Santa Irene, mártires
em Chipre, sobre as quais faz alusão à sua
decapitação.
Em que século viveu?
Várias tradições são confusas até sobre a época
em que Sofia viveu: para algumas, a Santa faria
parte dos primeiros cristãos; enquanto para
outras, ela viveu na época bizantina. É certo,
porém, que foi o Cardeal César Baronio, no
século XVI, a incluir Sofia e Irene na sua obra
Martyrologium Romanum, estabelecendo sua
memória litúrgica em 18 de setembro.
Outra Sofia
Muitas vezes, a história de Sofia, mártir em
Chipre, se entrelaça com aquela, bem mais
legendária, de Sofia que foi martirizada em
Roma, durante o império de Trajano
(século I-II d.C.), e comemorada em 30
de setembro.
De origem grega e venerada no Oriente,
Sofia, esposa de Filandro, teria dado à luz
três filhas: Vera, Nadezda e Liubov.
Curiosamente, ao longo dos séculos, as três
jovens foram associadas às três virtudes
teologais de Fé, Esperança e Caridade,
talvez, graças ao significado sábio do
nome materno.
O Suplício
Ao tornar-se viúva, Sofia teria dedicado a sua vida
à ajuda e assistência aos prisioneiros cristãos.
Porém, teria sido exatamente esta sua atividade
caritativa a despertar a ira do imperador.
Segundo as lendas, Trajano a convocou e lhe
pediu para renunciar à fé cristã. No entanto,
Sofia recusou-se e, como castigo, foi submetida
ao suplício do flagelo.
Mas, dizem, que outra terrível tortura a aguardava:
assistir à tortura à qual foram submetidas suas
três filhas, que passaram pelo chicote, a espada e
o fogo. Apesar dos sofrimentos, as jovens não
desistiram. Por isso, os algozes foram obrigados
a decapitá-las.
Sofia recolheu seus corpos estraçalhados e deu-lhes
uma sepultura digna sobre uma colina, fora da
cidade. Três dias depois, consumida pelo sofrimento,
a mulher caiu morta sobre o túmulo das suas filhas.
Traslado dos restos mortais
A veneração das quatro mulheres aumentou ao longo
dos anos, até que, no século VIII, o Papa Paulo I
teria mandado transferir os restos mortais das
mártires da Via Aurélia para a igreja de São Silvestre,
no Campo Márcio.
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