APOCALIPSE DE MATEUS
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Mateus 24 – O Pequeno Apocalipse
Introdução:
Gostaria de estudar com os irmãos o capítulo 24 do Evangelho de Mateus, um capítulo que, por sua natureza profética, tem dado origem a várias interpretações diferentes. Por isso temos que ter um coração humilde diante do Senhor. Tendo nossas próprias convicções, não desconsideremos aqueles que pensam diferente. Temos que ter muita paciência uns para com os outros, mantendo a unidade no Espírito, e sabendo que um dia teremos a unidade na fé. Amém!
Panorama profético com duplo cumprimento: Este capítulo, à semelhança do que vemos no livro de Daniel, apresenta um panorama profético com duplo cumprimento:
- Num primeiro plano profético vemos a destruição de Jerusalém no ano setenta;
- Num segundo plano profético vemos os acontecimentos do tempo do fim que hão de acontecer antes da vinda de Cristo.
- Pequeno Apocalipse: Por causa deste segundo panorama profético, este capítulo é chamado de Pequeno Apocalipse, onde podemos encontrar como que sementes do que João profetizou a respeito dos selos, das trombetas e taças, do surgimento do Anticristo, da grande tribulação que o Anticristo trará, da ira de Deus sobre toda impiedade, da vinda gloriosa de Cristo nas nuvens e da nossa reunião no alto com Ele..
- Advertências: Com este conteúdo profético, Cristo tem por objetivo advertir seus discípulos sobre o perigo de serem enganados por falsos cristos e falsos profetas que haverão de surgir, e que enganarão a muitos, e da necessidade de vigiar e estar preparados. Há muitas advertências neste capítulo, mais de dez..
- Comecemos pelos três primeiros versículos:
Mt 24:1-3 1 Tendo Jesus saído do templo, ia-se retirando, quando se aproximaram dele os seus discípulos para lhe mostrar as construções do templo. 2 Ele, porém, lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada. 3 No monte das Oliveiras, achava-se Jesus assentado, quando se aproximaram dele os discípulos, em particular, e lhe pediram: Dize-nos quando sucederão estas coisas e que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século.
- Para os discípulos, em particular: Alguns irmãos vão dividir este capítulo em duas partes, uma destinada aos judeus e outra à igreja, mas não vejo base sólida para dividir dessa maneira, pois o Senhor Jesus não estava tratando com judeus, no sentido religioso do termo, mas estava conversando em particular com seus discípulos, seus apóstolos, aqueles sobre os quais a igreja haveria de ser edificada, sendo Cristo a pedra angular (Ef 2.19-20). Jesus estava lançando fundamento na vida de Seus apóstolos, e sobre esse fundamento a igreja seria edificada. Então, nos apóstolos podemos ver o gérmem, a semente da igreja.
Em algumas parábolas Jesus se refere aos judeus, mas isso fica claro no texto, como na parábola dos lavradores maus (Mt 21.33-46), que mataram todos os enviados do dono da propriedade, e até seu filho. Nessa parábola, os sacerdotes e os fariseus perceberam que Jesus estava falando a respeito deles.
- Duplo tempo profético: As perguntas feitas pelos discípulos, embora eles não tivessem consciência, apontam para dois tempos proféticos:
- Quando sucederão estas coisas? Que coisas? O não ficar pedra sobre pedra no Templo de Jerusalém! Aqui temos um tempo profético que para nós está no passado, que já aconteceu no ano 70 de nossa era, quando o exército romano, liderado pelo General Tito, destruiu a cidade de Jerusalém e o Templo, matou muitos judeus e dispersou os sobreviventes para todas as nações da Terra.
- Que sinal haverá da Tua vinda e do fim do mundo? Aqui temos um segundo tempo profético, que se projeta para o futuro.
Vejamos a resposta de Jesus aos seus discípulos:
Mt 24:4-5 4 E ele lhes respondeu: Vede que ninguém vos engane. 5 Porque virão muitos em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos.
- Primeira advertência: Ninguem vos engane.Em relação ao futuro, ao que está para acontecer, Jesus adverte que surgiriam muitas pessoas, em nome dele, dizendo-se ser o Ungido (porque a palavra cristo significa ungido), e enganariam a muitos. Enganar, em grego: planao, é uma palavra muito importante no contexto profético dos últimos dias. Significa seduzir, desviar do caminho, levar ao erro. Essa é uma das palavras chaves deste capítulo, como veremos no decorrer do estudo.
Mt 24:6-8 6 E, certamente, ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; vede, não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim. 7 Porquanto se levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fomes e terremotos e pestes em vários lugares; 8 porém tudo isto é o princípio das dores.
- Prenúncios dos Selos: Nestes versículos podemos ver prenúncios da abertura dos selos no capítulo 6 de Apocalipse, que acontece logo em seguida à glorificação do Cordeiro no céu e o consequente derramar do Espírito Santo sobre a Terra. Podemos vislumbrar aqui a abertura do Segundo Selo, com o cavalo vermelho e seu cavaleiro trazendo guerras; a abertura do Terceiro Selo, com o cavalo preto e seu cavaleiro trazendo a fome; e a abertura do Quarto Selo, com o cavalo amarelo e seu cavaleiro trazendo a mortandade por pestes.
- O cavalo branco: E o primeiro cavalo? No Apocalipse, na abertura do primeiro selo, são enviados o cavalo branco e seu cavaleiro, que saiu vencendo e para vencer. Este cavalo branco representa a Pregação do Evangelho, e somente vai aparecer aqui em Mateus 24 no versículo 14, quando ele está para vencer, quando sua tarefa de levar o evangelho do reino para testemunho a todas as nações estará se completando:
Mt 24:14 E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim
- Sabemos que o cavalo branco é o primeiro que sai a cavalgar:
At 1:8 mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.
- Segunda Advertência: Não vos assusteis com guerras, fomes e pestes.Isso são coisas que tem acontecer. E isto é somente o princípio das dores.
Ficar assustado aqui significa ficar perturbado, ficar com medo. Por que não precisamos ficar com medo? Porque tudo está no comando do Senhor Jesus. É Ele quem abre os selos e Ele nos ama. Ele prometeu estar conosco todos os dias até a consumação dos séculos (Mt 28.20). Esta advertência é muito propícia nestes dias em que temos visto o cavalgar do cavalo amarelo com esta epidemia que atingiu toda a humanidade.
- Todos os cavalos tem cavalgado juntos desde o início da igreja e temos visto nestes últimos dias um grande avanço de todos eles rumo ao fim de sua cavalgada.
Mt 24:9-13 9 Então, sereis atribulados, e vos matarão. Sereis odiados de todas as nações, por causa do meu nome. 10 Nesse tempo, muitos hão de se escandalizar, trair e odiar uns aos outros; 11 levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos. 12 E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos. 13 Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo.
- Aqui está o prenúncio do Quinto Selo, cuja abertura possibilitou a João ver as almas daqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam.
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- Terceira Advertência: Seremos perseguidos por causa do nome de Cristo. O Senhor Jesus nos advertiu que seremos odiados e até mesmo martirizados por professarmos Seu nome. Irmãos, nunca ouve um sequer período na história da igreja sem perseguição. Hoje em dia, muitos irmãos são perseguidos e mortos. E isto vai se intensificar conforme o tempo do fim se aproxima. Estamos prontos para isso?
- Quarta advertência: Apostasia.Por causa desta perseguição, muitos haverão de se escandalizar, tropeçar, se apostatar da fé, dando ouvido a falsos profetas que enganarão a muitos. A iniquidade vai se multiplicar e o amor vai se esfriar. Tudo isto nos aponta para a vinda da apostasia citada por Paulo em 2Te 2.3, que se estabelecerá antes do surgimento do Anticristo. A apostasia será a estrada pavimentada para a chegada do Anticristo.
2Ts 2:3 Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniqüidade, o filho da perdição
- Quinta advertência: Necessidade de Perseverança.Aquele que perseverar até o fim será salvo.
Penso que alguns irmãos tem se confundido com este texto, afirmando que a salvação aqui não se refere à nossa redenção, mas seria a salvação de nossas almas, ou seja, o aprimoramento dos nossos pensamentos, emoções e vontades; caso contrário, seria salvação pelas obras, pois a salvação seria conseguida por nosso merecimento. Absolutamente, não vejo assim! Creio firmemente que nossa salvação eterna está ligada à nossa perseverança, não em nossas obras, mas nossa perseverança na fé, fé na obra de Cristo e naquilo que Ele conquistou para nós. A perseverança em Cristo é prova de uma fé verdadeira nEle. Como diz Tiago: a fé sem obras é morta. Pedro nos afirma que “mediante a fé somos guardados no poder de Deus para a salvação preparada para revelar-se no último tempo” (1Pe 1.5).
Mt 24:14-15 14 E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim. 15 Quando, pois, virdes o abominável da desolação de que falou o profeta Daniel, no lugar santo ( quem lê entenda ),
- Sexta advertência: Surgimento do Anticristo.Quando o Evangelho tiver alcançado todas as nações, chegará o tempo do fim. Será quando há de surgir o Anticristo, o abominável da desolação de que falou o profeta Daniel.
- Por outro lado, pelo contexto que se segue nos próximos versículos (os que estão na Judeia fujam para os montes), claramente, Jesus está ligando a abominação da desolação à destruição de Jerusalém e, consequentemente, do Templo, que ocorreu no ano 70, respondendo à primeira pergunta dos discípulos: Quando serão estas coisas de não ficar pedra sobre pedra? Podemos, então, ficar confusos. E agora? Em que tempo profético esta profecia se aplica?
- Sabendo deste conflito, o Senhor Jesus nos manda buscar entendimento nas profecias de Daniel. Para isso, façamos um breve retrospecto das profecias de Daniel que tratam da Abominação da Desolação.
- Slide 1: Primeiramente vamos citar que muitos profetas, ao olhar para o futuro veem picos de acontecimentos proféticos, não distinguindo os vales de distanciamento temporal entre eles.
- Slide 2: Por exemplo, vejamos o texto de Isaias 61.1-2. Observe bem o versículo 2.
Is 61:1-2 1 O Espírito do SENHOR Deus está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados; 2 a apregoar o ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus;
- Slide 3: Agora vejamos como Jesus leu este versículo, em Lc 4.17-21. Observe que Jesus não fala a expressão “E o dia da vingança do nosso Deus”, ao afirmar que “Hoje se cumpriu a Escritura que acabais de ouvir”. Porque? Por que o dia da vingança do nosso Deusé uma fato que estará ligado à sua segunda vinda. Apenas a primeira parte da profecia estava se cumprindo. Uma profecia com dois tempos proféticos.
Lc 4:17-21 17 Então, lhe deram o livro do profeta Isaías, e, abrindo o livro, achou o lugar onde estava escrito: 18 O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, 19 e apregoar o ano aceitável do Senhor. 20 Tendo fechado o livro, devolveu-o ao assistente e sentou-se; e todos na sinagoga tinham os olhos fitos nele. 21 Então, passou Jesus a dizer-lhes: Hoje, se cumpriu a Escritura que acabais de ouvir.
- Slide 4: No capítulo 8 de Daniel encontramos a profecia do carneiro e do bode, simbolizando os impérios persa e grego. No decorrer da profecia do bode, que representa o império grego, surge um chifre pequeno, que depois cresce e se torna poderoso e que infligirá tremendo sofrimento ao povo santo, trazendo a assolação da abominação, com a proibição do sacrifício diário. Num primeiro tempo profético, esta profecia refere-se a Antíoco Epiphanes, um rei do império dos seleucidas que trouxe enorme sofrimento ao povo judeu entre 168 aC a 165 aC, num período de três anos e meio. Porém, num segundo tempo profético, esta profecia se aplicará ao Anticristo no tempo do fim. É o próprio Senhor Jesus que nos ensina isto, ao dizer que a Assolaçao da Abominação ainda estava por vir.
- Slide 5: Antíoco Epiphanes era apenas um tipo do Anticristo que viria. Vejamos o que ele fez, e que servirá de exemplo do que o Anticristo fará. Antíoco Epiphanes:
Pilhou todos os utensílios de ouro e de prata do Templo de Jerusalém e quebrou toda a estrutura que era usada para os rituais ali realizados.
Converteu o Templo em um centro de adoração pagã, erigindo em seu interior uma estátua de Zeus com a sua própria face e exigindo que os judeus a adorassem sob pena de morte.
Degolou um porco sobre o altar sagrado e ordenou que os sacerdotes fizessem o mesmo.
Transformou o Templo em zona de meretrício.
Proibiu a guarda do sábado, proibiu a circuncisão, e destruiu toda cópia das Escrituras que encontrou
- Slide 6: No capítulo 11, Daniel prediz com muita precisão sobre inúmeros reis que vão desde o Império Persa, com Dario, até o Império Grego, com Antíoco Epiphanes. O fato mais importante da narrativa está na parte final do capítulo, quando Antíoco Epiphanes leva seus exércitos a cercarem Israel para invadí-la, uma analogia perfeita da guerra do Armagedom, quando o Anticristo levará seus exércitos para destruir Jerusalém.
- Slide 7: O capítulo 9 é o mais condizente com este sermão profético de Mateus 25, pois tanto Daniel, como Jesus, estão na mesma visada da linha do tempo, antes dos acontecimentos. Este capítulo, apresenta a Profecia das Setenta Semanas, que nos mostra que, depois de ser morto o Messias, o povo de um príncipe que haveria de vir, destruiria a cidade e o santuário. Assim como nas profecias anteriores, podemos distinguir aqui, novamente, dois tempos proféticos: no ano 70, Jerusalém e o Templo foram destruídos pelos exércitos do Império Romano liderados por Tito; no tempo do fim, a cidade santa e o santuário assolados representam a igreja que vai ser perseguida pelo Anticristo na Grande Tribulação.
Mt 24:16-20 16 então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes; 17 quem estiver sobre o eirado não desça a tirar de casa alguma coisa; 18 e quem estiver no campo não volte atrás para buscar a sua capa. 19 Ai das que estiverem grávidas e das que amamentarem naqueles dias! 20 Orai para que a vossa fuga não se dê no inverno, nem no sábado;
- Claramente vemos um contexto judaico nesta passagem. Aqui vemos as instruções dadas por Jesus para que os cristãos judeus escapassem naquele momento difícil, quando o exército romano estivesse prestes a destruir a cidade de Jerusalém. Há um chamado à oração e à urgência. Não deveria haver perda de tempo.
- O historiador Euzébio conta que os todos os cristãos de Jerusalém, com base nesta passagem, fugiram para a cidade de Pella, na Jordânia, e foram salvos do massacre que ocorreu.
- No entanto, a assolação de Jerusalém é apenas um tipo da assolação que o Anticristo fará no tempo do fim. Portanto, esta passagem também tem implicações para nós. Quando o Anticristo investir contra o lugar santo, que, à luz do novo testamento, é a igreja, temos que buscar refúgio no Senhor. Como está em Ap 12.14, Deus nos dará asas como da grande águia para que fujamos a um lugar seguro, onde Deus nos sustentará durante esse período da grande tribulação.
- Sétima Advertência:livres de toda amarra. Quando surgir o Anticristo, não haverá mais tempo para buscar nossos próprios interesse, para fazer mais isto, ou terminar aquilo. Não! Será uma situação de urgência! Nesse tempo teremos que nos desprender de todos os laços que nos prendem a este mundo e nos entregarmos totalmente nas mãos de Deus.
Mt 24:21-22 21 porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais. 22 Não tivessem aqueles dias sido abreviados, ninguém seria salvo; mas, por causa dos escolhidos, tais dias serão abreviados.
- Oitava advertência: Haverá um período de grande tribulação.Muito embora a destruição de Jerusalém tenha ocorrido debaixo grande crueldade, pois os soldados do exército romano era composto por mercenários das nações que odiavam Israel, esse versículo, claramente, refere-se ao tempo do fim, à luz de Daniel:
Dn 12:1a Nesse tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, o defensor dos filhos do teu povo, e haverá tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo
- No capítulo 12 de Apocalipse vemos esta mesma cena: Quando Satanás for atirado na Terra depois de ser derrotado pelo arcanjo Miguel, surgirá o Anticristo, dando-se início aos três anos e meio da grande tribulação.
Mt 24:23-25 23 Então, se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! Ou: Ei-lo ali! Não acrediteis; 24 porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos. 25 Vede que vo-lo tenho predito.
- Nona advertência: Não se deixe enganar pelos sinais. Nesse período da Grande Tribulação haverá uma operação de sedução e engano quase irresistível, pois o Anticristo será a personificação de Satanás, o sedutor de todo o mundo (Ap 12.9). Muitos sinais serão feitos com o objetivo de nos enganar. Se não estivermos muitos firmes no Senhor, sabedores de antemão da falsidade desses sinais, poderemos, também, ser seduzidos. Toda a hoste satânica estará empenhada para enganar as pessoas:
O Anticristo:
2Ts 2:9-10 9 Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira, 10 e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos.
O Falso Profeta:
Ap 13:14 Seduz os que habitam sobre a terra por causa dos sinais que lhe foi dado executar diante da besta, dizendo aos que habitam sobre a terra que façam uma imagem à besta, àquela que, ferida à espada, sobreviveu.
A Babilônia:
Ap 18:23 Também jamais em ti brilhará luz de candeia; nem voz de noivo ou de noiva jamais em ti se ouvirá, pois os teus mercadores foram os grandes da terra, porque todas as nações foram seduzidas pela tua feitiçaria.
Mt 24:26-28 26 Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto, não saiais; ou: Eis que ele está no interior da casa, não acrediteis. 27 Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do Homem. 28 Pois onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão as águias.
- Décima advertência: A vinda de Cristo será manifestada para todos. Cristo não virá de forma que alguns possam dizer que já Ele veio e está aqui, ou ali, ou acolá. Se alguém disser isso, não acreditem.
- Pois onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão as águias. Esta frase é complicada de se entender, mas eu penso que quando Cristo vier, com a espada afiada que sai de sua boca há de ferir os homens ímpios das nações, os reis, os poderosos deste mundo, de modo que as aves se banquetearão de seus corpos. Aqui podemos ver o prenúncio de Ap 19.11-21. Este entendimento é corroborado pelos versículos seguintes:
Mt 24:29-31 29 Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento, e os poderes dos céus serão abalados. 30 Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória. 31 E ele enviará os seus anjos, com grande clangor de trombeta, os quais reunirão os seus escolhidos, dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus.
- Logo após ao período de tribulação este texto nos mostra claramente a abertura do Sexto Selo (Ap 6.12-17), onde, os fenômenos que ocorrerão na terra, no mar e no céu, serão de tal monta em sua magnitude, que farão com que os reis da terra, os grandes, os ricos, os poderosos, os escravos e os livres procurem se esconder nas cavernas e nos penhascos para se esconder da face daquele que se assenta no trono e da ira do cordeiro, o filho do homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. Será, sem sombra de dúvida, o evento mais glorioso que jamais se viu na Terra.
- O Senhor Jesus, então, enviará seus anjos, com um grande buzinaço, os quais reunirão no alto (episunago) os seus eleitos de toda a terra. Aqui está o arrebatamento da igreja, também descrito em 1Te 4.15-17 e 1Co 15.51-52.
- Vejamos o texto paralelo de Apocalipse:
- Ap 11:15-18 15 O sétimo anjo tocou a trombeta, e houve no céu grandes vozes, dizendo: O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos. 16 E os vinte e quatro anciãos que se encontram sentados no seu trono, diante de Deus, prostraram-se sobre o seu rosto e adoraram a Deus, 17 dizendo: Graças te damos, Senhor Deus, Todo-Poderoso, que és e que eras, porque assumiste o teu grande poder e passaste a reinar. 18 Na verdade, as nações se enfureceram; chegou, porém, a tua ira, e o tempo determinado para serem julgados os mortos, para se dar o galardão aos teus servos, os profetas, aos santos e aos que temem o teu nome, tanto aos pequenos como aos grandes, e para destruíres os que destroem a terra.
- Vejamos o texto paralelo de Apocalipse:
Ap 11:15-18 15 O sétimo anjo tocou a trombeta, e houve no céu grandes vozes, dizendo: O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos. 16 E os vinte e quatro anciãos que se encontram sentados no seu trono, diante de Deus, prostraram-se sobre o seu rosto e adoraram a Deus, 17 dizendo: Graças te damos, Senhor Deus, Todo-Poderoso, que és e que eras, porque assumiste o teu grande poder e passaste a reinar. 18 Na verdade, as nações se enfureceram; chegou, porém, a tua ira, e o tempo determinado para serem julgados os mortos, para se dar o galardão aos teus servos, os profetas, aos santos e aos que temem o teu nome, tanto aos pequenos como aos grandes, e para destruíres os que destroem a terra.
- Aqui vemos que, quando a sétima trombeta for tocada, o Senhor Jesus, em Sua volta, assumirá Seu grande poder e passará a reinar pelos séculos dos séculos. Esse momento é caracterizado por nações se enfurecendo, diante das quais a ira de Deus se manifestará. Esse é o tempo que foi determinado para serem julgados os mortos. Portanto, está implícito que esse será o tempo da ressurreição e do julgamento. Aos santos, os que temem o nome do Senhor, será dado o galardão nos que ressuscitarem para a vida; aos incrédulos, será dada a retribuição de morte, nos que ressuscitam para a condenação (Dn 12.2; Jo 5.28-29).
Mt 24:32-35 32 Aprendei, pois, a parábola da figueira: quando já os seus ramos se renovam e as folhas brotam, sabeis que está próximo o verão. 33 Assim também vós: quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, às portas. 34 Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça. 35 Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão.
- Jesus disse para aprendermos da parábola da figueira: quando os ramos da figueira começam a brotar podemos saber que o verão está se aproximando; semelhantemente, quando víssemos todas estas coisas, poderíamos saber que está próximo, às porta
- Esta parábola, aparentemente simples, é objeto de muita controvérsia. Assim, com humildade vamos tentar explicá-la. Para isso, há uma premissa que temos que ter em mente: essa parábola faz parte da resposta a duas perguntas feitas pelos discípulos, com dois eventos proféticos distintos: a destruição do Templo de Jerusalém ocorrida no ano 70, e a vinda de Cristo que ocorrerá no tempo do fim.
- Temos, três dificuldades nesta parábola:
- O que seriam todas estas coisas, ou tudo isto?
- O que estaria próximo, às portas?
- O que significa não passará esta geração?
- Primeiramente, se considerarmos o primeiro tempo profético, nesse caso Jesus estaria avisando os cristãos judeus que, quando vissem a cidade de Jerusalém cercada e debaixo de grande tribulação, deveriam fugir o mais rápido possível, porque a destruição da cidade seria iminente. Com esse foco, Jesus informou aos discípulos que isso haveria de acontecer na geração deles, o que, de fato, aconteceu depois de 37 anos .
Esta interpretação confere com os dizeres de Jesus em Mateus 23, onde proferiu muitos ais contra os escribas e fariseus, que mataram os profetas e haveriam de matar o Messias, e porisso, seriam severamente castigados por Deus:
Mt 23:36-38 36 Em verdade vos digo que todas essas coisas hão de vir sobre esta geração. 37 Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu não quiseste! 38 Eis que a vossa casa vos ficará deserta.
Portanto, o templo ficaria deserto naquela mesma geração.
- Por outro lado, se considerarmos o segundo tempo profético, Jesus está nos avisandoque, quando virmos os sinais de muitos se apostando da verdade, dando ouvido a espíritos enganadores, a iniquidade se multiplicando na face da Terra, falsos cristos e falsos profetas se levantando, especialmente o Anticristo, a igreja sendo implacavelmente odiada e perseguida, e o surgimento de cataclísmas na terra e no céu, então Sua vinda estaria próxima, às portas. Jesus disse, também, que não passará a geração que vai ver estas coisas, sem que Ele venha.
- Qual destas interpretações seria a certa? Eu creio que as duas. Cada uma para um tempo profético e para um grupo diferente de discípulos. Os primeiros cristão já viram esta profecia se cumprir em seus dias. Agora é conosco, no nosso tempo.
- Para nós, nessa profecia fica claro que todos esses sinais deverão acontecer não em um período enorme de tempo, mas, no período de uma geração.
- Devido ao fato da figueira ser uma figura da nação de Israel, alguns irmãos tem interpretado o renovo dos seus ramos e o brotar de suas folhas como se referindo à criação do estado de Israel em 14 de maio de 1948. Vendo dessa maneira, a geração que não passaria até a vinda de Cristo seria composta pelas pessoas que nasceram até esse data. Assim, essa geração teria hoje, em 2020, 72 anos ou mais, estando na iminência de passar. Isso nos indica que a vinda de Cristo, realmente, está às portas. Tomara que esta interpretação esteja certa!
- Estando essa interpretação certa ou não, uma coisa é certa: Passará o céu e a terra, porém Suas palavras não passarão. Assim como se cumpriram com absoluta precisão no primeiro tempo profético, haverão de se cumprir, também, no segundo. Amem?
- Décima Primeira advertência: Temos que estar atentos aos sinais preditos por Jesus. Todos eles acontecerão para uma mesma geração.
Mt 24:36-41 36 Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão o Pai. 37 Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do Homem. 38 Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, 39 e não o perceberam, senão quando veio o dilúvio e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem. 40 Então, dois estarão no campo, um será tomado, e deixado o outro; 41 duas estarão trabalhando num moinho, uma será tomada, e deixada a outra. 42 Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor
- Ao dizer que ninguém sabe o dia nem a hora de Sua vinda, senão o Pai, e que que pode acontecer numa hora que não se espera, Jesus cita a história de Noé. Que características tinham aqueles povos antediluvianos? Pela descrição de Jesus pode nos parecer que faziam coisas normais: comiam, bebiam e se casavam. Mas, não é bem assim! Quando olhamos para o capítulo 6 de Gênesis, vemos que o tipo de casamento que praticavam era completamente apostatado da vontade de Deus. Vemos, também, que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração. Notemos, então, que há uma perfeita semelhança da corrupção moral que ocorreu nos povos antediluvianos com aquela que estamos começando a ver em nossos dias, e que chegará ao seu máximo no tempo da vinda do Nosso Senhor.
- Além disso, muito embora Noé seja chamado de “o pregador da justiça” (2Pe 2.5), ninguém lhe deu nenhum crédito. Preferiram levar sua vida, sem se arrependerem: comendo, bebendo e se casando, longe da vontade de Deus, e desprezando a salvação que lhes era oferecida. Por isso, veio o dilúvio quando menos esperavam e os levou a todos. O texto paralelo de Lucas diz que veio o dilúvio e destruiu a todos. A mesma coisa será na vinda do Senhor Jesus: os crentes serão salvos, mas os incrédulos, serão destruídos:
2Ts 1:7-10 7 e a vós outros, que sois atribulados, alívio juntamente conosco, quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder, 8 em chama de fogo, tomando vingança contra os que não conhecem a Deus e contra os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus. 9 Estes sofrerão penalidade de eterna destruição, banidos da face do Senhor e da glória do seu poder, 10 quando vier para ser glorificado nos seus santos e ser admirado em todos os que creram (creem – estão a crer – crentes) , naquele dia ( porquanto foi crido entre vós o nosso testemunho).
- No texto paralelo de Lucas, Jesus cita também a experiência de Ló em Sodoma.
Lc 17:28-30 28 O mesmo aconteceu nos dias de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; 29 mas, no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre e destruiu a todos. 30 Assim será no dia em que o Filho do Homem se manifestar.
Em Sodoma vemos as mesmas características de multiplicação da iniquidade. No capítulo 19 de Gênesis vemos que perversão sexual era generalizada, dos mais velhos até os mais jovens, investido até mesmo contra os anjos enviados por Deus. Até os genros de Ló debocharam quando lhes foi avisado que o Senhor destruiria a cidade. O que, então, aconteceu? No mesmo dia em que Ló e sua família foram salvos por aqueles anjos (figura do arrebatamento), aquela cidade foi destruída por Deus. Jesus disse que assim será no dia em que Ele se manifestar.
- Então, dois estarão no campo, um será tomado, e deixado o outro; duas estarão trabalhando num moinho, uma será tomada, e deixada a outra. Seremos tomados pelos anjos para nos reunir no alto com o Senhor Jesus em sua vinda. Os que forem deixados, serão deixados para serem destruídos, assim como foi para os povos prediluvianos e para a população de Sodoma.
- Notexto paralelo em Lucas 17, após Jesus falar que alguns serão tomados e outros deixados, os discípulos perguntam: “Onde, Senhor?” Ao que Jesus lhes responde: “Onde estiver o corpo, aí se ajuntarão os abutres”. Eu entendo dessa resposta de Jesus que os que forem deixados, vão ser mortos, deixados para refeição dos abutres.
- Décima Segunda advertência: Vigiai, porque ninguém sabe o dia nem a hora da vinda do Filho do Homem.
Mt 24:43-44 43 Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que hora viria o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua casa. 44 Por isso, ficai também vós apercebidos; porque, à hora em que não cuidais, o Filho do Homem virá.
- Décima Terceira advertência: Estar preparados para receber o Senhor a qualquer hora.Não sabemos em que dia e hora Nosso Senhor virá. Mas, sua vinda deve ser aguardada por nós, com a mesma intensidade da espera por um ladrão que sabemos que virá em determinada hora. Será que dormiríamos? Ou estaríamos preparados para detê-lo?
A palavra apercebidos aqui também pode ser traduzida por preparados. É a mesma palavra usada em relação à esposa do Cordeiro, que se ataviou, se preparou para as bodas em Ap 19.7-8.
Ap 19:7-8 7 Alegremo-nos, exultemos e demos-lhe a glória, porque são chegadas as bodas do Cordeiro, cuja esposa a si mesma já se ataviou, 8 pois lhe foi dado vestir-se de linho finíssimo, resplandecente e puro. Porque o linho finíssimo são os atos de justiça dos santos.
Mt 24:45-51 45 Quem é, pois, o servo fiel e prudente, a quem o senhor confiou os seus conservos para dar-lhes o sustento a seu tempo? 46 Bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor, quando vier, achar fazendo assim. 47 Em verdade vos digo que lhe confiará todos os seus bens. 48 Mas, se aquele servo, sendo mau, disser consigo mesmo: Meu senhor demora-se, 49 e passar a espancar os seus companheiros e a comer e beber com ébrios, 50 virá o senhor daquele servo em dia em que não o espera e em hora que não sabe 51 e castigá-lo-á, lançando-lhe a sorte com os hipócritas; ali haverá choro e ranger de dentes.
- A palavra usada para seus conservos, ou, em outras traduções, sua casa (que o Senhor constituiu sobre a sua casa), é a palavra therapeia, que dá origem à palavra terapia. Quando me deparei com essa palavra, fiquei muito curioso para entender melhor seu significado, pois todos queremos ser servos fiéis e prudentes.
- Um texto que talvez nos traga luz sobre o que Jesus está dizendo está em Mt 25:31-46, quando Ele diz, quanto aos pequeninos irmãos, que deveriam se alimentados quando tivessem fome, saciados quando tivessem sede, hospedados quando forasteiros, vestidos quando nús, e visitados quando presos. E que, quando isso fosse feito a esses pequeninos irmãos, seria como feito a Ele próprio.
- Outro texto está em Jo 21.15-17, onde Jesus restaurou a Pedro de sua negação por três vezes, perguntando-lhe três vezes se ele O amava. Às trespostas positivas de Pedro, Jesus acrescentou: “apascenta as minhas ovelhas”.
- Creio que esses dois textos nos nos mostram bem o significado da palavra Aordem dada àquele servo era que cuidasse muito bem das necessidades daqueles a quem o senhor amava enquanto ele estivesse ausente, pois representavam muito para ele. E o que se fizesse para eles seria como sendo feito para o próprio Senhor.
- Aquele servo, que compreender isso e realizar o desejo do seu senhor, será chamado por ele de servo fiel e prudente, para o qual confiará todos os seus bens. A palavra fielcorresponde a pistos, que significa “aquele que mantém a fé com a qual se comprometeu”; também é traduzida por “crente” (Jo 20.27, 2Co 6.15). No caso da parábola, o servo fiel é aquele que persevera em fazer na vontade do seu senhor, mesmo em face de sua demora, porque ele conhece o coração do senhor e quer agrada-lo.
- Por outro lado, se aquele servo, devido à demora do seu senhor, passar a maltratar os seus companheiros e viver uma vida dissoluta com os ímpios, o que lhe acontecerá? Virá o senhor daquele servo mau quando ele menos espera e vai rachá-lo no meio (a tradução castigá-lo-á é um eufemismo), colocando-o junto com os hipócritas, pois ele se comprometeu só de fachada, mas não no coração. Nunca conheceu o coração do senhor.
- O texto paralelo de Lucas registra que, depois do senhor partir ao meio aquele servo mau, vai colocá-lo junto aos infiéis, ou incrédulos (apistos).
- Esta parábola, claramente, se aplica àqueles que se dizem servos de Jesus. Ele é o Senhor que se ausentou e que deixou tarefas para os Seus servos relacionadas à Sua casa e aos Seus propósitos. Ele tem nos comissionado a todos. A parábola mostra dois tipos de servos: os fiéis, os crentes verdadeiros, que haverão de manter a fé naquilo em que se comprometeram e vão fazer a vontade do Senhor; e os infiéis, incrédulos, hipócritas, que não tem um coração verdadeiramente comprometido com Jesus.
- Aos servos fiés e prudentes o Senhor Jesus confiará todos os seus bens. Isto significa que, na Sua volta, Ele concederá a plenitude do galardão para aqueles que o aguardarem preparados;
- Por outro lado, o texto afirma que os servos infiéis serão colocados onde haverá choro e ranger de dentes. Podemos entender disso que, na vinda de Cristo, serão deixados para sofrerem o juízo de sua impiedade com os incrédulos.
- Estes servos correspondem aos dois extremos: um gozando da plenitude da salvação e o outro a perdição. O texto paralelo desta parábola no capítulo 12 de Lucas mostra mais dois tipos de servos:
Lc 12:47-48 47 Aquele servo, porém, que conheceu a vontade de seu senhor e não se aprontou, nem fez segundo a sua vontade será punido com muitos açoites. 48 Aquele, porém, que não soube a vontade do seu senhor e fez coisas dignas de reprovação levará poucos açoites. Mas àquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido; e àquele a quem muito se confia, muito mais lhe pedirão.
- Este terceiro servo, conhecendo a vontade do seu senhor foi descuidado em realizá-la. Como sua atitude não foi de afronta à vontade do seu senhor, ele sofrerá punição, muitos açoites. O quarto servo não conhecia a vontade do seu Senhor, por isso seu castigo será menor. Note que ambos os servos serão punidos, mas não serão colocados entre os infiéis.
- Esses servos apresentados por Lucas representam os cristãos que, na vinda de Cristo, sofrerão a penalidade de perda de galardão, como vemos em
1Co 3:11-15 11 Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo. 12 Contudo, se o que alguém edifica sobre o fundamento é ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, 13 manifesta se tornará a obra de cada um; pois o Dia a demonstrará, porque está sendo revelada pelo fogo; e qual seja a obra de cada um o próprio fogo o provará. 14 Se permanecer a obra de alguém que sobre o fundamento edificou, esse receberá galardão; 15 se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo.
- Décima Quarta advertência: Precisamos aguardar a vinda do Senhor Jesus com realidade, comprometidos de coração com Sua casa e com os Sua vontade para recebermos a plenitude o galardão.
Com isto, encerramos nossa palavra. Diante de todas essas advertências, que o Senhor nos ajude a nos mantermos fiéis.





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