sexta-feira, 15 de julho de 2016

PORTAL - GNA - 7542 - A NOVA JERUSALÉM - REFÚGIO BETHÂNIA - POSTAGEM ESPIRITUAL - GNA

A  NOVA JERUSALÉM -  REFÚGIO  
BETHÂNIA -  PORTAL - GNA


O MATERIAL AQUI APRESENTADO É PARA REFLEXÕES E PESQUISAS, E JAMAIS CONSIDERAREI POSITIVO OU NEGATIVO, POIS CADA UM DEVE ACREDITAR EM SUAS POTENCIALIDADES ESPIRITUAIS.


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1 A Voz de Betânia Fevereiro de 2016 Ano XXII – N.º 26 “E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum.” (Actos 2:44) Neste número: - A Nova Jerusalém - Recados do Pai - Excertos d’O Sol Espiritual e d’O Grande Evangelho de João - A Minha Opinião - Notícias de Betânia A NOVA JERUSALÉM No Recado do Pai incluído neste boletim é dito pelo Senhor: “Assim como o Sol nasce todos os dias no horizonte, assim nascerei Eu todos os dias na vossa vida, para que Comigo comeceis a percorrer o caminho que vos levará à Nova Jerusalém.” Este caminho descrito pelo Senhor é precisamente o nosso percurso nesta Terra. É aqui que podemos fazer as grandes opções de vida eterna que nos encaminham directamente para a habitação celestial onde está o Pai. É dito na Escritura que esta Cidade Celestial é o lugar onde se encontram por eternidades aqueles que ao longo da sua existência aperfeiçoaram as suas vidas para poderem habitar nela: “Mas chegastes ao monte de Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos; à universal assembleia e igreja dos primogénitos, que estão inscritos nos céus, e a Deus, o Juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados.” [1] 2 O nosso aperfeiçoamento aqui na Terra só é possível através da vivência da Doutrina de Cristo, e essa mesma Doutrina é denominada,espiritualmente, ‘A Nova Jerusalém’ que desce do Céu. Existem muitas interpretações sobre esta cidade espiritual, mas vamos somente reflectir sobre três revelações. A primeira está na Bíblia, que a descreve no livro de Apocalipse como esposa do Cordeiro, bem como no texto que mencionámos; a segunda, está na revelação dada pelo Senhor ao profeta Emanuel Swedenborg ‘Apocalipse Revelado’; a terceira, n‘O Grande Evangelho de João’, revelado ao profeta Jakob Lorber. Swedenborg recebeu a revelação sobre o cap. 21 de Apocalipse, em que se descreve esta Cidade: “E levou-me em espírito a um grande e alto monte, e mostroume a grande cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu.” Interpretação: Significa João transportado ao terceiro céu, e a sua visão é aberta lá, diante de quem foi manifestada a Nova Igreja do Senhor quanto à doutrina, na forma de uma cidade. “E tinha a glória de Deus; e a sua luz era semelhante a uma pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe, como o cristal resplandecente.” Interpretação: Significa que, nessa Igreja, a Palavra será compreendida, porque ela será transparente pelo seu sentido espiritual. “E nela não vi templo, porque o seu templo é o Senhor Deus Todo-poderoso, e o Cordeiro.” Interpretação: Significa que nessa Igreja não haverá externo algum separado do interno (ou, religião exterior com os seus cultos e cerimónias, desligada de uma vida espiritual verdadeira), porque o Senhor mesmo no Seu Divino Humano, de Quem procede o todo da Igreja, é o único a Quem se deve dirigir e Quem deve ser cultuado e adorado. “E a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem alumiado, e o Cordeiro é a sua lâmpada.” Interpretação: Significa que os homens dessa Igreja não estarão no seu amor-próprio e nem na sua própria inteligência, por conseguinte, somente na luz natural; mas estarão pelo Senhor, somente na luz espiritual derivada da Divina Verdade da Palavra. [2] 3 Como vemos, esta cidade espiritual que desce do Céu para os homens de boa vontade é o Verbo revelado – JESUS e SUA DOUTRINA PURA. Embora o profeta citado tenha recebido de Deus uma revelação importante, foi a Jakob Lorber que o nosso Pai transmitiu maiores e mais claros esclarecimentos sobre ‘A Nova Jerusalém’. Citaremos diversos textos revelados a este profeta que nos levarão, como disse Jesus, “À Luz Completa”. Em determinada ocasião, durante o ministério de Jesus, foi vista por todos os habitantes de Israel uma estrela deslumbrante que descia do Céu e através dela surgiu uma cidade deslumbrante, que o Senhor disse tratar-se d‘A Nova Jerusalém’. “A estrela se apresenta qual mundo cheio de luz; no seu centro está a Nova Jerusalém munida de doze torres, e as muralhas no quadrado se compõem de número de pedras preciosas idênticas aos portais da cidade. Por todas elas entravam e saiam anjos, bem como se viam Moisés e Elias e os demais profetas. (…) Disse Jesus: Vistes a Minha Nova Doutrina, trazida do Céu. É ela a Verdadeira e Nova Jerusalém Celeste, porquanto a antiga de nada mais vale.“ [3] Mais tarde, deu-se outro fenómeno; todos aqueles que se encontravam em companhia de Jesus foram presenteados com uma aparição estranha nos céus: puderam observar, como num ecrã gigantesco, tudo aquilo que havia de vir sobre Jerusalém e o povo judeu. “Todos observam o firmamento, onde a coluna luminosa vem descendo à Terra, porém do lado oposto, quer dizer, no Oeste, e com claridade ainda mais intensa. Divide-se em inúmeras partes, as quais formam uma cidade enorme, cujas muralhas consistem em doze espécies de pedras preciosas, emanando brilho multicolor por todos os lados. Tem ela igualmente doze portais, por onde afluem inúmeras criaturas de todos os pontos do orbe. Acima da cidade, no ar, vê-se a seguinte inscrição em hebraico antigo, como se fora feita de rubis e esmeraldas: Eis a Nova Cidade de Deus, a Nova Jerusalém que descerá um dia dos Céus, para os homens de corações puros e de boa vontade; lá habitarão com o Senhor para sempre e louvarão o Seu Nome. Tanto a aparição quanto a inscrição celeste são vistas somente por aqueles que se acham comigo no Monte.” [4] Ao lermos o Grande Evangelho de João, partilhamos com Jesus todos os acontecimentos; e quanto mais nos aproximamos do 4 final do Seu ministério, notamos que a Doutrina se aprofunda mais e mais, e a certa altura é dito sobre ‘A Nova Jerusalém’: “Digo Eu: Amigo, esta Doutrina é o Verbo do Pai e o será para sempre; por isso, receberão a mesma que recebeste de Mim. Em tal época não lhes será dada oculta, mas inteiramente revelada no sentido espiritual e celeste, no que consiste a Nova Jerusalém que descerá dos Céus à Terra. Em sua Luz, os homens perceberão o quanto os seus predecessores foram enganados e traídos pelos falsos profetas, como hoje acontece aos judeus por parte dos fariseus. A culpa de toda a desgraça na Terra não será lançada a Mim e à Minha Doutrina, mas aos excessivamente egoístas e dominadores, professores e profetas falsos, que pelos conhecimentos adquiridos na ciência e técnica, facilmente serão descobertos. Quando a Luz puríssima da Nova Jerusalém se espargir sobre a Terra toda, os mistificadores e traidores serão inteiramente desmascarados e receberão o prémio do seu trabalho. É impossível imaginardes a que ponto chegarão os homens através de ciências vastíssimas e habilidades várias, acabando com a superstição (…) Ainda que exista alguma ciência, e uma destreza dela derivada, três quartas partes se fundamentam na superstição. Em tal fruto apodrecido da árvore do Conhecimento, ainda não abençoado, é impossível formar-se uma Verdade celeste. (…) De tais frutos surgirão os falsos profetas (…) pervertendo mais de três quartas partes da Terra. Pois, procurando unificar a Minha Doutrina da Verdade com as ciências mescladas pela superstição e artes, sem expressão e efeito, julgando ser de mais fácil aceitação, é compreensível ser ela deturpada cada vez mais. (…) Todavia, tal situação não subsistirá (…) quando tiverem limpado o estábulo de Augeias [*] a Minha Volta à Terra será mais fácil e eficaz. A Minha Doutrina pura facilmente se unirá à ciência pura, dando aos homens a completa Luz da Vida, pois uma pureza não pode ultrajar outra, tampouco poderia isto fazer uma Verdade luminosa, com outra.” [5] Com este conhecimento transmitido pelo nosso Pai, não mais poderemos alegar desconhecimento. Procuremos, assim, viver dentro dos padrões emanados d’A Nova Jerusalém, afastando de nós e daqueles a quem testemunhamos, todo o erro e superstição. Dessa forma, mesmo num mundo de trevas espirituais e físicas, poderemos trazer um lenitivo, para desfrutar o Céu no meio do caos da vida. 5 Que a cada dia possamos dirigir-nos a Deus como Pai-nosso, pois Ele não nos atemoriza, antes pelo contrário, nos estimula como filhos Seus: “Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus esses são filhos de Deus; porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o espírito de adopção de filhos, pelo qual clamamos: Abba Pai.” [6] Pr. Egídio Silva [1] Hebreus 12:22-23 [2] Apocalipse Revelado – vol. 2 – págs. 383-388 [3] O Grande Evangelho de João –VI–13 [4] O Grande Evangelho de João –VII–49 [5] O Grande Evangelho de João – IX– 39, 40, 69, 70 e 71 [6] Romanos 8:14-15. [*] Augeias, um rei da mitologia grega – significa: limpar grande quantidade de imundície ou corrupção. *** RECADOS DO PAI “O vento sopra e uma leve brisa penetra no corpo dos Meus filhos, como um Sol que os enche com o Meu Amor. Em tudo Eu me faço presente e em breve descerei sobre os vossos pensamentos com a frequência da mudança da luz nas vossas vidas. Assim como o Sol nasce todos os dias no horizonte, assim nascerei Eu todos os dias na vossa vida, para que Comigo comeceis a percorrer o caminho que vos levará à Nova Jerusalém. Para além de tudo que habita no vosso coração e de tudo que vislumbra o vosso pensamento, existe o Espírito - a origem e o fim de todas as coisas. A plenitude e o infinito daquilo que para vós parece mas não sabeis se é, porque o que vos move é a fé e não a presença. Em tudo Eu vos reconheço como Meus filhos e as arestas Eu estou a polir como o bronze que envolve toda a Minha Vontade. Vós sois semente da Minha obra, da Minha mudança no mundo. Nos quatro pólos do planeta e nos cruzamentos das Minhas linhas existem povos que Eu levanto, filhos Meus que irão divulgar a Minha Palavra e que se levantarão como exército de Sangue e de Paz que com a arma do Amor e da Justiça irão resgatar o mundo. A 6 terra é vossa, mas sempre foi Minha e aqui vos provo e provei, e daqui vos tirarei para os locais que a vossa vontade determinar. Na Luz, sereis verdade. No Caminho, encontrareis a vida e na fé, Eu vos revelarei a força do Espírito e o Meu poder. Guardai-vos para grandes feitos e revelações e acreditai que o vosso Pai vos irá salvar, porque em vós Eu me completo, em vós Eu me alegro. Na angústia irei rever o Meu povo e irei dar a Salvação a quem uma centelha Minha no seu espírito tiver, nem que seja a mais ínfima, Eu o salvarei. Preparai-vos, filhos, na humildade, na prova e na caridade, porque em breve Eu irei chegar. Amo-vos. Amém.” *** EXCERTOS D’O SOL ESPIRITUAL A 8.ª ESFERA ESPIRITUAL “Já estais nela: Prestai atenção pois é um bom guia e está profundamente penetrado pela Minha Sabedoria. Sabereis depois de quem se trata. (…) Ali está a manhã onde existem umas montanhas preciosas. Olhai o Sol divino sobre elas, e o Sol em que mora o Senhor. Vede como os Seus raios resplandecem e cobrem os vales e outras profundidades do mundo. (…) Ali no meio-dia vereis algo que vos parecerá estranho, explica o guia. É um sol pousado sobre uma barra de ouro e colocado no alto do firmamento, que se move lenta e solenemente como um pêndulo. Detrás do impressionante pêndulo de sol vedes uma enorme construção piramidal escalonada, cuja ponta também se perde no alto do aparente firmamento. Agora, olhai em cima. Na décima escala vedes as grandes pirâmides luminosas. Lede o que está escrito nelas. Mas esta escritura nos é desconhecida! Eu vou lê-la para vós. Na pirâmide da esquerda está escrito: Este é o grande cronómetro para as coisas criadas. Na pirâmide da direita está escrito: O único transcurso (lapso de tempo) correcto de todas as coisas e de todos os acontecimentos, segundo a Ordem divina. Com estas duas inscrições já podereis imaginar o que tudo isto significa. 7 (…) A partir daqui vê-se muito bem que o quadrante tem doze números como os vossos relógios. Porém ireis surpreender-vos ao verificar que todos eles se encontram do lado esquerdo. O lado direito, orientado para a manhã, deixou-se totalmente em branco. A explicação é a seguinte: A orientação em direcção à tarde representa o que é mundano, e a orientação na direcção da manhã, tudo o que é eterno, quer dizer, o espiritual. Quando foi feita toda a criação material, a grande mão luminosa apontava na direcção de baixo, no número um que todavia está luminoso. Para onde aponta agora? Agora aponta na direcção de cima, ao último número. - respondem os visitantes. Só restam duas pequenas divisões e a ponta da mão entrará no espaço luminoso, deixado em branco. Que significa isto? Eu vou dizer-vos: Trata-se do Último Tempo. Então, enquanto a grande mão entra no espaço em branco, deixarão de existir todas as coisas? (…) A vossa observação está correcta. Que significado pode ter tudo isto? - perguntam os visitantes. Vereis em seguida: é a maneira como uma época antiga e escura passa a outra nova e clara. Assim, as coisas não perecerão, mas lhe será concedida uma nova era. Lembrai-vos que a primeira época está marcada pela decadência e pela noite, a segunda época marcada pelo progresso e pelo dia. Vejo que agora compreendestes o que significa este grande cronómetro. Ali na direcção do meio-dia vedes um grande edifício rectangular que parece um cubo com um lado de quase doze mil braças (26.400 metros). Em cima de cada uma das quatro esquinas existem umas figuras humanas enormes, e aos seus pés vêem-se quatro animais diferentes. Vamos até lá, se desejardes. Já estamos na superfície brilhante deste enorme cubo. No centro encontra-se um pequeno cubo de grande luminosidade e, sobre ele, um livro com sete selos já abertos. Ao último selo aberto – sétimo selo – surgem diversas aparições grandiosas. Muitos espíritos (anjos) vestidos de branco se dispersam em todas as direcções com grandes trombetas nas mãos. Olhai: Um toca a trombeta e surgem desgraças como guerras, carestia, fome e pestes. Outro toca a sua trombeta e surgem incêndios devorando tudo, até mesmo as pedras, como se fossem gotas de água sobre chapa em brasa. Da trombeta de outro saem dilúvios infestados de bichos. E agora vede lá em baixo a antiga Terra. Vede como se afoga neste dilúvio! 8 Mais além um quarto anjo toca a sua trombeta e aparece um grande dragão de fogo bem preso, que cai num abismo, donde a profundidades infinitas existem mares de fogo em contínua agitação. Porém, fixai-vos nas quatro figuras humanas que estão colocadas sobre as esquinas, pois também possuem trombetas enormes. Agora uma delas, um espírito orientado na direcção da meia-noite, toca a sua trombeta impetuosamente e surge um espírito com um chicote para castigar a Terra. Aquele espírito que está orientado na direcção da tarde, quando tocar a trombeta, sairá um espírito que leva na sua mão uma escova em fogo para varrer a Terra. Agora o espírito gigantesco orientado na direcção do meio-dia toca a trombeta e aparece um grande número de espíritos carregados com cestos cheios das mais diversas sementes para semear um novo fruto no solo varrido da Terra. Vede agora como o espírito que se dirige na direcção da manhã toca a sua trombeta. Desta trombeta saem nuvens luminosas que levam sobre si exércitos de espíritos; e lá no alto vereis uma cruz. Por cima da cruz há um Homem tão manso como um cordeiro: O símbolo do Filho do homem. Vistes tudo o que vos foi permitido ver neste lugar. Agora olhai na direcção da manhã, vede esta cidade maravilhosa que brilha tanto como o Sol que está sobre ela. Suponho que gostaríeis de saber de que cidade se trata e vê-la de perto. O desejais e a cidade já está diante de vós. Gostais? Realmente esta cidade é maravilhosa, respondem os visitantes. Tudo o que vemos neste lugar é muito doce e acolhedor, e respira-se puro amor. A muralha da cidade é brilhante e as suas portas são lindíssimas. Existe uma luz indescritível que sai de cada uma das portas. Exércitos incontáveis de espíritos entram e saem. Que alegria deve ser viver nesta cidade! Podemos vê-la por dentro? Naturalmente, porém advirto-vos que é infinitamente grande. De maneira que nem em todas as eternidades, nem visitando-a a grande velocidade poderemos explorá-la por completo pois, quanto mais profundamente penetramos nela, tanto maior se torna. Assim iremos conformar-nos com chegarmos perto de uma das portas e espreitar um pouco o seu interior. Que esplendor! Que imensa fila de casas existe nesta rua que parece não ter fim! (…) Se quereis saber de que cidade se trata, só tereis de ler a inscrição que existe sobre a porta: A Santa Cidade de Deus, A Nova Jerusalém! Para que saibais quem vos trouxe até aqui: Sou o espírito de Swedenborg. Como já vos mostrei tudo o que o Senhor permitiu, que 9 existe na minha esfera, voltemos agora. Olhai, já estamos novamente no ponto de partida.” (O Sol Espiritual – cap. 16) *** EXCERTOS D’O GRANDE EVANGELHO DE JOÃO A NATUREZA DO CÉU E DO INFERNO “Digo Eu: Então presta atenção, pois faço questão que sigas com a visão espiritual. Vê, numa casa moram dois homens. Um está contente com aquilo que consegue extrair do solo com o suor do seu esforço e a bênção do céu; goza o seu lucro escasso, e o divide com imensa alegria com os seus irmãos mais pobres. Quando é procurado por um faminto, regozija-se em poder saciá-lo e jamais lhe pergunta, com irritação, o motivo da sua pobreza, nem lhe proíbe voltar quando a fome o perseguir de novo. Não se queixa do Governo, e quando lhe é pedido um imposto qualquer, ele diz como Job: Senhor, Tu mo deste; tudo é Teu. O que me deste, poderás tirar; a Tua Santa Vontade se faça. Em suma, não há nada que possa perturbar a alegria deste homem, bem como o seu amor e confiança para com Deus, e consequentemente, a sua dedicação para com o próximo; ira, inveja, discussão, ódio e orgulho lhe são estranhos. Em compensação, o seu irmão é a criatura mais descontente. Não acredita em Deus e diz: Deus é uma ideia vã pela qual as criaturas designam o máximo grau dos heróis da Terra. Somente um tolo poderia ser feliz na pobreza, tal como os irracionais que se contentam com a satisfação dos seus instintos. Aquele, porém, que se elevou pelo intelecto acima do instinto não se deve dar por satisfeito com o alimento para animais, nem cavar a terra com as suas próprias mãos, destinadas para coisa melhor; deve sim, tomar da espada e se elevar a um poderoso general, a fim de conquistar as grandes cidades. Sentir a terra estremecer sob as patas do seu ginete resplandecente de ouro e pedrarias, que garbosamente carrega o senhor de poderosos exércitos. 10 Com tal índole, este homem amaldiçoa a sua vida miserável, conjecturando sobre os meios de angariar fortuna, para realizar as suas ideias altivas. Detesta o seu irmão feliz, e todo o pobre lhe é um horror. De misericórdia não há vestígio, pois a tem como tendência ridícula de escravos covardes e ‘macacos’ sociais. Aplica atenuadamente a sua malvadez como uma pseudo-generosidade, mas isto mesmo, tão raro quanto possível. O pobre que o aborda é recebido com as seguintes palavras: Afasta-te de mim, seu preguiçoso! Trabalha, se desejas comer. Procura o desprezível irmão do meu corpo, mas não do meu espírito elevado. Ele trabalha como um burro de carga para o seu semelhante, e é misericordioso como um ’macaco’ social! Eu, apenas sou generoso, perdoando-te, por esta vez a tua vida miserável. Vê, estes dois irmãos, filhos dos mesmos pais, habitam na mesma casa. O primeiro é um anjo, o segundo, quase um demónio. Para aquele a cabana tosca é um céu; para este, um inferno completo. Vês agora, como Céu e inferno podem estar juntos? Pensarás certamente: Bem, nesse caso ofereçamos um trono ao altivo, que se prestará para proteger os povos e afugentar os inimigos. – Como não? Isso seria bem possível; mas onde está a justa medida, que lhe prescrevesse o limite das suas ambições? Que fará com as criaturas que não se submeterem à sua vontade? – Ele as fará martirizar horrivelmente, e a vida humana terá o mesmo valor que uma erva pisada. – Agora, pergunto: que espécie de homem é este? – Digo-te, um verdadeiro demónio. Regentes e generais são indispensáveis, mas é preciso que sejam destinados por Deus para estes fins. Ai daquele que abandona a sua choupana para conquistar, por todos os meios, o emblema do poder. Em verdade, teria sido melhor que nunca tivesse nascido. Dar-te-ei mais um quadro do Reino do Céu de Deus: Compara-se a um bom solo, no qual crescem e amadurecem tanto as uvas mais finas, como os cardos e abrolhos. A diferença consiste unicamente no aproveitamento deste mesmo solo: a vinha o reverte para o que é bom; os cardos e abrolhos, para o que é nocivo e inútil. Assim também o Céu penetra no demónio e nos anjos de Deus; mas cada qual se vale dele diferentemente. Também pode ser comparado a uma árvore frutífera que produz frutos bons e doces. Aproximam-se pessoas desejosas de saborear tais frutos. Algumas, parcimoniosas, apenas aproveitam o que lhes satisfaça a fome. Outras, ávidas, comem tudo até ao último fruto. A consequência disto é a doença, e talvez, até a morte, enquanto aquelas somente sentiram o benefício do mesmo fruto. 11 Do mesmo modo, o Céu pode ser comparado a um bom vinho que fortifica o sóbrio, prejudicando e matando o intemperado; portanto, o mesmo vinho foi aproveitado por um, para o Céu, e pelo outro, para o inferno. Diz-Me amigo, se compreendes agora o que seja o Céu e o inferno.” (O Grande Evangelho de João – II – 9) *** A MINHA OPINIÃO O PODER DA PALAVRA Pela palavra, Deus criou o Universo e tudo quanto nele existe. As antigas civilizações utilizavam-na com reverência e comedimento. Não era dita de forma impensada, mas ponderada, antes de ser proferida. Os Gregos tinham por ela um grande apreço. A oratória era cultivada como algo de honroso e precioso. Um orador exímio era o expoente máximo que os eruditos, filósofos e homens de bem aspiravam vir a ser. Não é de admirar portanto, que frases como: “Homem, conhecete a ti mesmo.”, tenham perdurado ao longo dos séculos até aos nossos dias. Todavia, há a declaração perfeita, proferida pelo nosso Eterno Pai, que suplanta e sintetiza tudo quanto se possa imaginar – “EU SOU”. “Eu sou as estrelas que brilham, o orvalho da manhã, a flor que desabrocha, o sol que ilumina a terra, a brisa que passa, o céu, o mar; tudo o que foi e o que acaba de nascer. Eu sou as galáxias infinitas, os planetas e os sóis dos mundos longínquos. Eu sou a centelha da vida ainda que não se possa ver. Eu sou a luz e a sombra, e em tudo está o meu querer. Eu sou a água da vida, o espírito e a eternidade. Eu sou tudo quanto existe. Eu sou o visível e o invisível, que vós não podeis entender.” Grandeza inaudita é a manifestação do nosso Deus! O único que sempre foi e será por toda a eternidade. Só ELE é a expressão do total e absoluto. Assim, quando alguém lhe perguntar quem você é, antes do nome que os nossos pais nos deram, pondere…; nós somos filhos 12 do Criador de todas as coisas. Cada um de nós é pertença do nosso Pai Celestial. A Bíblia é livro/guia, onde a palavra escrita retém a orientação para a nossa evolução espiritual. Nela encontramos textos narrando as Suas maravilhas, orientação para as nossas vidas, e tudo o que necessitamos para vivermos felizes e em paz, como verdadeiros filhos de Deus. Há nela textos de poesia espiritual pura, sabedoria e revelações das promessas do Senhor; chamadas de atenção dos profetas; belos hinos de louvor, como podemos ler no livro de Salmos do Rei David. Hoje em dia, porém, a delicada arte da palavra tornou-se de somenos importância no nosso quotidiano e no mundo, em especial no ocidente. A resposta rápida ‘na ponta da língua’ é por vezes mais apreciada e reconhecida aos olhos do poder, como sendo fruto de agudeza mental e agilidade de raciocínio. O imediatismo sobrepõese à sabedoria de uma contestação ponderada, quiçá proferida com mais lentidão, porque cada palavra foi delicadamente avaliada antes de ser dita. Bem que o apóstolo chama a nossa atenção quando diz: “De uma mesma boca procede a bênção e a maldição. Não convém, meus irmãos, que se faça assim.” (Tiago 3:10) Não foi por acaso que alguém teve uma chamada de atenção para este facto; porque a palavra tem muito poder. Poder que tanto pode ser manifestado de forma positiva, como negativa, dependendo da forma como fazemos uso dela. Falando impensadamente, por vezes magoamos aqueles que mais amamos, deixando feridas para o resto da vida. Somos bruscos num momento de impaciência, criticamos e focamo-nos naquilo que é negativo, em vez de nos devotarmos inteiramente ao que é construtivo, afável e bom. Se é verdade que ao proferi-la pomos a nossa atenção e acentuamos o seu efeito positivo ou negativo; se é verdade que cada um age de acordo com a sua personalidade, vamos tentar educar o lado menos amadurecido do nosso ’eu’ interior, não esquecendo a expressão do Rei Salomão: “Palavras suaves são como favos de mel, doçura para a alma e saúde para o corpo.” (Provérbios 6:24) Tendo presente esta realidade, vamos estabelecer o firme propósito de, ao longo deste ano, tentarmos refrear a nossa língua e aprender a usar da palavra com sabedoria e amor. 13 Que o louvor a Deus esteja continuamente na nossa boca. Vamos tentar usar, tanto quanto possível, palavras suaves, expressando a paz do Senhor Jesus que habita nos nossos corações. Vamos olhar para o Alto e darmos as costas às sombras; para que os nossos olhos reluzam no amor e beleza da Verdadeira Luz. E que essa Luz, pela Sua Divina Graça, possa testemunhar, servindo de guia a quem ainda possa encontrar-se ‘cego’, ou não tenha tido a oportunidade de ver o caminho que o conduz à Verdade - ao Grande “EU SOU”. Que assim seja! Irmã Manuela *** NOTÍCIAS DE BETÂNIA MOVIMENTO DA TESOURARIA Receita de Janeiro de 2016 Contribuições dos Associados do Refúgio Betânia (1€/dia). 420,00 € Ofertas diversas para a Caridade ………………………… 80,00 € Total da Receita ….………………………………………… 500,00 € *** 14 Leia a Bíblia e ‘O Grande Evangelho de João’ “A Luz Completa” “Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há-de vir.” (Evangelho de João 16:13) “Eis a razão, porque agora transmito a Luz Completa, para que ninguém venha a desculpar-se numa argumentação errónea de que Eu, desde a minha presença física nesta terra, não Me tivesse preocupado com a pureza integral de Minha doutrina e de seus aceitadores. Quando voltar novamente, farei uma grande selecção e não aceitarei quem vier escusar-se. Pois todos os que procurarem com seriedade acharão a verdade.” (O Grande Evangelho de João – volume I – 91:19-20) Rua do Padre Alexandre, 6 4100-036 PORTO – PORTUGAL www.refugiobetania.org refugiobetania@gmail.com NIF: 510 601 960 NIB: 0036 0188 99100037251 13 IBAN: PT50 OO36 0188 99100037251 13 SWIFT: MPIOPTPL (Distribuição gratuita)

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