A NOVA JERUSALÉM - REFÚGIO
BETHÂNIA - PORTAL - GNA
O MATERIAL AQUI APRESENTADO É PARA REFLEXÕES E PESQUISAS, E JAMAIS CONSIDERAREI POSITIVO OU NEGATIVO, POIS CADA UM DEVE ACREDITAR EM SUAS POTENCIALIDADES ESPIRITUAIS.
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A Voz de Betânia
Fevereiro de 2016
Ano XXII – N.º 26
“E todos os que criam estavam juntos,
e tinham tudo em comum.” (Actos 2:44)
Neste número:
- A Nova Jerusalém
- Recados do Pai
- Excertos d’O Sol Espiritual e d’O Grande Evangelho de João
- A Minha Opinião
- Notícias de Betânia
A NOVA JERUSALÉM
No Recado do Pai incluído neste boletim é dito pelo Senhor:
“Assim como o Sol nasce todos os dias no horizonte, assim nascerei
Eu todos os dias na vossa vida, para que Comigo comeceis a
percorrer o caminho que vos levará à Nova Jerusalém.”
Este caminho descrito pelo Senhor é precisamente o nosso
percurso nesta Terra. É aqui que podemos fazer as grandes opções
de vida eterna que nos encaminham directamente para a habitação
celestial onde está o Pai.
É dito na Escritura que esta Cidade Celestial é o lugar onde se
encontram por eternidades aqueles que ao longo da sua existência
aperfeiçoaram as suas vidas para poderem habitar nela: “Mas
chegastes ao monte de Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém
celestial, e aos muitos milhares de anjos; à universal assembleia e
igreja dos primogénitos, que estão inscritos nos céus, e a Deus, o
Juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados.” [1]
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O nosso aperfeiçoamento aqui na Terra só é possível através
da vivência da Doutrina de Cristo, e essa mesma Doutrina é
denominada,espiritualmente, ‘A Nova Jerusalém’ que desce do Céu.
Existem muitas interpretações sobre esta cidade espiritual,
mas vamos somente reflectir sobre três revelações. A primeira está
na Bíblia, que a descreve no livro de Apocalipse como esposa do
Cordeiro, bem como no texto que mencionámos; a segunda, está na
revelação dada pelo Senhor ao profeta Emanuel Swedenborg
‘Apocalipse Revelado’; a terceira, n‘O Grande Evangelho de João’,
revelado ao profeta Jakob Lorber.
Swedenborg recebeu a revelação sobre o cap. 21 de
Apocalipse, em que se descreve esta Cidade:
“E levou-me em espírito a um grande e alto monte, e mostroume
a grande cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu.”
Interpretação: Significa João transportado ao terceiro céu, e a sua
visão é aberta lá, diante de quem foi manifestada a Nova Igreja do Senhor
quanto à doutrina, na forma de uma cidade.
“E tinha a glória de Deus; e a sua luz era semelhante a uma
pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe, como o cristal
resplandecente.”
Interpretação: Significa que, nessa Igreja, a Palavra será
compreendida, porque ela será transparente pelo seu sentido espiritual.
“E nela não vi templo, porque o seu templo é o Senhor Deus
Todo-poderoso, e o Cordeiro.”
Interpretação: Significa que nessa Igreja não haverá externo algum
separado do interno (ou, religião exterior com os seus cultos e
cerimónias, desligada de uma vida espiritual verdadeira), porque o
Senhor mesmo no Seu Divino Humano, de Quem procede o todo da Igreja,
é o único a Quem se deve dirigir e Quem deve ser cultuado e adorado.
“E a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela
resplandeçam, porque a glória de Deus a tem alumiado, e o Cordeiro
é a sua lâmpada.”
Interpretação: Significa que os homens dessa Igreja não estarão no
seu amor-próprio e nem na sua própria inteligência, por conseguinte,
somente na luz natural; mas estarão pelo Senhor, somente na luz espiritual
derivada da Divina Verdade da Palavra. [2]
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Como vemos, esta cidade espiritual que desce do Céu para os
homens de boa vontade é o Verbo revelado – JESUS e SUA
DOUTRINA PURA.
Embora o profeta citado tenha recebido de Deus uma
revelação importante, foi a Jakob Lorber que o nosso Pai transmitiu
maiores e mais claros esclarecimentos sobre ‘A Nova Jerusalém’.
Citaremos diversos textos revelados a este profeta que nos
levarão, como disse Jesus, “À Luz Completa”.
Em determinada ocasião, durante o ministério de Jesus, foi
vista por todos os habitantes de Israel uma estrela deslumbrante que
descia do Céu e através dela surgiu uma cidade deslumbrante, que o
Senhor disse tratar-se d‘A Nova Jerusalém’.
“A estrela se apresenta qual mundo cheio de luz; no seu centro está a
Nova Jerusalém munida de doze torres, e as muralhas no quadrado se
compõem de número de pedras preciosas idênticas aos portais da cidade.
Por todas elas entravam e saiam anjos, bem como se viam Moisés e Elias e
os demais profetas. (…) Disse Jesus: Vistes a Minha Nova Doutrina,
trazida do Céu. É ela a Verdadeira e Nova Jerusalém Celeste,
porquanto a antiga de nada mais vale.“ [3]
Mais tarde, deu-se outro fenómeno; todos aqueles que se
encontravam em companhia de Jesus foram presenteados com uma
aparição estranha nos céus: puderam observar, como num ecrã
gigantesco, tudo aquilo que havia de vir sobre Jerusalém e o povo
judeu.
“Todos observam o firmamento, onde a coluna luminosa vem
descendo à Terra, porém do lado oposto, quer dizer, no Oeste, e com
claridade ainda mais intensa. Divide-se em inúmeras partes, as quais
formam uma cidade enorme, cujas muralhas consistem em doze espécies de
pedras preciosas, emanando brilho multicolor por todos os lados. Tem ela
igualmente doze portais, por onde afluem inúmeras criaturas de todos os
pontos do orbe. Acima da cidade, no ar, vê-se a seguinte inscrição em
hebraico antigo, como se fora feita de rubis e esmeraldas: Eis a Nova
Cidade de Deus, a Nova Jerusalém que descerá um dia dos Céus,
para os homens de corações puros e de boa vontade; lá habitarão
com o Senhor para sempre e louvarão o Seu Nome. Tanto a aparição
quanto a inscrição celeste são vistas somente por aqueles que se acham
comigo no Monte.” [4]
Ao lermos o Grande Evangelho de João, partilhamos com
Jesus todos os acontecimentos; e quanto mais nos aproximamos do
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final do Seu ministério, notamos que a Doutrina se aprofunda mais
e mais, e a certa altura é dito sobre ‘A Nova Jerusalém’:
“Digo Eu: Amigo, esta Doutrina é o Verbo do Pai e o será para
sempre; por isso, receberão a mesma que recebeste de Mim. Em tal época
não lhes será dada oculta, mas inteiramente revelada no sentido
espiritual e celeste, no que consiste a Nova Jerusalém que descerá
dos Céus à Terra.
Em sua Luz, os homens perceberão o quanto os seus predecessores
foram enganados e traídos pelos falsos profetas, como hoje acontece aos
judeus por parte dos fariseus.
A culpa de toda a desgraça na Terra não será lançada a Mim e à
Minha Doutrina, mas aos excessivamente egoístas e dominadores,
professores e profetas falsos, que pelos conhecimentos adquiridos na ciência
e técnica, facilmente serão descobertos.
Quando a Luz puríssima da Nova Jerusalém se espargir sobre
a Terra toda, os mistificadores e traidores serão inteiramente
desmascarados e receberão o prémio do seu trabalho.
É impossível imaginardes a que ponto chegarão os homens através de
ciências vastíssimas e habilidades várias, acabando com a superstição (…)
Ainda que exista alguma ciência, e uma destreza dela derivada, três quartas
partes se fundamentam na superstição. Em tal fruto apodrecido da árvore
do Conhecimento, ainda não abençoado, é impossível formar-se uma
Verdade celeste.
(…) De tais frutos surgirão os falsos profetas (…) pervertendo mais
de três quartas partes da Terra. Pois, procurando unificar a Minha
Doutrina da Verdade com as ciências mescladas pela superstição e artes,
sem expressão e efeito, julgando ser de mais fácil aceitação, é compreensível
ser ela deturpada cada vez mais. (…) Todavia, tal situação não subsistirá
(…) quando tiverem limpado o estábulo de Augeias [*] a Minha Volta à
Terra será mais fácil e eficaz. A Minha Doutrina pura facilmente se unirá à
ciência pura, dando aos homens a completa Luz da Vida, pois uma pureza
não pode ultrajar outra, tampouco poderia isto fazer uma Verdade
luminosa, com outra.” [5]
Com este conhecimento transmitido pelo nosso Pai, não mais
poderemos alegar desconhecimento. Procuremos, assim, viver
dentro dos padrões emanados d’A Nova Jerusalém, afastando de nós
e daqueles a quem testemunhamos, todo o erro e superstição. Dessa
forma, mesmo num mundo de trevas espirituais e físicas,
poderemos trazer um lenitivo, para desfrutar o Céu no meio do caos
da vida.
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Que a cada dia possamos dirigir-nos a Deus como Pai-nosso,
pois Ele não nos atemoriza, antes pelo contrário, nos estimula como
filhos Seus: “Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus
esses são filhos de Deus; porque não recebestes o espírito de
escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o
espírito de adopção de filhos, pelo qual clamamos: Abba Pai.” [6]
Pr. Egídio Silva
[1] Hebreus 12:22-23 [2] Apocalipse Revelado – vol. 2 – págs. 383-388 [3] O
Grande Evangelho de João –VI–13 [4] O Grande Evangelho de João –VII–49 [5]
O Grande Evangelho de João – IX– 39, 40, 69, 70 e 71 [6] Romanos 8:14-15.
[*] Augeias, um rei da mitologia grega – significa: limpar grande quantidade de
imundície ou corrupção.
***
RECADOS DO PAI
“O vento sopra e uma leve brisa penetra no corpo dos Meus
filhos, como um Sol que os enche com o Meu Amor. Em tudo Eu me
faço presente e em breve descerei sobre os vossos pensamentos com
a frequência da mudança da luz nas vossas vidas. Assim como o Sol
nasce todos os dias no horizonte, assim nascerei Eu todos os dias na
vossa vida, para que Comigo comeceis a percorrer o caminho que
vos levará à Nova Jerusalém.
Para além de tudo que habita no vosso coração e de tudo que
vislumbra o vosso pensamento, existe o Espírito - a origem e o fim
de todas as coisas. A plenitude e o infinito daquilo que para vós
parece mas não sabeis se é, porque o que vos move é a fé e não a
presença.
Em tudo Eu vos reconheço como Meus filhos e as arestas Eu
estou a polir como o bronze que envolve toda a Minha Vontade. Vós
sois semente da Minha obra, da Minha mudança no mundo. Nos
quatro pólos do planeta e nos cruzamentos das Minhas linhas
existem povos que Eu levanto, filhos Meus que irão divulgar a
Minha Palavra e que se levantarão como exército de Sangue e de
Paz que com a arma do Amor e da Justiça irão resgatar o mundo. A
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terra é vossa, mas sempre foi Minha e aqui vos provo e provei, e
daqui vos tirarei para os locais que a vossa vontade determinar.
Na Luz, sereis verdade. No Caminho, encontrareis a vida e na
fé, Eu vos revelarei a força do Espírito e o Meu poder. Guardai-vos
para grandes feitos e revelações e acreditai que o vosso Pai vos irá
salvar, porque em vós Eu me completo, em vós Eu me alegro.
Na angústia irei rever o Meu povo e irei dar a Salvação a
quem uma centelha Minha no seu espírito tiver, nem que seja a mais
ínfima, Eu o salvarei.
Preparai-vos, filhos, na humildade, na prova e na caridade,
porque em breve Eu irei chegar.
Amo-vos. Amém.”
***
EXCERTOS D’O SOL ESPIRITUAL
A 8.ª ESFERA ESPIRITUAL
“Já estais nela: Prestai atenção pois é um bom guia e está
profundamente penetrado pela Minha Sabedoria. Sabereis depois de
quem se trata.
(…) Ali está a manhã onde existem umas montanhas preciosas.
Olhai o Sol divino sobre elas, e o Sol em que mora o Senhor. Vede como os
Seus raios resplandecem e cobrem os vales e outras profundidades do
mundo.
(…) Ali no meio-dia vereis algo que vos parecerá estranho, explica o
guia. É um sol pousado sobre uma barra de ouro e colocado no alto do
firmamento, que se move lenta e solenemente como um pêndulo. Detrás do
impressionante pêndulo de sol vedes uma enorme construção piramidal
escalonada, cuja ponta também se perde no alto do aparente firmamento.
Agora, olhai em cima. Na décima escala vedes as grandes pirâmides
luminosas. Lede o que está escrito nelas.
Mas esta escritura nos é desconhecida!
Eu vou lê-la para vós. Na pirâmide da esquerda está escrito: Este é o
grande cronómetro para as coisas criadas. Na pirâmide da direita está
escrito: O único transcurso (lapso de tempo) correcto de todas as coisas e de
todos os acontecimentos, segundo a Ordem divina.
Com estas duas inscrições já podereis imaginar o que tudo isto
significa.
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(…) A partir daqui vê-se muito bem que o quadrante tem doze
números como os vossos relógios. Porém ireis surpreender-vos ao verificar
que todos eles se encontram do lado esquerdo. O lado direito, orientado para
a manhã, deixou-se totalmente em branco. A explicação é a seguinte: A
orientação em direcção à tarde representa o que é mundano, e a orientação
na direcção da manhã, tudo o que é eterno, quer dizer, o espiritual.
Quando foi feita toda a criação material, a grande mão luminosa
apontava na direcção de baixo, no número um que todavia está luminoso.
Para onde aponta agora?
Agora aponta na direcção de cima, ao último número. - respondem os
visitantes. Só restam duas pequenas divisões e a ponta da mão entrará no
espaço luminoso, deixado em branco. Que significa isto?
Eu vou dizer-vos: Trata-se do Último Tempo.
Então, enquanto a grande mão entra no espaço em branco, deixarão
de existir todas as coisas?
(…) A vossa observação está correcta.
Que significado pode ter tudo isto? - perguntam os visitantes.
Vereis em seguida: é a maneira como uma época antiga e escura
passa a outra nova e clara. Assim, as coisas não perecerão, mas lhe será
concedida uma nova era. Lembrai-vos que a primeira época está marcada
pela decadência e pela noite, a segunda época marcada pelo progresso e pelo
dia. Vejo que agora compreendestes o que significa este grande cronómetro.
Ali na direcção do meio-dia vedes um grande edifício rectangular que
parece um cubo com um lado de quase doze mil braças (26.400 metros). Em
cima de cada uma das quatro esquinas existem umas figuras humanas
enormes, e aos seus pés vêem-se quatro animais diferentes. Vamos até lá, se
desejardes.
Já estamos na superfície brilhante deste enorme cubo. No centro
encontra-se um pequeno cubo de grande luminosidade e, sobre ele, um livro
com sete selos já abertos.
Ao último selo aberto – sétimo selo – surgem diversas aparições
grandiosas.
Muitos espíritos (anjos) vestidos de branco se dispersam em todas as
direcções com grandes trombetas nas mãos. Olhai: Um toca a trombeta e
surgem desgraças como guerras, carestia, fome e pestes. Outro toca a sua
trombeta e surgem incêndios devorando tudo, até mesmo as pedras, como se
fossem gotas de água sobre chapa em brasa. Da trombeta de outro saem
dilúvios infestados de bichos. E agora vede lá em baixo a antiga Terra. Vede
como se afoga neste dilúvio!
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Mais além um quarto anjo toca a sua trombeta e aparece um grande
dragão de fogo bem preso, que cai num abismo, donde a profundidades
infinitas existem mares de fogo em contínua agitação.
Porém, fixai-vos nas quatro figuras humanas que estão colocadas
sobre as esquinas, pois também possuem trombetas enormes.
Agora uma delas, um espírito orientado na direcção da meia-noite,
toca a sua trombeta impetuosamente e surge um espírito com um chicote
para castigar a Terra. Aquele espírito que está orientado na direcção da
tarde, quando tocar a trombeta, sairá um espírito que leva na sua mão uma
escova em fogo para varrer a Terra. Agora o espírito gigantesco orientado
na direcção do meio-dia toca a trombeta e aparece um grande número de
espíritos carregados com cestos cheios das mais diversas sementes para
semear um novo fruto no solo varrido da Terra. Vede agora como o espírito
que se dirige na direcção da manhã toca a sua trombeta. Desta trombeta
saem nuvens luminosas que levam sobre si exércitos de espíritos; e lá no
alto vereis uma cruz. Por cima da cruz há um Homem tão manso como um
cordeiro: O símbolo do Filho do homem.
Vistes tudo o que vos foi permitido ver neste lugar.
Agora olhai na direcção da manhã, vede esta cidade
maravilhosa que brilha tanto como o Sol que está sobre ela.
Suponho que gostaríeis de saber de que cidade se trata e vê-la de
perto. O desejais e a cidade já está diante de vós. Gostais?
Realmente esta cidade é maravilhosa, respondem os visitantes. Tudo
o que vemos neste lugar é muito doce e acolhedor, e respira-se puro amor. A
muralha da cidade é brilhante e as suas portas são lindíssimas. Existe uma
luz indescritível que sai de cada uma das portas. Exércitos incontáveis de
espíritos entram e saem.
Que alegria deve ser viver nesta cidade! Podemos vê-la por dentro?
Naturalmente, porém advirto-vos que é infinitamente grande. De
maneira que nem em todas as eternidades, nem visitando-a a grande
velocidade poderemos explorá-la por completo pois, quanto mais
profundamente penetramos nela, tanto maior se torna. Assim iremos
conformar-nos com chegarmos perto de uma das portas e espreitar um
pouco o seu interior.
Que esplendor! Que imensa fila de casas existe nesta rua que parece
não ter fim!
(…) Se quereis saber de que cidade se trata, só tereis de ler a inscrição
que existe sobre a porta: A Santa Cidade de Deus, A Nova Jerusalém!
Para que saibais quem vos trouxe até aqui: Sou o espírito de
Swedenborg. Como já vos mostrei tudo o que o Senhor permitiu, que
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existe na minha esfera, voltemos agora. Olhai, já estamos novamente no
ponto de partida.”
(O Sol Espiritual – cap. 16)
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EXCERTOS D’O GRANDE EVANGELHO DE JOÃO
A NATUREZA DO CÉU E DO INFERNO
“Digo Eu: Então presta atenção, pois faço questão que sigas com a
visão espiritual.
Vê, numa casa moram dois homens. Um está contente com aquilo
que consegue extrair do solo com o suor do seu esforço e a bênção do céu;
goza o seu lucro escasso, e o divide com imensa alegria com os seus irmãos
mais pobres. Quando é procurado por um faminto, regozija-se em poder
saciá-lo e jamais lhe pergunta, com irritação, o motivo da sua pobreza, nem
lhe proíbe voltar quando a fome o perseguir de novo.
Não se queixa do Governo, e quando lhe é pedido um imposto
qualquer, ele diz como Job: Senhor, Tu mo deste; tudo é Teu. O que me
deste, poderás tirar; a Tua Santa Vontade se faça.
Em suma, não há nada que possa perturbar a alegria deste homem,
bem como o seu amor e confiança para com Deus, e consequentemente, a
sua dedicação para com o próximo; ira, inveja, discussão, ódio e orgulho lhe
são estranhos.
Em compensação, o seu irmão é a criatura mais descontente. Não
acredita em Deus e diz: Deus é uma ideia vã pela qual as criaturas
designam o máximo grau dos heróis da Terra. Somente um tolo poderia ser
feliz na pobreza, tal como os irracionais que se contentam com a satisfação
dos seus instintos. Aquele, porém, que se elevou pelo intelecto acima do
instinto não se deve dar por satisfeito com o alimento para animais, nem
cavar a terra com as suas próprias mãos, destinadas para coisa melhor; deve
sim, tomar da espada e se elevar a um poderoso general, a fim de conquistar
as grandes cidades. Sentir a terra estremecer sob as patas do seu ginete
resplandecente de ouro e pedrarias, que garbosamente carrega o senhor de
poderosos exércitos.
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Com tal índole, este homem amaldiçoa a sua vida miserável,
conjecturando sobre os meios de angariar fortuna, para realizar as suas
ideias altivas.
Detesta o seu irmão feliz, e todo o pobre lhe é um horror. De
misericórdia não há vestígio, pois a tem como tendência ridícula de escravos
covardes e ‘macacos’ sociais. Aplica atenuadamente a sua malvadez como
uma pseudo-generosidade, mas isto mesmo, tão raro quanto possível. O
pobre que o aborda é recebido com as seguintes palavras: Afasta-te de mim,
seu preguiçoso! Trabalha, se desejas comer. Procura o desprezível irmão do
meu corpo, mas não do meu espírito elevado. Ele trabalha como um burro
de carga para o seu semelhante, e é misericordioso como um ’macaco’ social!
Eu, apenas sou generoso, perdoando-te, por esta vez a tua vida miserável.
Vê, estes dois irmãos, filhos dos mesmos pais, habitam na mesma
casa. O primeiro é um anjo, o segundo, quase um demónio. Para aquele a
cabana tosca é um céu; para este, um inferno completo. Vês agora, como
Céu e inferno podem estar juntos?
Pensarás certamente: Bem, nesse caso ofereçamos um trono ao altivo,
que se prestará para proteger os povos e afugentar os inimigos. – Como
não? Isso seria bem possível; mas onde está a justa medida, que lhe
prescrevesse o limite das suas ambições? Que fará com as criaturas que não
se submeterem à sua vontade? – Ele as fará martirizar horrivelmente, e a
vida humana terá o mesmo valor que uma erva pisada. – Agora, pergunto:
que espécie de homem é este? – Digo-te, um verdadeiro demónio.
Regentes e generais são indispensáveis, mas é preciso que sejam
destinados por Deus para estes fins. Ai daquele que abandona a sua
choupana para conquistar, por todos os meios, o emblema do poder. Em
verdade, teria sido melhor que nunca tivesse nascido.
Dar-te-ei mais um quadro do Reino do Céu de Deus: Compara-se a
um bom solo, no qual crescem e amadurecem tanto as uvas mais finas,
como os cardos e abrolhos. A diferença consiste unicamente no
aproveitamento deste mesmo solo: a vinha o reverte para o que é bom; os
cardos e abrolhos, para o que é nocivo e inútil.
Assim também o Céu penetra no demónio e nos anjos de Deus;
mas cada qual se vale dele diferentemente.
Também pode ser comparado a uma árvore frutífera que produz
frutos bons e doces. Aproximam-se pessoas desejosas de saborear tais frutos.
Algumas, parcimoniosas, apenas aproveitam o que lhes satisfaça a fome.
Outras, ávidas, comem tudo até ao último fruto. A consequência disto é a
doença, e talvez, até a morte, enquanto aquelas somente sentiram o
benefício do mesmo fruto.
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Do mesmo modo, o Céu pode ser comparado a um bom vinho que
fortifica o sóbrio, prejudicando e matando o intemperado; portanto, o
mesmo vinho foi aproveitado por um, para o Céu, e pelo outro, para o
inferno. Diz-Me amigo, se compreendes agora o que seja o Céu e o inferno.”
(O Grande Evangelho de João – II – 9)
***
A MINHA OPINIÃO
O PODER DA PALAVRA
Pela palavra, Deus criou o Universo e tudo quanto nele
existe. As antigas civilizações utilizavam-na com reverência e
comedimento. Não era dita de forma impensada, mas ponderada,
antes de ser proferida.
Os Gregos tinham por ela um grande apreço. A oratória era
cultivada como algo de honroso e precioso. Um orador exímio era o
expoente máximo que os eruditos, filósofos e homens de bem
aspiravam vir a ser.
Não é de admirar portanto, que frases como: “Homem, conhecete
a ti mesmo.”, tenham perdurado ao longo dos séculos até aos
nossos dias.
Todavia, há a declaração perfeita, proferida pelo nosso Eterno
Pai, que suplanta e sintetiza tudo quanto se possa imaginar – “EU
SOU”.
“Eu sou as estrelas que brilham, o orvalho da manhã, a flor que
desabrocha, o sol que ilumina a terra, a brisa que passa, o céu, o mar; tudo o
que foi e o que acaba de nascer. Eu sou as galáxias infinitas, os planetas e os
sóis dos mundos longínquos. Eu sou a centelha da vida ainda que não se
possa ver. Eu sou a luz e a sombra, e em tudo está o meu querer. Eu sou a
água da vida, o espírito e a eternidade. Eu sou tudo quanto existe. Eu sou o
visível e o invisível, que vós não podeis entender.”
Grandeza inaudita é a manifestação do nosso Deus! O único
que sempre foi e será por toda a eternidade.
Só ELE é a expressão do total e absoluto.
Assim, quando alguém lhe perguntar quem você é, antes do
nome que os nossos pais nos deram, pondere…; nós somos filhos
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do Criador de todas as coisas. Cada um de nós é pertença do nosso
Pai Celestial.
A Bíblia é livro/guia, onde a palavra escrita retém a orientação
para a nossa evolução espiritual. Nela encontramos textos narrando
as Suas maravilhas, orientação para as nossas vidas, e tudo o que
necessitamos para vivermos felizes e em paz, como verdadeiros
filhos de Deus. Há nela textos de poesia espiritual pura, sabedoria
e revelações das promessas do Senhor; chamadas de atenção dos
profetas; belos hinos de louvor, como podemos ler no livro de
Salmos do Rei David.
Hoje em dia, porém, a delicada arte da palavra tornou-se de
somenos importância no nosso quotidiano e no mundo, em especial
no ocidente.
A resposta rápida ‘na ponta da língua’ é por vezes mais
apreciada e reconhecida aos olhos do poder, como sendo fruto de
agudeza mental e agilidade de raciocínio. O imediatismo sobrepõese
à sabedoria de uma contestação ponderada, quiçá proferida com
mais lentidão, porque cada palavra foi delicadamente avaliada antes
de ser dita.
Bem que o apóstolo chama a nossa atenção quando diz: “De
uma mesma boca procede a bênção e a maldição. Não convém, meus
irmãos, que se faça assim.” (Tiago 3:10)
Não foi por acaso que alguém teve uma chamada de atenção
para este facto; porque a palavra tem muito poder. Poder que tanto
pode ser manifestado de forma positiva, como negativa,
dependendo da forma como fazemos uso dela. Falando
impensadamente, por vezes magoamos aqueles que mais amamos,
deixando feridas para o resto da vida. Somos bruscos num momento
de impaciência, criticamos e focamo-nos naquilo que é negativo, em
vez de nos devotarmos inteiramente ao que é construtivo, afável e
bom.
Se é verdade que ao proferi-la pomos a nossa atenção e
acentuamos o seu efeito positivo ou negativo; se é verdade que cada
um age de acordo com a sua personalidade, vamos tentar educar o
lado menos amadurecido do nosso ’eu’ interior, não esquecendo a
expressão do Rei Salomão: “Palavras suaves são como favos de mel,
doçura para a alma e saúde para o corpo.” (Provérbios 6:24)
Tendo presente esta realidade, vamos estabelecer o firme
propósito de, ao longo deste ano, tentarmos refrear a nossa língua e
aprender a usar da palavra com sabedoria e amor.
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Que o louvor a Deus esteja continuamente na nossa boca.
Vamos tentar usar, tanto quanto possível, palavras suaves,
expressando a paz do Senhor Jesus que habita nos nossos corações.
Vamos olhar para o Alto e darmos as costas às sombras; para
que os nossos olhos reluzam no amor e beleza da Verdadeira Luz.
E que essa Luz, pela Sua Divina Graça, possa testemunhar,
servindo de guia a quem ainda possa encontrar-se ‘cego’, ou não
tenha tido a oportunidade de ver o caminho que o conduz à
Verdade - ao Grande “EU SOU”.
Que assim seja!
Irmã Manuela
***
NOTÍCIAS DE BETÂNIA
MOVIMENTO DA TESOURARIA
Receita de Janeiro de 2016
Contribuições dos Associados do Refúgio Betânia (1€/dia). 420,00 €
Ofertas diversas para a Caridade ………………………… 80,00 €
Total da Receita ….………………………………………… 500,00 €
***
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Leia a Bíblia e ‘O Grande Evangelho de João’
“A Luz Completa”
“Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele
vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si
mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos
anunciará o que há-de vir.” (Evangelho de João 16:13)
“Eis a razão, porque agora transmito a Luz
Completa, para que ninguém venha a desculpar-se
numa argumentação errónea de que Eu, desde a minha
presença física nesta terra, não Me tivesse preocupado
com a pureza integral de Minha doutrina e de seus
aceitadores.
Quando voltar novamente, farei uma grande
selecção e não aceitarei quem vier escusar-se. Pois
todos os que procurarem com seriedade acharão a
verdade.” (O Grande Evangelho de João – volume I – 91:19-20)
Rua do Padre Alexandre, 6
4100-036 PORTO – PORTUGAL
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