A Voz de Betânia
Maio de 2017
Ano XXIII – N.º 41
“E todos os que criam estavam juntos,
e tinham tudo em comum.” (Actos 2:44)
Neste número:
- Moldar a Alma
- “Recados do Pai”
- Excertos d’O Grande Evangelho de João
- Explicação de Textos da Escritura Sagrada
- Ser Responsável
MOLDAR A ALMA
A mensagem destacada para a reflexão deste mês é extraordinária
em sua profundidade e não sabemos se iremos conseguir assimilar o seu
ensino na totalidade, embora a linguagem nos pareça simples de
entender.
Como complemento da nossa reflexão incluímos neste boletim
alguns excertos d’O Grande Evangelho de João sobre a alma humana,
facilitando assim ao leitor o aprofundamento pessoal sobre este
importante assunto, pois envolve a trindade do homem - o seu corpo
físico, a sua alma e o seu espírito.
Analisemos o porquê da nossa existência, bem como a necessidade
de seguir princípios doutrinários para a manutenção equilibrada da nossa
vida como seres humanos.
Jesus abre-nos o entendimento para esta realidade, quando diz:
“Em poucas palavras a Minha doutrina resume-se na demonstração da
origem do homem, sua constituição e destino, que alcançará dentro da
verdade plena e evidente. Os próprios sábios da Grécia afirmaram: A
noção mais difícil, importante e elevada, reside no perfeito conhecimento
próprio. Eis o Meu caso, pois sem este conhecimento é impossível
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conhecer-se o Ser Supremo como base de todo o ser e vida. Quem não
alcançar tal noção, deixando de organizar os seus actos e sentimentos
para a finalidade verdadeira, a fim de se conhecer a si mesmo e a Deus
como origem da vida, está, a bem dizer, perdido.” [1]
Tomando por base este conhecimento, comecemos a moldar a
nossa alma; é através dela que iremos comandar o nosso corpo e
“aumentar ou diminuir” o nosso espírito, a centelha divina que foi
colocada em cada um de nós por Deus, o nosso Criador.
Diz a revelação: “Cada um de nós é ferreiro da sua própria alma.
Cada um tem o dom de a moldar de acordo com a sua vontade.” Esta
linguagem usada pelo Pai é por demais esclarecedora. Nunca poderemos
moldar o ferro sem previamente o aquecermos no fogo e o trabalharmos
na bigorna através de pancadas certeiras.
Este fogo é a assimilação da doutrina de Jesus Cristo pela acção,
que corresponde a levarmos a nossa cruz e segui-Lo como Ele nos disse; a
bigorna é o instrumento adequado para que através das múltiplas
situações da vida, boas e más, possamos moldar o nosso carácter pela
maneira como encaramos cada uma delas. Este é o único Caminho que
nos mostra a Verdade do Evangelho e nos outorga a Vida que se
prolonga por toda a Eternidade, pois estamos seguindo o trilho aberto
pelo Divino Mestre. (João 14:6)
Está em nós a capacidade de atingir este padrão de vida espiritual,
pois o Senhor respeita escrupulosamente o nosso livre-arbítrio, embora
nos tenho prometido ajuda em todas as situações difíceis que possamos
vir a enfrentar.
Não julguemos que é tarefa fácil, ou uma aprendizagem de pouca
duração, pois o nosso carácter só será moldado conjugando a força da
nossa alma, como ordenadora do corpo, e o nosso espírito fortalecido com
o poder do Espírito Santo, como nos foi dito: “O espírito é o fogo que a
amolece (à alma), para a tornar maleável à vontade de Deus.”
Se o nosso espírito é o fogo que aquece, permitindo a moldagem da
alma como ordenadora da vontade, não devemos esquecer que esta está
envolvida por um corpo físico, composto totalmente de matéria telúrica
(Génesis 2:7) e por isso preso a instintos primários ligados à Terra e que
terão de ser desligados da mesma pela vontade férrea de quem deseja
unicamente cumprir a vontade de Deus em sua vida.
Jesus a certa altura mostrou-nos que só uma comunhão íntima com
Ele poderá equilibrar estas duas forças - carne e espírito: “Vigiai e orai,
para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto,
mas a carne é fraca.” [2]
Como tudo depende da força motriz e esta por sua vez depende do
combustível que faz mover a máquina, também a nossa alma tem de ser
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alimentada adequadamente através do corpo. Aqui reside algo de suma
importância.
É precisamente o alimento físico que vai transmitir ao corpo a força
que o mantém vivo. Este alimento, em suas partículas mais grosseiras, é
assimilado pelo corpo, e as suas partículas mais subtis (expressão usada
pelo Senhor) são assimiladas pela alma e pelo espírito. Convém que neste
ponto deixemos ao leitor o que diz Jesus sobre esta realidade
desconhecida de muitos: “Se um corpo sem alma, e muito menos sem
espírito [um cadáver], não pode tomar alimento, são indiscutivelmente a
alma e o seu espírito vital dentro dela que se nutrem. Como o corpo nada
mais é do que um servo da alma e não necessita de alimento para si, são
evidentemente a alma e o seu espírito que absorvem o alimento da terra,
enquanto habitam no corpo e o mantém pelos detritos que lhe dão. Pois o
corpo nutre-se dos detritos da alma.” [3]
A nossa alimentação é de grande importância para que a nossa
alma e espírito possam estar despertos para as coisas do Alto, ao invés de
se circunscreverem às coisas do mundo, levando-nos à glutonaria e ao
materialismo. O próprio Moisés recebeu de Deus orientações
pormenorizadas sobre a alimentação para transmitir ao povo, registandoas
como lei: “Não comereis nada que seja impuro.” [4]
Mas é n’A Nova Revelação Viva, em seus diversos tomos, que o
Senhor Jesus nos dá esclarecimentos mais aprofundados sobre este
importante assunto, mostrando que a vida espiritual de alguém está
ligada à forma como se alimenta: “Em tempos passados, em que as
criaturas ainda viviam mais simplesmente do que hoje, havia muitas
com visão espiritual, vivendo portanto em dois mundos. Hoje em dia isto
até seria possível, caso a alimentação fosse mais simples, pois com a
actual estragam e embrutecem a sua natureza ao ponto em que a alma se
enrosca de tal forma a lhe ser impossível chegar a uma movimentação
que lhe possibilitasse um voo livre. Em que consistia a alimentação das
pessoas simples? Ela consistia geralmente de cereais cozidos com um
pouco de sal e nunca tomados em estado muito quente. Pão simples, leite
e mel perfaziam o repasto daquelas pessoas, dando-lhes uma idade muito
avançada, podendo até ao último momento da sua vida ter visões
espirituais. Era permitido tomar-se de vez em quando um pouco de vinho,
sem embriagar-se. A carne só seria ingerida em determinadas épocas (…)
Com esta alimentação o corpo jamais chegaria a ser balofo, ficando
cansado, preguiçoso e pesado a tal ponto que a alma se visse envolvida
numa tarefa difícil de movimentar esta máquina pesada e, muito mais, de
executar algum trabalho diferente.” [5]
Com este preparo a alma já está mais capacitada para cumprir a sua
tarefa espiritual a contento
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Falta acrescentar que o outro alimento, o espiritual, também não
pode ser descurado. Este alimento é precisamente o Verbo de Deus, a Sua
Palavra. Para enfatizar esta realidade, citamos somente um texto da
Escritura: “Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho
dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na
roda dos escarnecedores. Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na
sua lei medita de dia e de noite.” [6]
Terminamos a nossa reflexão analisando outro conselho do Pai:
“Somai na vossa existência aquilo que muitos subtraem e excluí aquilo
que vos rouba a liberdade do espírito.”
Cada leitor terá a sua opinião sobre estas palavras, mas eu vou
expressar a minha, pois entendo que ela está relacionada com o tempo:
“Somar à nossa existência aquilo que muitos subtraem” é aproveitar o tempo
que temos de vida para estreitar a nossa relação com Deus, levando-a a
uma grande amizade, que com o tempo vai passar a uma paixão; “excluir
aquilo que nos rouba a liberdade do espírito” é não fazer uso do nosso tempo e
capacidade de ajudar os outros.
A Escritura sintetiza esta realidade com as seguintes palavras:
“Desperta tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te
esclarecerá. Portanto, vede prudentemente como andais, não como
néscios, mas como sábios. Remindo o tempo; porquanto os dias são
maus.” [7]
Fraternalmente em Cristo.
Pr. Egídio
[1] O Grande Evangelho de João – V – 215:1-2 [2] Marcos 14:38
[3] O Grande Evangelho de João I – 206,242; II – 218
[4] Deuteronómio 14:3 [5] A Terra 35:2-4 [6] Salmo 1:1-2
[7] Efésios 5:4-16.
***
“RECADOS DO PAI”
“Cada um de nós é ferreiro da sua própria alma. Cada um tem o
dom de a moldar de acordo com a sua vontade. O espírito é o fogo que a
amolece, para a tornar maleável à vontade de Deus. O corpo somente
obedece àquilo que a alma determina. Os pensamentos, as emoções, os
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actos são escravos do espírito e da alma de acordo com a sua força e
amplitude no ser.
Tudo tem um momento na Criação e tudo tem uma história
passada. Nada surge no agora que não tenha existido no antes. Tudo se
reaviva no caminho do Bem, da Verdade e da Luz.
Assim vós caminhais e o pescador se faz ao mar, e na maré vaza ele
recolhe peixe e na alta enche o barco só em alto mar. Por isso, verificai:
quando a maré está plena de água e o mar mais agitado, maior é o
percurso para chegardes à colheita do vosso peixe; quando a maré está
vaza e o mar calmo, até descalços apanhais peixes e moluscos na costa.
Aproveitai os tempos calmos e preparai-vos para as marés altas.
Todo o pescador tem temor do mar; sente a sua paz, sente a
imensidão e a solidão. E em alta pescaria tem saudades de casa e da
família.
Quando o Sol toca a Lua e a sua luz se encobre, nada mais resta
que esperar que o tempo decorra, para novamente se ver a plenitude do
Sol.
Antes e depois tudo se conjuga e encaixa e nos números a
matemática do Universo se revela, não pela mão, mas pelo Espírito que
ao milésimo tudo faz cumprir.
Somai na vossa existência aquilo que muitos subtraem e excluí
aquilo que vos rouba a liberdade do Espírito.
Não deixeis que vos manipulem a alma, porque o espírito é Meu.
Descalçai os pés, arregaçai as calças e entrai pelo mar, porque a
maré está vaza, Meus filhos. Amém.”
***
EXCERTOS D’O GRANDE EVANGELHO DE JOÃO
O CORPO E A ALMA
(O Senhor): “O corpo é matéria e consiste das mais grosseiras e
primitivas substâncias psíquicas que, pela Omnipotência e Sabedoria do
Eterno Espírito Santo, foram forjadas de acordo com a forma destinada à
alma.
No início a alma em nada é melhor que o corpo, porquanto também
descende da alma originária e impura de Satanás. O corpo é para a alma
impura nada mais que um instrumento de purificação, mui sabiamente
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elaborado. Entretanto, a centelha divina habita na alma, através da qual
recebe noção de si mesma e da Ordem Divina, pela voz da consciência.
Além disto é o corpo provido dos cinco sentidos, pelos quais a
alma adquire impressões externas, boas e más. Através do critério do
espírito, ela em breve sabe distinguir o bem do mal; pelos sentidos faz
experiências de variados matizes, recebendo por Deus, através de revelações
extraordinárias, o caminho para a Ordem Divina.
De tal forma constituída, a alma pode determinar a sua conduta,
factor imprescindível à sua existência livre e eterna. Cada alma ansiosa de
vida tem que se desenvolver com os meios facultados, de contrário teria que
compartilhar da sorte do corpo. Também se poderia ver na contingência de
abandoná-lo, não completamente evoluída, deixando o físico imprestável, pelo que
se veria obrigada a continuar a sua tarefa num meio penoso e desconsolador.
O corpo, constituído de partículas condenadas ao julgamento e,
portanto, mortal, é para todos o inferno, no sentido mais restrito; a
matéria cósmica é o inferno, no modo mais amplo.
Quem, portanto, muito cuida do físico faz o seu próprio inferno,
alimentando o seu julgamento e morte para a própria destruição. O corpo
necessita de certo alimento, a fim de que possa servir à alma no seu destino
elevado; quem, no entanto, se preocupar com o mesmo, meticulosamente dia e
noite, tê-lo-á feito para o seu inferno e a morte.
Quando o corpo atiça a alma a agir para a satisfação dos sentidos, tal ânsia
deriva sempre dos múltiplos espíritos da Natureza que perfazem a construção
física. A alma, dando ouvidos às exigências biológicas, entrará em
contacto com tais espíritos, descendo, deste modo, ao seu próprio inferno.
Neste caso terá cometido um pecado contra a Ordem Divina.
Se ela persiste com prazer nesta fraqueza, torna-se tão impura como os
elementos do seu corpo, e embora viva no mundo, é espiritualmente morta,
sentindo e apavorando-se com a morte. Tudo o que faça em seu inferno não lhe
proporcionará vida, embora a ame sobre tudo.
Eis a razão pela qual milhares de pessoas nada sabem da vida de
uma alma após a morte; e, caso alguém lhes transmita algo, riem-se ou se
aborrecem, pedindo-lhe comunicar tais tolices aos animais selvagens. Não
obstante, toda a criatura deveria, aos trinta anos, ter chegado à
formação do seu “eu”, de tal forma que a vida libérrima e feliz após a
morte lhe fosse facto comum. Entretanto, quão distantes se acham aqueles que
apenas formulam tal indagação, sem mencionar os que nada desejam ouvir. Tais
criaturas acham-se durante a vida em pleno inferno ou morte.
Porém, pode acontecer que uma alma se tenha purificado e por isso lhe seja
dado certo tempo para a purificação do seu corpo e dos seus elementos impuros,
pelo que a parte física mais nobre atrai a imortalidade da alma, sendo despertada
no conjunto, após a morte, a parte mais grosseira da sua natureza.
Eis que, então, almas purificadas se vêem obrigadas a descer de vez
em quando ao próprio inferno (corpo), quando este se manifesta mui
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exigentemente, a fim de satisfazê-lo. Tais almas não mais poderão
tornar-se impuras, porquanto o são apenas durante a permanência no
inferno, que não suportam por muito tempo, voltando tão puras como
dantes. Terão apenas estabelecido ali calma e ordem, podendo dirigir-se
novamente às coisas do espírito. Aquele de entre vós que tenha alguma
compreensão, saberá interpretar as Minhas Palavras; e tu, Cirénius, que Me
dizes?”
A COMPOSIÇÃO DA ALMA HUMANA
(O Senhor): “Qualquer pessoa inteligente e sensível poderá observar em
vários fenómenos, o facto de ser a conjunção da alma e correspondente a ela,
também o físico, sumamente imprecisa, no início. Considera noções e ideias,
infinitas e variadas que uma alma de certa educação pode projectar e imaginar –
certo ou errado, isto por ora não importa – pois se não fosse concatenada de um
compêndio total, não seria capaz para tanto, tampouco um boi ou burro poderia
desenhar um castelo e construí-lo.
Se observares os diversos animais, tanto do ar, da terra e da água,
descobrirás na maioria capacidade construtiva. Abelhas e outros insectos
semelhantes; pássaros, formigas, aranhas e lagartos, ratos de várias espécies, o
castor que constrói verdadeira cabana, raposas, lobos, ursos e outros, todos eles
efectuam as suas moradias segundo as suas necessidades. Estuda os animais
aquáticos, mormente os crustáceos, que descobrirás capacidade construtora que às
vezes desperta grande admiração do melhor arquitecto.
Cada animal, do mais ínfimo ao maior, possui apenas uma capacidade
construtora peculiar à sua inteligência simples, conhece o material que usa
sempre de maneira idêntica; em uma alma humana existem todas as
capacidades intelectivas de animais, em grande número, das quais pode
organizar inúmeras noções e ideias, criando formas novas e importantes.
Assim, pode o homem de alguma educação inventar toda a sorte de
habitações de várias formas e outras coisas mais, realizando-as com a sua
vontade, inteligência e dedicação. Acaso poderia fazê-lo se não existissem em sua
alma todas as variadas capacidades? Certo que não; pois o animal mais
inteligente não tem fantasia, tampouco o dom da composição integral.
Em teu íntimo perguntas: Por que era preciso uma alma atingir tais
capacidades por caminho tão longo? Respondo: O mais sábio e perito Construtor
de todas as coisas e seres sabe melhor porque organizou este caminho para a
educação de uma alma perfeita, portanto podes estar satisfeito. Quando estiveres
mais aperfeiçoado, assimilarás também o motivo do teu trajecto longo e insípido.
Os romanos, gregos, fenícios e egípcios acreditavam na transmigração das
almas e até hoje o fazem, como os persas, hindus, sihinitas além das montanhas
no Levante distante, inclusive um outro povo que habita em ilhas enormes e
muitos outros povoados na vasta Terra. Pouco a pouco, a Verdade foi em toda a
parte deturpada pelos doutrinadores e posteriores sacerdotes ambiciosos e
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dominadores; pois a verdadeira metempsicose (passagem da alma de um corpo
para outro) não lhes trouxera lucros e juros, de sorte que começaram a dizer que
as almas humanas voltavam aos animais, onde sofriam muito, mas que este
sofrimento somente eles podiam aliviar por meio de grandes sacrifícios e
oferendas.”
A TRINDADE EM DEUS E NO HOMEM
“Aproxima-se um fariseu, dizendo: Senhor e Mestre! Esclareceste que os
Teus discípulos, incumbidos na divulgação da Tua doutrina, deveriam baptizar
em nome do Pai, o Amor, do Verbo, o Filho ou a Sabedoria do Pai, e em nome do
Espírito Santo, a vontade Omnipotente do Pai e do Filho.
Penso o seguinte: se eles baptizarem somente em Teu nome, ou apenas em
nome do Pai, poderia surgir um empecilho através de divergências. Pela
terminologia da Trindade, muito embora expressando noções elevadíssimas,
facilmente as criaturas poderiam ser levadas à crença de três divindades
personificadas, assim como a antiga fé pura em um só Deus verdadeiro com o
tempo se transformou, nos primitivos egípcios, em inúmeros deuses derivados dos
diversos atributos de Jeová. A fantasia humana, cega e tola, transformou-os em
seres divinos e construiu templos de adoração, não podendo impedir a queda no
materialismo, atribuindo aos personagens divinos, fraquezas humanas e paixões
viciadas.
Tal calamidade poderia repetir-se após vários séculos, em consequência do
baptismo sob diversos nomes, doando aos deuses distintos, templos apropriados.
Isso sucedendo, as criaturas começarão a venerar os Teus apóstolos e os seus
seguidores, construindo-lhes templos individuais. A meu ver, tal poderia ser
evitado pela divulgação de Um só Deus. Que me dizes?
Respondo: Falaste bem. Todavia, não posso deixar de recomendar-vos
encarecidamente a explicação acima, pois, pela terminologia da Trindade, o
Ser Divino é representado na sua totalidade.
É bem verdade poder surgir uma espécie de tríplice individualidade divina
para uma criatura de compreensão fraca; entretanto, não é possível modificar a
verdade profunda e intrínseca.
O homem é criado à Imagem de Deus, e quem quiser conhecer-se a
si mesmo terá que aprender a sua tríplice individualidade. Tens um corpo,
dotado de todos os sentidos, membros, órgãos e partículas, da maior à mais
ínfima. Esse corpo tem vida natural para o desenvolvimento da alma, mui diversa
da manifestação espiritual da psique. Ele subsiste de alimento natural, do qual se
formam o sangue e demais humores alimentícios, para as diversas partes.
O coração possui um mecanismo especialmente vivificado, pelo qual se
dilata e se contrai constantemente, impelindo o sangue com os humores criados a
todas as partes do corpo, que pela contracção os assimila novamente, para suprilo
de novas substâncias alimentícias. Pela nutrição das diversas partes do corpo
nas quais habitam número idêntico de elementos da Natureza, assimilando do
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sangue a matéria supridora necessária ao órgão, fortifica-se o corpo todo. Sem a
constante actividade independente do coração, a criatura não teria vida.
A alma não tem relação com essa actividade, que de modo algum está
ligada à vontade livre da psique, como também desconhece a função do pulmão,
fígado, baço, estômago, vísceras, rins e outros órgãos, portanto não pode zelar por
eles; todavia é o corpo um indivíduo definido e age como se ele e a alma fossem
idênticos. Quem, porém, poderia afirmar serem ambos uma só coisa?
Analisemos a alma e descobriremos ser ela igualmente uma
criatura isolada com as mesmas partes do corpo, porém de substância
espiritual, dele se servindo como o corpo utiliza seus membros.
Muito embora o corpo e a alma representem dois seres distintos, cada qual
com a sua função peculiar, não podendo dar-se conta do como e porquê
constituem realmente um indivíduo de finalidade vital, de sorte que ninguém
pode afirmar ter duas personalidades. O corpo serve à alma, e ela ao corpo,
pelo intelecto e vontade, tornando-a responsável não só pelas acções
dele, mas pelos próprios pensamentos, desejos e apetites.
Se analisarmos mais de perto a vida da alma, perceberemos ser ela, como
criatura substancial, em nada superior à de um símio. A sua inteligência
instintiva seria algo mais elevada que a de um irracional; nunca, porém, haveria
intelecto e critério livre das coisas.
Essa capacidade superior e idêntica a Deus, da alma, é provocada por outra
individualidade, puramente espiritual, dentro da psique. Através dela, ela pode
diferenciar a verdade da mentira, o bem do mal, julgar e querer livremente, e
tornar-se idêntica ao espírito – forte, poderosa, sábia e renascida – à medida da
determinação própria, pela Verdade e o Bem.
Em tal caso é um ser com o espírito, como também as partes mais
puras do corpo de uma alma perfeita – partes estas constituídas de variados
elementos da Natureza – imigram no corpo etéreo que podeis chamar “a carne da
alma”. No final, ela ingressa no essencial do espírito, no que se subentende a
verdadeira ressurreição da carne no dia mais recente e real da alma, quando a
criatura renasce em espírito, já em vida ou no Além, porém, difícil e
demoradamente.
Conquanto renascida em espírito, ela é uma só; todavia, a sua
individualidade se divide em três distintas. A maneira pela qual isso acontece
será explicada por Mim. Prestai atenção!”
A ACTIVIDADE DOS TRÊS CORPOS DO HOMEM
(O Senhor): “Em todas as coisas descobrireis três factores distintos:
o primeiro é evidentemente a forma, pois sem ela nada existiria ou poderia ser
imaginado. O segundo é o volume; sem ele, as coisas não existiriam, tampouco
teriam forma. O que vem a ser o terceiro factor tão imprescindível à existência do
primeiro e do segundo? A força interna de coesão que perfaz a natureza das
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coisas. Essa força constituindo conteúdo e forma, é, ipso facto, a base de tudo;
sem ela não se admite um ser ou objecto.
Vistes serem os três factores distintos, porquanto a forma não é volume, e
este não é a força condicionada. Todavia, os três são um só; pois, se não houvesse
força, não haveria volume, nem forma.
Voltemos à alma. Em virtude da sua existência definida, ela necessita de
forma, isto é, do corpo, seja ele material ou de substância espiritual.
A alma se apresentando como criatura, por certo terá conteúdo
correspondente. Este conteúdo, ou seja, o corpo interno, é a própria alma.
Isto tudo existindo, deu-se a força, ou seja, o espírito, do qual depende a
alma; o espírito é tudo em tudo, pois sem ele não há substância sólida,
corpo ou forma.
Muito embora os três factores constituam um ser, devem ser reconhecidos
e classificados distintamente.
O espírito, ou a essência eterna, é habitado pelo amor como força
accionadora de tudo, pela inteligência mais elevada e pela vontade viva e firme;
isto em conjunto produz a substância da alma, dando-lhe forma ou corpo.
Uma vez surgida a alma ou a criatura, de acordo com a vontade e a
inteligência do espírito, este se retrai no seu recôndito, passando à alma a
vontade livre e inteligência independente, das quais ela se apossa pelos
sentidos externos, pela percepção interna e aperfeiçoando-os como se fosse obra
própria.
Em virtude deste estado, no qual a alma se sente isolada do espírito, é ela
apta a revelações externas e internas. Conclusão: Aceitando-as pela prática, ela
inicia a união com o espírito, passando gradativamente à liberdade ilimitada do
mesmo, tanto na inteligência, quanto na livre vontade, bem como na força e poder
de realizar tudo o que quer.
Daí deduzireis que a alma, como pensamento do espírito transformado em
substância viva – no fundo, o próprio espírito – pode ser considerada qual
emanação dele, sem deixar de ser o que ela é.
A experiência diária demonstra a apresentação da alma como indivíduo, a
terceira personalidade. O corpo serve à alma como revelação externa do espírito,
tendo a finalidade de externar inteligência e livre arbítrio da alma, contê-los e só
então procurar a inteligência ilimitada, a Vontade e a Força verdadeiras,
tornando-se deste modo um ser infinitamente glorificado e independente, unido
ao espírito, única realidade e ser penetrante do homem.
Se, com esta explicação, compreendestes como toda a criatura em si, bem
como todo o objecto em grau inferior, se constitui de três factores distintos,
passaremos à triplicidade da Natureza de Deus, a fim de assimilardes porque vos
incuti – em virtude da Verdade superior e viva – a baptizardes as criaturas que
crerem em Mim, aceitando a Minha doutrina pela acção, em nome do Pai, do
Filho e do Espírito Santo. Prestai atenção ao que ouvireis da Minha boca, para
complemento de tudo.
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As Escrituras afirmam que Eu, Jesus Cristo, o Filho do Homem, sou
Deus Verdadeiro, muito embora denominado Pai, Filho e Espírito Santo.
Todavia, é Deus uma só Glória, personificada na forma perfeita do
homem.
Se alma, corpo e espírito são de tal forma unidos a constituírem
um ser, ou finalmente uma substância individual, entretanto são
manifestações distintas; Pai, Filho e Espírito Santo igualmente estão
unidos, conforme ensina a Escritura dos patriarcas e profetas.
Desejou Davi que Deus encontrasse o seu corpo, alma e espírito impunes.
Se o antigo e sábio rei assim se expressou, acaso poderia perguntar-se: O homem
consiste de três pessoas? Tal pergunta sendo impossível numa criatura cuja
educação e verdadeira perfeição da vida lhe fazem sentir a divisão da sua
natureza; como supor que Deus, desde eternidades perfeitamente Uno, poderia
ser dividido em três pessoas, respectivamente três deuses?”
(O Grande Evangelho de João – II – 210; X – 22; VIII – 24,25)
***
EXPLICAÇÃO DE TEXTOS DA ESCRITURA SAGRADA
(Revelação dada pelo Senhor ao profeta Jakob Lorber)
Capítulo 9
“Chegando a tarde, ele veio com os doze.”
(Marcos 14:17)
Quem veio? – O Senhor de eternidades.
Quando? – À tarde.
E aonde foi? – Ele entrou no refeitório preparado pelos discípulos.
Com quem? – Com Seus apóstolos escolhidos.
O que fez Ele no refeitório? – Ele tomou uma ceia na qual alguns se
saciaram e outros se aborreceram. Na mesma noite Ele se referiu ao traidor.
Vamos analisar o quadro: O que vem a ser a tarde?
- Ela é um estado de penumbra no qual a luz diminui até que não haja
mais nenhum efeito dos raios do Sol.
Quando se dá esse estado no homem?
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- Espiritualmente, quando já leu e estudou muito, o que se assemelha à
penetração dos raios solares durante o dia. No fim do mesmo, o Sol se põe,
surgindo a penumbra e a noite.
O mesmo acontece com a luz da leitura e dos estudos. O leitor estudioso se
cansa e se aborrece porque não conseguiu aumentar a sua luz interior, da mesma
maneira que a luz solar continua sempre igual. No verão ela é mais forte, no
inverno mais fraca, de acordo com as condições crescentes ou decrescentes. A luz
da manhã também é mais fraca; ao meio-dia aumenta e diminui à tarde.
O mesmo sucede com o estudo do homem. Quando começa a se instruir
numa boa biblioteca, inicia-se a manhã. Se após vários anos cansou a visão e
julga ter absorvido a sabedoria de Salomão, dá-se o meio-dia ou o verão.
Ele continua lendo e estudando, mas infelizmente não descobre algo novo,
mas sim ideias antigas. Então se cansa pela falta de alimento refrescante e além
disso não nota comprovantes para as teorias assimiladas, mas não raramente as
piores refutações daquilo que conseguiu com tão grande zelo e esforço.
O seu suposto ouro se transforma em chumbo, ele se torna aborrecido e
desanimado, perdendo toda a base, e no final vê-se numa montanha envolta em
densas neblinas.
Tal estado se identifica com a tarde, e nesta aflição o homem começa a
reflectir se na doutrina de Cristo não haveria algo real. Esse pensamento
relaciona-se ao texto: O Senhor veio à tardinha com os doze apóstolos. Ele como
fundador da doutrina e os discípulos, a própria doutrina.
Ele chega ao refeitório preparado com alimentos e bebidas. Tal sala é o
próprio homem em seu estado crepuscular, pois possui quantidade de víveres.
Como Aquele que o qual havia sido ou deveria ter sido preparado o alimento não
está; aguarda-se a Sua chegada para abençoar e saborear os alimentos. Pois sem
consumidor eles não têm qualquer valor.
Assim também a ciência e a erudição não têm valor, e o homem abarrotou
em vão o seu refeitório e mesa espirituais se não estiver presente Quem os
abençoe, Se alimente e transforme em seiva que vivifica o espírito.
O Senhor chega à tardinha com os doze apóstolos, ou seja, o Fundador
entra na sala com a Sua doutrina, senta-Se, abençoa e consome o alimento. Este
sendo de espécie natural, o efeito é o mesmo daquela ceia em que o Senhor
instituiu uma verdadeira Ceia Viva com palavras de Amor, na qual muitos
discípulos se aborrecem dizendo: “Que doutrina dura é esta? Quem pode crer
nela e segui-la?”
Eles se afastam e logo após é apontado o traidor.
Quem são os seguidores que se aborrecem e se afastam?
– São os falsos conceitos extraídos de leituras e estudos, que em oposição
com os princípios da doutrina do Cristo provocam uma objecção geral: “Uma
doutrina saturada de tantos contra-sensos não pode ser de origem divina; é
portanto insípida e temporária, feita por criaturas incultas e inconsequentes que
juntaram um amontoado de conhecimentos filosóficos de antanho para exigir um
tributo da pobre humanidade.”
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Com isto o traidor é apontado, afasta-se e executará a sua traição. Ele
entrega a Vida à morte e com isto sucumbe, com o que se dá a noite subsequente,
isto é, está tudo morto dentro do homem.
Assim, Eu venho de facto à noite com os doze para junto de todos e
encontro a sala e a mesa ocupadas, mas com alimento natural. Se Eu o consumo
ou aceito com a condição de transformá-lo em alimento de caridade – e que tal
acto deve ser feito em Minha memória ou em Meu nome e não da própria pessoa,
por amor-próprio, honra e elogios – os discípulos se aborrecem e Me abandonam.
Judas está desnudo e não demora a Me ser comunicada a sentença de morte.
Por isto, não aguardeis a tarde; chamai-Me de manhã, quando ainda estais
fortes e acessíveis. Então virei, dizendo: “Não convém vos expordes demais aos
raios solares que vos cansam e vos tornam inactivos; fortificai-vos sobre a sombra
fresca da Árvore da Vida para continuardes fortes o dia todo.”
Chegando Eu então à noite, Me reconhecereis facilmente; e se perguntar:
“Nada tendes para comer? Estais famintos?” Apontareis apenas pouco alimento.
Mas Eu o abençoarei e Me sentarei à mesa convosco, onde nenhum traidor Me
aguarda. Hei-de dilatar os vossos poucos conhecimentos para sóis centrais a fim
de terdes Luz infinita em plenitude.
***
SER RESPONSÁVEL
Se na mais tenra idade os nossos pais nos ensinam a respeitar as
directrizes que nos são impostas, sob pena de sermos castigados se não as
cumprimos, a partir do dia em que entramos na escola primária,
deparamo-nos com uma frase que desconhecíamos até então - “Temos de
ser responsáveis!”
No cumprimento dos horários, em mantermos os nossos cadernos,
livros e demais material escolar em boas condições, como se requer de
uma criança educada e responsável. Depois, é fazer os deveres de casa
que nos são ordenados. E a partir daí é um adicionar de regras que nos
são impostas e às quais somos obrigados a obedecer, quer gostemos delas
ou não.
Na adolescência, mais obrigações são acrescidas àquelas a que já
nos tínhamos habituado, criando em nós um maior sentido do dever.
À medida que os anos passam e atingimos a idade adulta, é o
emprego, o casamento, os filhos que surgem e temos ou teremos de
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educar o melhor possível, os compromissos sociais e tantas outras
obrigações.
É um crescendo de leis que todos esperam que cumpramos com o
sentido de obediência à ordem, de acordo com a cultura do país onde
nascemos, e que farão parte do nosso quotidiano até falecermos.
Claro que o grau de exigência aumenta à medida que o escalão
social vai subindo e o nível académico é mais elevado.
A uma criatura simples do povo não se lhe pode exigir o mesmo
comportamento que se espera de quem teve uma educação aprimorada e
frequenta lugares que não são acessíveis a todos.
Estamos a falar do comportamento do ser humano.
Mas… e a nível espiritual?
Será que é muito diferente? - Não.
É sabido que todos nascemos como criaturas de Deus, trazendo
dentro de nós a centelha divina da Sua filiação.
Mas se crescermos sem freio, longe da linha de conduta indicada na
Palavra de Deus, não obteremos a evolução espiritual que deve brotar
dentro de cada um de nós, aperfeiçoando-a gradualmente à medida que
os anos vão passando.
Da mesma forma que temos de iniciar a nossa aprendizagem que
nos tornará aptos para a vida terrena, passando por todos os degraus do
conhecimento intelectual, a aptidão espiritual requer um percurso
similar, a mesma aplicação ao ensino, a persistência, a tenacidade, o
sacrifício, a contenção, a educação e o autocontrolo.
Como se obtém? – Estudando a Palavra de Deus, os ensinamentos
de Jesus e dos profetas, buscando a Verdadeira Luz.
Temos um ditado popular que diz: “quem não sabe é como quem
não vê ”.
É bem certo. O desconhecimento é como a cegueira – não nos deixa
ver a verdade, a beleza e as maravilhas que o Senhor põe à nossa
disposição e nos oferece com todo o Seu Amor.
Sem nos compenetramos que somos um ser espiritual vivendo uma
experiência física através da qual podemos expressar o que de melhor
existe em nós, em toda a Sua glória e criatividade, não conseguiremos
evoluir e nos tornarmos verdadeiros filhos de Deus.
Assim sendo, tal como acontece com as crianças, temos de começar
pela base, aprovar nos exames que tenhamos de fazer, e tentar progredir
sem cessar, indo mais e mais além, procurando melhorar dia após dia.
Não é tarefa fácil, mas tudo o que é fácil no mundo é de pouca valia
no Céu. O prémio? É viver com o nosso Deus no Paraíso por toda a
eternidade.
Temos de aprender que o Amor é a lei do Universo, e que é ela que
rege o Todo. Temos de aprender que a vida é causa e efeito (efeito
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boomerang) onde tudo o que praticamos tarde ou cedo retorna à nossa
vida, pagando o preço dos erros ou mal cometidos, ou colhendo a alegria
e felicidade pelo bem que praticámos. Temos de aprender que a vida é
fugaz e não devemos perder tempo com futilidades que de nada nos
servirão no mundo espiritual em que iremos viver após o cessar da nossa
existência na terra. Temos de aprender que as únicas coisas importantes
são aquelas que nenhum ladrão pode roubar, porque estão guardadas no
mais fundo do nosso coração. Temos de aprender que esta riqueza será o
único bem que levaremos connosco quando deixarmos esta vida e
chegarmos ao Além.
E à medida que vamos aprendendo, subindo degrau a degrau os
patamares dessa escada que representa a nossa evolução ou crescimento
espiritual, vamos amadurecendo. O conhecimento dá-nos a capacidade
de melhor discernir entre o que nos é útil, e aquilo que é inútil para a
nossa alma.
O discernimento proporciona-nos também uma maior sabedoria.
E assim, gradativamente, os olhos vão-se abrindo para as coisas
espirituais, tornando-nos mais empáticos, menos exigentes, mais
condescendentes, generosos e amorosos para com o nosso próximo,
reconhecendo que ele também é nosso irmão, filhos do mesmo Criador.
Então a mente se expande e começamos a ter acesso a uma
comunhão mais íntima com o nosso Pai Eterno. Esse acesso é-nos
facultado gratuitamente em qualquer lugar que nos encontremos.
Depende apenas do nosso desejo de estar com Ele em espírito e em
verdade. A comunhão torna-se completa e sentimos uma paz e felicidade
que nenhum dinheiro pode comprar. A Paz do Senhor!
Um grau mais elevado de evolução espiritual corresponde a uma
maior dádiva de si mesmo a Deus, à prática do amor e da caridade, à
responsabilidade de propagar a Sua Palavra, pois quanto mais nos é
dado, mais desejoso se torna o nosso eu interior de partilhar todo o bem
que recebemos, de O dar a conhecer aos demais, anunciando a Boa Nova
– a Salvação que é acessível a todos quantos a queiram receber.
A vida eterna depende da nossa decisão pessoal.
Desejamos viver apenas para o mundo, ou viver para Deus?
Saibamos escolher, pois cada um de nós é responsável pela sua
própria alma.
Irmã Manuela
***
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Leia a Bíblia e ‘O Grande Evangelho de João’
“A Luz Completa”
“Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele
vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si
mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos
anunciará o que há-de vir.” (Evangelho de João 16:13)
“Eis a razão, porque agora transmito a Luz
Completa, para que ninguém venha a desculpar-se
numa argumentação errónea de que Eu, desde a minha
presença física nesta terra, não Me tivesse preocupado
com a pureza integral de Minha doutrina e de seus
aceitadores.
Quando voltar novamente, farei uma grande
selecção e não aceitarei quem vier escusar-se. Pois
todos os que procurarem com seriedade acharão a
verdade.” (O Grande Evangelho de João – volume I – 91:19-20)
IGREJA EVANGÉLICA BETÂNIA
Rua de Damão, 289 e 297
4465-119 SÃO MAMEDE DE INFESTA
– PORTUGAL –
www.refugiobetania.org
refugiobetania@gmail.com
NIF: 510 601 960
IBAN: PT50 0036 0188 9910 0037 251 13
SWIFT: MPIOPTPL
(Distribuição gratuita)
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