JOSÉ E MARIA - Haroldo Dutra Dias
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2 out. 2008 ... Um
estudo bíblico, histórico e lingüístico acerca de Maria, mãe de
Jesus.
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24 jan. 2013 ... Eu
não entendo o que se significa a expressão: mãe e mestra
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Muita coisa errada é dita sobre Maria e, talvez, o maior de todos os erros seja subestimar sua importância na vida e na obra de seu filho Jesus. Na verdade Maria desperta fortes paixões religiosas, alguns adoram e outros menosprezam a mulher que Deus escolheu para gerar o Seu Filho. Ambas as posições estão redondamente erradas. Nem desprezo e nem adoração, Maria foi exemplo de mãe, mas acima de tudo, exemplo de serva do Deus Todo Poderoso.
Maria de Nazaré nasceu numa aldeia e era descendente do rei Davi. Nada se sabe sobre sua infância e adolescência, isso porque, ela só entrou na Bíblia quando foi escolhida a mãe do Filho de Deus. A história de Maria é um belíssimo exemplo de dedicação, amor e serviço, Maria jamais se exaltou, Maria não se impôs como mãe de Jesus, ao contrário, ela foi discípula de seu Filho e foi a primeira pessoa a crer que Ele é Deus e Filho de Deus.
A maior história que os Evangelhos relatam sobre Maria, depois do Natal, são as Bodas de Caná, na Galiléia. Jesus e Seus discípulos foram convidados para um casamento e Maria também estava lá, provavelmente ela era parente de um dos noivos, porque ela deu ordens aos empregados e se preocupou quando faltou vinho.
Maria disse a Jesus: “Não têm vinho.” (João 2:3). Jesus ponderou que não era chegada a Sua hora, que ainda não tinha começado Seu Ministério na terra, mas ela, como toda boa mãe, não desistiu da ideia de ajudar os noivos e foi até os empregados da casa e disse-lhes: “Fazei tudo quanto ele vos disser.” (João 2:5b).
Uma festa de casamento era um mega acontecimento naquela época, durava três dias. Faltar vinho era uma vergonha para as famílias, significava o fracasso da festa e era imperdoável diante dos convidados. Maria se preocupou com tudo isso e foi pedir socorro para quem poderia socorrer, Jesus era o único que poderia salvar o casamento do vexame geral.
Maria não fez um pedido a Jesus, ela levou a Ele o problema e confiou que Ele resolveria, tanto é que ela disse aos empregados que Jesus ia fazer alguma coisa, ela só não sabia o que era. Maria é exemplo de fé. Fé é isso mesmo, crer que Deus vai realizar um milagre e agir de acordo.
Havia na casa seis talhas de pedra onde cabiam cerca de dois ou três almudes de vinho. O almude é uma unidade de medida de capacidade para líquidos, que variava de região para região, porém estima-se que cabiam dezoito litros de vinho em cada talha de pedra, era vinho que nem prestava!
Jesus só deu duas ordens: mandou encherem de água as talhas de pedra e depois mandou que tirassem um pouco do líquido e levassem ao mestre-sala, que era o responsável pela recepção. Logo que o mestre-sala provou a água transformada em vinho, chamou o noivo e disse: “Todo o homem põe primeiro o vinho bom e, quando já têm bebido bem, então o inferior; mas tu guardaste até agora o bom vinho.” (João 2:10). Jesus caprichou e fez o vinho mais saboroso da festa, do jeitinho que fará com sua vida.
Quando Maria foi visitada por Gabriel e a ela foi revelado o plano de Deus para sua vida, a única preocupação dela foi de efeito bem prático, veja: “Como se fará isto, visto que não conheço homem algum?” (Lucas 1:34). A pergunta era pertinente, como uma virgem, que não tinha tido contato físico com seu prometido poderia conceber? O anjo explicou direitinho qual era o plano e Maria não perguntou mais nada, disse apenas: “Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra.” (Lucas 1:38). Depois disso o anjo foi embora.
Maria não se preocupou com outros aspectos fundamentais de sua missão. Naquela época mulher que engravidava sem ter coabitado com seu marido era apedrejada sumariamente. Como Maria contaria a novidade a José? Ele acreditaria nela? E o resto do povo? Era uma situação bem complicada, mas Maria só se assustou quando o anjo apareceu para ela e não com as consequências de sua missão. Maria foi exemplo de serviço.
Durante toda a infância, adolescência e juventude de Jesus, Maria sabia quem era aquele menino que nasceu dela, mas que não era apenas dela, era o Salvador do mundo. Maria via tudo, ouvia tudo e não dizia nada, porém ela guardava tudo no seu bom tesouro, olha só: “E sua mãe guardava no seu coração todas estas coisas.” (Lucas 2:51). Maria foi exemplo de submissão à vontade de Deus.
Um dia o Filho de Maria foi crucificado. Ele experimentou todos os sentimentos, todas as dores, todos os caminhos de um homem sobre a face da terra. Muitos O traíram, muitos se acovardaram, muitos fugiram, porém Maria acompanhou Jesus até a cruz. Ali estava a mãe, mas também estava a serva de Deus, que conhecia melhor que ninguém o Homem/Deus.
Ninguém queria ser reconhecido como amigo de Jesus, até seu apóstolo Pedro O negou. Os outros apóstolos se esconderam, fugiram, ou voltaram para seus afazeres e, com exceção de João, Maria e as outras mulheres, mais ninguém acompanhou a agonia e morte do Filho de Deus. Maria foi um exemplo de discípula de Jesus.
Todas as mães têm um pouco de Maria e Maria se multiplicou em milhões de mulheres no mundo todo no exemplo, na visão, na missão e na fé. Maria não é Deus, não é esposa de Deus, não é mãe de Deus. Maria é uma serva de Deus, que jamais almejou ser igual a Ele. Maria não é a rainha do céu, antes é a serva cheia de méritos e humildade do Senhor. Maria é a mãe de Jesus, o Filho de Deus.
Feliz Dia das Mães a todas as servas de Deus que como Maria são exemplo de fé, de serviço, de missão e de mãe.
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