- Jesus convida Pedro, Tiago e João para subir com ele ao Monte Tabor
- Enquanto Jesus reza, ele se transfigura, seu rosto fica brilhante como o sol e suas vestes se tornam brancas como a luz
- Aparecem Moisés e Elias, que conversam com Jesus
- Uma nuvem resplandecente envolve Jesus e os discípulos, e uma voz diz: “Este é o meu Filho amado em quem me agrado. Ouçam-no!”
- Os discípulos se prostram com o rosto em terra e ficam aterrorizados, mas Jesus se aproxima, toca neles e diz: “Levantem-se! Não tenham medo!”
- Jesus ordena aos discípulos que não contem a ninguém o que viram, até que o Filho do homem tenha sido ressuscitado dos mortos
O que significa para nós?
São Paulo em suas cartas encoraja a nossa esperança recordando a lembrança da glória do salvador manifestada na Transfiguração e na Ressurreição: “Veremos a glória face a face, diz, e seremos transfigurados à sua semelhança” (2Cor 3,18). “Esperamos o Salvador, Nosso Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo terrestre e o tornará semelhante ao seu corpo glorioso” (Filipenses 3,21).
A Transfiguração constitui uma passagem de ânimo para os discípulos e para todos os cristãos, pois nela manifesta-se a glória de Jesus e atesta-se que Ele é, apesar da cruz que se aproxima, o Filho amado de Deus. Os discípulos recebem, assim, a certeza de que o projeto que Jesus apresenta é um projeto que vem de Deus, um projeto de esperança.
Deus nos concede pequenos “tabores” ao longo de nossa vida, pequenos momentos de consolação, para suportarmos os grandes momentos de desolação e de tristeza que a vida nos apresenta. Os Apóstolos, quando virem Jesus na Sua condição de Servo, não poderão esquecer a Sua condição divina.
A mensagem fundamental é que Jesus é o Filho amado de Deus, em quem se manifesta a glória do Pai. Ele é, também, esse Messias libertador e salvador esperado por Israel, anunciado pela Lei (Moisés) e pelos Profetas (Elias). Ele é um novo Moisés, isto é, Aquele através de quem o próprio Deus dá ao seu Povo a nova lei e através de quem Deus propõe aos homens uma nova Aliança.
Pela Transfiguração de Jesus, Deus mostra aos discípulos e a nós que, uma vida feita de entrega, doação, serviço, mesmo que terminar na cruz, não é uma vida de fracasso e derrotas. Deus tem uma promessa de vida plena e definitiva no final do caminho, a todos aqueles que, como Jesus, forem capazes de colocar a sua vida ao serviço dos irmãos.
A transfiguração de Jesus anuncia do alto daquele monte que, não desanimeis, pois, a lógica de Deus não conduz ao fracasso, mas à Ressurreição, à vida definitiva, à felicidade sem fim.
Por fim, pelas palavras de Pedro, os três discípulos, testemunhas da transfiguração, parecem não querer “descer” e enfrentar o mundo e os problemas dos homens e mulheres. Jesus não responde a Pedro, pois, sabe muito bem que é preciso descer à realidade concreta do mundo e fazer algo para transformá-lo. Jesus deixa claro que para segui-Lo é preciso assumir os mesmos compromissos que o Pai Lhe confiou. Ser cristão é assumir um compromisso com Deus, que se faz compromisso de amor com o mundo e com os homens. A Palavra de Deus nunca nos falta, a Palavra divina “Escutai o que Ele diz”, espera de nós uma escuta atenta e resposta decisiva.
Oxalá um dia possamos dizer como Paulo: “Caríssimo, quanto a mim, eu já estou para ser oferecido em sacrifício; aproxima-se o momento de minha partida. Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé. Agora está reservada para mim a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que esperam com amor a sua manifestação gloriosa (2Tm 4,6-8).
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