Jeusus e Os Essenios- Dolores Cannon - Scribd
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13 de mai de 2012 - cristianismo ea vida de Jesus Cristo. Este livro toma a forma de diálogos diretos entre o pesquisador, Cannon Dolores e um membro da ...
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20 de jul de 2015 - Jesus and the Essenes By Dolores Cannon Os essênios ...Download: 6 ... Este livro dá uma descrição completa da natureza e propósito da ...Manuscritos do Mar Morto e os Essênios
Considerada, por muitos, como a maior descoberta arqueológica do século XX, os manuscritos do Mar Morto ainda são alvos de muitas teorias da conspiração devido à forma como as autoridades os mantiveram retidos através de um controle ferrenho durante mais de 40 anos.
Como você viu no artigo Essênios, Jesus e a Reencarnação, o agrupamento localizado no conjunto de colinas calcárias em Qumran foi a maior e mais populosa residência da seita judaica conhecida como os essênios.
É nessa região, nos arredores do Mar Morto, que nossa viagem começa.
Descoberta
Em abril de 1947, um jovem pastor beduíno lançou-se à procura de uma cabra desaparecida na, atualmente, inóspita região de Qumran. Durante a busca, percebeu uma espécie de abertura em uma das colinas. Atirou uma pedra e ouviu o barulho de porcelana se quebrando.
Acreditando ter encontrado um tesouro e com a noite já próxima de dar as boas vindas, o garoto decidiu retornar no dia seguinte quando os primeiros raios de sol iluminassem a escuridão noturna.
No outro dia, após conseguir entrar na gruta, sua decepção não poderia ser maior. Ao invés de um tesouro, o jovem pastor encontrou apenas diversos pergaminhos antigos guardados dentro de uma dezena de jarros de porcelana.
Bastante frustrado, ele voltou ao acampamento da tribo beduína Ta’amireh em busca de ajuda para recolher os pergaminhos encontrados.
Durante meses, os manuscritos permaneceram a venda no mercado sem encontrar nenhum comprador. Até que um colecionador percebeu a importância daqueles documentos e os comprou por uma quantia irrisória.
Pesquisa Arqueológica
Esses pergaminhos foram nomeados de Manuscritos do Mar Morto e incitaram um frenesi acadêmico.
Não demorou muito tempo para que a região de Qumran se tornasse alvo de um intenso trabalho de pesquisa arqueológica. O encarregado oficial de comandar a equipe responsável pelos manuscritos foi o padre dominicano Roland de Vaux.
Após os boatos sobre a incrível descoberta se espalharem, um acampamento beduíno foi levantado na região. Afinal, procurar manuscritos se tornou um negócio lucrativo e os beduínos conheciam as redondezas melhor do que qualquer outra pessoa.
O período de busca e escavação durou até 1956. No total, foram encontradas 11 grutas contendo cerca de 22.000 fragmentos de pergaminho, correspondendo a mais de 850 documentos diferentes.
Além das centenas de manuscritos, os estudiosos encontraram vários itens de porcelana que pertenciam à comunidade que ali viva. As escavações também encontraram potes de tinta e mesas onde, provavelmente, peles de animas eram transformadas em pergaminhos.
Escândalo Acadêmico
Como o território onde os manuscritos foram encontrados pertence ao estado de Israel, após o término das buscas nas colinas de Qumran, todos os manuscritos foram enviados para o Museu Rockfeller em terras israelenses.
Um pequeno grupo de oito eruditos escolhidos minuciosamente por autoridades de Israel ficou responsável pela restauração e tradução de todos os manuscritos.
Durante mais de 40 anos, pouquíssimos documentos foram traduzidos e publicados. Essa atitude gerou uma forte insatisfação do cenário acadêmico e abriu portas para a formulação de diversas teorias conspiratórias acerca do conteúdo dos manuscritos.
Este monopólio de controle sobre os manuscritos durou até o ano de 1991, quando os documentos foram disponibilizados para qualquer acadêmico interessado em estudá-los.
Documentos
Os manuscritos do Mar Morto estão escritos em três línguas distintas. A maior parte está em hebraico e aramaico, enquanto um pequeno grupo de documentos foi escrito em grego.
O conteúdo desses documentos é bastante variado e podemos classificá-los nas seguintes categorias: a) livros bíblicos do Antigo Testamento; b) comentários bíblicos feitos pelos essênios; c) textos apócrifos; d) hinos; e) orações; f) manual da disciplina dos essênios.
Antes dessa descoberta, o pergaminho mais antigo de um livro bíblico datava de meados do século X. Uma cópia do Livro de Isaías encontrada em Qumran surpreendeu o mundo todo ao ser datada como anterior ao ano 100 aC.
O manuscrito de Isaías tem 54 colunas de texto em hebraico chegando a alcançar sete metros de comprimento e consiste de 17 painéis de pele de cabra costurados uns aos outros.
Todos os livros do antigo testamento podem ser encontrados nos manuscritos, com exceção do livro de Éster. Foram identificadas 19 cópias do Livro de Isaías, 25 cópias dos Deuteronômios e 30 cópias dos Salmos.
Também foram encontrados diversos textos e parábolas desconhecidas que haviam sido removidas da versão canonizada da bíblia durante o Concílio de Nicéia.
O Manual da Disciplina é um documento onde estão contidas as regras morais, sociais e religiosas que deveriam ser seguidas pelos essênios. Entre esses costumes estão à refeição comunitária e o ritual de batismo. Você conhece um certo homem que também compartilhava desses hábitos?
Voltando no Tempo
Todos os manuscritos foram escritos entre os anos de 200 aC e 70 dC. A comunidade essênia de Qumran trabalhou incansavelmente na cópia e produção desses textos durante séculos.
Os rolos de pergaminhos eram feitos na sua maioria de couro de animais, papiros e até alguns rolos metálicos de cobre.
Entre os anos 66 e 70, o general romano Tito lançou uma forte campanha de repressão a Primeira Revolta dos Judeus.
Com o intuito de salvar a extensa gama de conhecimento produzida com tanto esmero ao longo dos anos, os essênios esconderam milhares de pergaminhos em várias cavernas espalhadas pela região.
Apesar de quase completamente exterminados após o forte ataque de Roma, a herança intelectual dessa comunidade essênia ficou guardada para a posteridade.
Dúvidas
Um fato bastante misterioso ainda paira sobre os manuscritos do Mar Morto: não existe nenhuma menção a figura de Jesus.
Isso é definitivamente muito estranho. Afinal, como o Caos no Sistema mostrou no artigo sobre osessênios, Jesus está diretamente relacionado com essa seita judaica, principalmente com o acampamento em Qumran.
Além disso, os manuscritos continuaram sendo escritos durante e após a encarnação de Jesus no nosso planeta. Por qual motivo os essênios não teriam escrito nada sobre Ele? Não faz nenhum sentido.
Agora faça uma pergunta a si mesmo. Você acredita que as autoridades permitiriam a divulgação de documentos que comprovassem a ligação de Jesus com os essênios, mesmo sabendo que eles comprometeriam profundamente o Judaísmo e o Cristianismo?
Duvido muito. Infelizmente, dificilmente ficaremos sabendo acerca do que aconteceu durante as mais de quatro décadas em que os manuscritos estiveram sob monopólio das autoridades.
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