quarta-feira, 4 de outubro de 2017

PORTAL - GNA - 9575 - A VOZ DE BETÂNIA - JULHO DE 2017 - REALIDADE ESPIRITUAL - GNA





Igreja Evangélica Betânia






1 A Voz de Betânia Julho de 2017 Ano XXIV – N.º 43 “E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum.” (Actos 2:44) Neste número: - Rasgou-se o Véu - “Recados do Pai” - Excertos d’O Grande Evangelho de João - Explicação de Textos da Escritura Sagrada - O Medo da Incerteza - Notícias de Betânia “RASGOU-SE O VÉU” O título da nossa reflexão toma as palavras iniciais que nos foram ditadas pelo Pai: “Rasgou-se o véu e naquele tempo sobre vós veio o caminho da Salvação.” Este acontecimento de transcendência espiritual que abrangeu todo o Universo é relatado unicamente no Evangelho de Mateus: “E Jesus, clamando outra vez com grande voz, rendeu o espírito. E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo...” [1] A revelação d’O Grande Evangelho de João não abrange infelizmente esta parte do ministério físico de Jesus, pois foi encerrada antes; por essa razão não temos mais pormenores sobre este acontecimento tão importante, deixando-nos somente o relato bíblico, tantas vezes analisado. Sabemos que foi propósito de Deus interromper o ditado desta grande obra. Perguntámos ao Senhor a razão que O levou a fazê-Lo; Ele transmitiu-nos a seguinte mensagem: “O Grande Evangelho parou no momento certo, porque forças contrárias se levantaram para desviar o rumo da Minha Obra. A seu momento terá 2 continuidade, mas o que existe já vos mostra o caminho. Só um cego espiritual não vê.” Dois factos importantes estão relacionados com Jesus e o Templo de Jerusalém. O primeiro está relacionado com a Arca da Aliança que se encontrava no lugar Santíssimo (Êxodo 25:10-22) e o Véu que vedava este lugar dos olhares profanos (Êxodo 26:31-34). Embora o véu seja o alvo da nossa atenção, convém conhecermos também algo sobre a Arca e o seu poder ou manifestações externas que aconteciam quando ela estava cumprindo o propósito de Deus. Citaremos um diálogo entre Lázaro e Jesus, quando ambos contemplavam a cidade de Jerusalém e o seu templo sumptuoso em que a arca é mencionada: “Ao observarmos a cidade com os seus palácios sumptuosos inundados da luz do Sol, Lázaro diz: Que sumptuosidade apresenta esta metrópole. E quanta perversidade precisamente naqueles que deveriam dar bom exemplo. Eis lá em baixo o Templo, para cuja construção o próprio David juntou o material. Seu filho Salomão o construiu a fim de que o povo judaico lá se reunisse em determinadas épocas para dar honras a Deus. Quem, hoje em dia, exige honrarias? Os miseráveis fariseus, escribas e sacerdotes. A antiga e milagrosa Arca da União há vinte e quatro anos se acha no arquivo das relíquias ineficazes...” [2] Através desta afirmação de Lázaro na presença de Jesus, deduzimos que o tempo mencionado corresponde ao período que se inicia com a apresentação de Jesus no templo, para fazer a Sua prova de maturidade como Varão judeu (a cerimónia do Bar Mitzvá - ver a obra ‘O Menino Jesus no Templo’). Nos muitos diálogos entre o Menino Jesus e os fariseus, foi-lhes demonstrado pela Escritura que Ele era o Messias esperado. Portanto, desde o surgimento do Messias, a Arca deixou de ter valor, pois havia chegado Aquele que era maior que a Arca; esta e todas as outras figuras proféticas que apontavam a pessoa de Jesus deixaram de exercer a sua função. Um tempo novo havia chegado e um novo templo havia sido inaugurado: o templo verdadeiro no coração do homem, como atesta a Escritura: “Não sabeis vós que sois o templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?” [3] Como a Arca verdadeira deixou de ter utilidade, os fariseus mandaram construir outra com engrenagens mecânicas, ludibriando os incautos a quem a mostravam a troco de dinheiro, conforme vimos no diálogo entre Lázaro e Jesus. 3 Quanto ao véu do templo que é alvo da nossa reflexão, convém citar uma passagem que nos revela o papel especial e profético de Maria. A mãe de Jesus, quando criança, foi criada no templo; já muito perto de se tornar mãe do Salvador, foi-lhe atribuída uma tarefa no restauro do véu que anos mais tarde haveria de rasgar-se com a morte do seu Filho. É dito: “O sumo-sacerdote, então, lembrou-se de Maria, igualmente daquela estirpe que fora entregue aos cuidados de José (...) Ouvi-me, virgens do tronco de David, que segundo a vontade de Deus determinara que o bordado fino do reposteiro a separar o santíssimo do templo deveria ser sempre executado pelas virgens do tronco dele, legando por testamento que o trabalho deveria ser executado após sorteio e de acordo com as aptidões de cada uma (...) Maria, filha de Ana e Joaquim, recebeu a incumbência dos fios escarlate e púrpura (...) Tal facto se dera quando Zacarias emudeceu por ocasião de um sacrifício no templo (...) Maria era parente de Zacarias (...) Todos os que vinham a casa de José admiravam-se da extraordinária habilidade de Maria (...) Em três dias ela terminou essa tarefa e sem demora apanhou o fio de púrpura, havendo necessidade de humedecê-lo constantemente, Maria várias vezes pegava no cântaro para buscar água no poço.” [4] Maria ficou então com a incumbência de bordar a parte que era trabalhada com os fios de escarlate e púrpura. A profecia está patente: o escarlate aponta o Sangue e o Sacrifício de Jesus; a púrpura aponta a Sua Realeza, como descendente de Davi e também como Rei e Senhor de tudo. Estes “dois fios” foram precisamente os que mais fizeram sofrer Maria, como lhe havia sido dito por Simeão: “...Eis que este (Jesus) é posto para queda e elevação de muitos em Israel, e para sinal que é contraditado (e uma espada trespassará também a tua própria alma), para que se manifestem os pensamentos de muitos corações.” [5] Realmente isto aconteceu com Maria que, sabendo da Missão de Seu Filho, teve de testemunhar com os seus próprios olhos a Sua humilhação e a cruz em que Jesus foi pendurado, vertendo o Seu Sangue para remissão dos pecados da humanidade. (João 19:25) Desde os primórdios, Deus nunca permitiu que as Suas criaturas O vissem. Até Moisés que teve o privilégio de lidar com Ele com frequência, ouvindo a Sua Voz e dialogando com Ele como 4 um igual, quando desejou ver a Sua Face, recebeu a seguinte resposta: “Não poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum verá a minha face, e viverá.” [6] Foi Jesus que nos mostrou o Pai, pois Ele é o Emanuel, o Deus connosco. Em Jesus, Deus veio habitar com as Suas criaturas mostrando-lhes o Seu grande Amor. Ao longo de toda a Sua existência como Filho do Homem, Jesus deixou-nos o Seu exemplo, abrindo-nos o Caminho e mostrando a Verdade libertadora; mas a Vida, que também estava n’Ele, só nos foi outorgada pela Sua morte sacrificial, quando o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo (do céu à terra), e o acesso à Eternidade foi franqueado em plenitude. Esta é a razão por que no ditado deste número nos é dito: “Nada mais podeis, sem Me encontrar no caminho.” Por que o Pai nos diz estas palavras? Porque a nossa vivência espiritual, ou melhor, a nossa Salvação, forçosamente tem de passar pela Pessoa de Jesus, só Ele é e será por toda a Eternidade o nosso Deus, Rei, Senhor, Pai e Salvador. Hoje em dia, em meio de tantas denominações cristãs e linhas de pensamento diverso, existe uma certa dificuldade em compreender o valor do sacrifício de Jesus e a importância e necessidade do Calvário para a nossa libertação, pois Ele é apresentado na maioria das vezes como Alguém que resolve os nossos problemas materiais, e não como Aquele que nos convida a segui-Lo, renunciando ao mundo e carregando a cruz. Em meio a uma controvérsia na igreja de Corinto, o apóstolo Paulo só se preocupou em saber destes irmãos quem era Jesus para eles: “Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado.” [7] Da mesma forma, hoje e sempre, a Pedra fundamental que é Jesus não pode ser contornada, pois foi o Seu Amor que nos permitiu ter acesso não somente ao primeiro, ou segundo, mas sim ao terceiro céu, lugar por excelência de prémio na Eternidade com Deus. Vivamos a vida na comunhão com Ele e não mais existirá qualquer “véu” ou “parede” que nos impeça de chegar àquele patamar espiritual. Paulo testemunhou da sua própria experiência, dizendo: “Conheço um homem em Cristo que há catorze anos (se no corpo não sei, se fora do corpo não sei, Deus o sabe) foi arrebatado 5 até ao terceiro céu (...) Foi arrebatado ao paraíso; e ouviu palavras inefáveis, de que ao homem não é lícito falar.” [8] As experiências de tantos podem ser vivenciadas por qualquer um de nós, dependendo do grau de comunhão com o Pai. Se existem pessoas que desde o berço foram encaminhados para conhecer Jesus, outros, infelizmente, não tiveram essa oportunidade e trilharam caminhos diversos. Mas para todos estes valem as palavras do Pai que nos foram ditadas: “O que varia é o tempo e o local.” Se o leitor chegou até aqui e não tem uma real experiência espiritual com Deus, hoje é o tempo, como nos alerta a Escritura: “Portanto, como diz o Espírito Santo, se ouvirdes hoje a sua voz, não endureçais os vossos corações.” [9] Não endurecer os nossos corações, nada mais é do que abrirmos a nossa mente, qual janela, para que entre o Sol - Jesus em Sua Plenitude é o Sol Espiritual que tudo ilumina e aquece. Também isto nos foi lembrado neste ditado: “Deixai o Sol entrar nas vossas casas. Eu sou a Luz, Eu sou o vosso Sol.” A Escritura atesta esta verdade pontual, com a Verdade Eterna, em que o próprio Cristo diz: “Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.” [10] Franqueemos a porta ao primeiro bater de Jesus e não nos vamos arrepender da atitude tomada. Fraternalmente em Cristo. Pr. Egídio [1] Mateus 27:50-51 [2] O Grande Evangelho de João – VI – 173:1 [3] I Coríntios 3:16 [4] A Infância de Jesus – cap.2 [5] Lucas 2:34-35 [6] Êxodo 33:18-20 [7] I Coríntios 2:1 [8] II Coríntios 12:2-4 [9] Hebreus 3:7-8 [10] Apocalipse 3:20. *** 6 “RECADOS DO PAI” “Rasgou-se o véu e naquele tempo sobre vós veio o caminho da Salvação. Nada mais podeis, sem Me encontrar no caminho. O que varia é o tempo e o local. Todo o pai aconselha o filho a trilhar o melhor caminho para que não tenha percalços, mas são poucos os que acatam o conselho. Vós gostais de experimentar, vós gostais de transgredir, vós sois fracos no espírito e deixais-vos levar. E o momento sendo chegado, correis para o Pai porque da terra só colheis dor e tormenta; de Mim colheis a Paz, o Amor, a Serenidade do Espírito. Procurai pensar em Mim e aos poucos Eu me achegarei a vós. Persisti em Mim e o caminho se vos abrirá e por certo será encontrardes a Verdade e a Vida Eterna. Deixai o Sol entrar nas vossas casas. Eu sou a Luz, Eu sou o vosso Sol. Todas as casas devem ser iluminadas e se possível com janelas que deixem os raios do Sol penetrarem. O Sol purifica, limpa e transmite a Minha luz no vosso espaço. Quando acordais de manhã, abri as persianas das vossas janelas e deixai entrar o Sol em cada divisória da casa. Abri um pouco as janelas, cinco centímetros em cada divisão, pelo menos dez minutos por dia e deixai o ar entrar e circular. Secai a vossa roupa ao Sol e apanhai-a antes do Sol se pôr. E vós, como templo que sois do Pai, deixai também o Sol invadir-vos com cuidado e protecção, mas aquecendo o vosso coração. Eu sou a Luz, Eu sou a Luz do mundo, Eu curo, Eu liberto, Eu entro em tudo através dos raios do Sol e pela força do Espírito. Recebei-Me todos os dias ao nascer do Sol, orai ao Sol se pôr e esperai em Mim durante a noite, que Eu vos protegerei. Do vosso Pai.” *** 7 EXCERTOS D’O GRANDE EVANGELHO DE JOÃO REFLEXÕES DO SENHOR À VISTA DE JERUSALÉM Ao observarmos a cidade com os seus palácios sumptuosos inundados da luz do Sol, Lázaro diz: “Que sumptuosidade apresenta esta metrópole! E quanta perversidade precisamente naqueles que deveriam dar bom exemplo. Eis lá em baixo o Templo, para cuja construção o próprio David juntou o material. Seu filho Salomão o construiu a fim de que o povo judaico lá se reunisse em determinadas épocas para dar Honras a Deus. Quem, hoje em dia, exige honrarias? Os miseráveis fariseus, escribas e sacerdotes. A antiga e milagrosa Arca da União há vinte e quatro anos se acha no arquivo das relíquias ineficazes, e a nova também não faz efeito. Entretanto, esta recebe maiores oferendas que a antiga. Por aí se vê como a multidão é enganada pelos templários; não acreditam em Deus Único e Verdadeiro, pelo ultraje das Suas Leis dadas a Moisés e aos demais profetas, impondo os seus próprios princípios, impossíveis de merecer crédito para criaturas sensatas. Todo o mundo geme sob o peso insuportável por parte dos fariseus, entretanto nenhum tem coragem para denunciá-los. Somente Tu, Senhor, abriste os olhos dos homens para saberem a quantas andam com o sinédrio. De nada adianta, pois fazem atrevidamente o que querem e não há raio que os atinja em cheio. Em vez de aceitarem a Tua Boa Nova com toda a alegria, amaldiçoam aqueles que a aceitam.” Digo Eu: “Caro irmão, não te alteres demais; já sabes necessitar tudo de tempo determinado nesta Terra, e não ser possível partir-se um velho cedro como se faz a uma vara frágil. Vê, ficarei aqui por alguns dias e doutrinarei diariamente no Templo, durante sete dias. Levará benefício quem se converter; os que persistirem em sua teimosia e subsequente maldade perecerão no dia do juízo, que irromperá sobre Jerusalém e todas as criaturas. Antes deste acontecimento se abater sobre todos os ateus, surgirão grandes sinais no Céu e na Terra. Ainda não será isto o fim e apenas a esperança de que alguém venha a salvar-se. E caso os sinais não forem considerados, virá grande tribulação para que as criaturas se convertam a Deus. Se isto também não frutificar, enviarei profetas que tentarão com voz poderosa qual trombeta, despertar todos os mortos. Os que se deixarem despertar à Luz da Vida ressuscitarão para a Vida Eterna; aqueles que, com tal chamada dos Meus mensageiros, despertarem a sua ira e revolta contra Mim e o Meu Verbo, ressuscitarão, não para a vida, mas para a morte pelo julgamento, e serão atirados à treva eterna no julgamento, onde existe choro e ranger de dentes. 8 Todo o homem justo deve fugir quando vier o julgamento. Quem se encontrar no cume do conhecimento das Verdades puras e divinas não deve descer para apanhar a sua velha vestimenta (o ensino dos fariseus), e sim convém ficar nas alturas luminosas. E quem estiver no campo do novo desempenho dentro da Minha Doutrina não deve voltar à antiga pátria das cerimónias, fúteis e sem valor, mas permanecer na nova pista, conservando a vida! Dar-se-á estarem dois homens em uma casa quando vier o julgamento; um será salvo, o outro perecerá. Quem agir pela Minha Doutrina escapará; quem a possuir e agir pelo antigo fermento dos fariseus será aniquilado. De igual modo haverá dois no campo e dois no moinho; e sempre um será aceite para a vida eterna e o outro deixado no julgamento. Por isso, precavei-vos do antigo fermento dos fariseus; pois com ele ninguém escapará do julgamento.” A PREDIÇÃO DO ACTUAL JULGAMENTO (O Senhor): “O julgamento de Jerusalém se repetirá quando eu exterminar a grande prostituta de Babel e será idêntico ao da época de Noé, de Sodoma e Gomorra. Dar-se-ão grandes sinais sobre a terra, no mar e no Céu, e despertarei servos que por Mim profetizarão a proximidade do grande julgamento. O orgulho dos homens, porém, não lhes prestará ouvidos e nenhum acreditará, ridicularizando-os como tolos. Precisamente isso será a prova certa do julgamento, cujo fogo dizimará os malfeitores. Muitos jovens terão visões e muitas moças vaticinarão coisas futuras (Joel 2:28-32). Felizes serão aqueles que se regenerarem com estes avisos. Tal época será facilmente reconhecida, como na primavera irrompem os brotos da figueira. Haverá guerras isoladas e um povo desafiará outro; a carestia será enorme e aparecerão muitas moléstias pestilentas, como nunca as houve. Isto tudo será precedido de grandes terremotos, para despertarem as criaturas à penitência e à caridade. Felizes os que se modificarem por isto. Muitos, porém, não se perturbarão, atribuindo tais factos às forças da Natureza. Por causa do Meu Nome vários serão lançados ao cárcere, sendo-lhes proibido, com ameaças, de falar em futuro julgamento; pois quem não agir a mando da grande prostituta de Babel será perseguido. Tudo isto se dará perto de setecentos anos antes, a fim de que ninguém venha a dizer não ter sido avisado. A contar de agora, não passarão dois mil anos para se apresentar o grande julgamento e será o último nesta Terra. Só então se estabelecerá o Paraíso sobre a 9 mesma e o lobo habitará com a ovelha comendo numa só vasilha. (Isaías 11:6-10) Nas proximidades do julgamento se apresentará o sinal do Filho do Homem, no Céu, isto é: o Céu na criatura Me reconhecerá como Senhor Único de Céus e Terra, e a sua alma Me louvará. Mas ainda não será o aperfeiçoamento do homem. Quando, porém, vier com toda clareza nas nuvens celestes com todas as glórias do Céu, na palavra viva cujo som será idêntico às trombetas de guerra e julgamento e no verdadeiro Céu no coração humano – terá chegado o julgamento. O homem justo entrará na Minha Glória e os malfeitores serão liquidados pelo fogo da Minha Ira Justa, ingressando no inferno das suas acções maldosas, preparado para todos os demónios incorrigíveis. Pois quem escolhe o inferno, de livre vontade, será amaldiçoado por ele mesmo. O bem será eternamente o bem, e o mal perdurará sempre o mal, servindo de base condenadora e escabelo para os Meus Pés. Eu Mesmo a ninguém condenarei como Deus Eterno; isso será feito pelo Meu Verbo que vos dirigi. Pois quando tiver subido ao Meu Reino, jamais voltarei à Terra, em carne, e sim, somente em Espírito, e será como foi no início: No Princípio era o Verbo, o Verbo estava com Deus e Deus Mesmo era o Verbo. O Verbo encarnou e viveu entre as criaturas. Ele, ou seja, Eu, vim junto dos Meus e eles, não Me reconheceram; pois o mundo e a carne deles os haviam cegado e emudecido. Estou entre vós como homem, por isso não vos posso transmitir todo o poder e força do Meu Espírito. Mas quando estiver entre vós, em Espírito, transmitirei todo o Poder e Força do Meu Espírito, que sou Eu Mesmo desde Eternidades. Em Espírito e no Seu Poder ficarei entre vós até ao fim dos tempos desta Terra até que o último espírito condenado dela se tenha libertado. Com este planeta se apagará para sempre o berço dos filhos de Deus. A partir daí tudo será julgado espiritualmente. Já vos falei e demonstrei por diversas vezes o futuro desta Terra. Aguardai com paciência a libertação segura e não desejeis um julgamento mundial antes do tempo. Quando chegar, será cedo para vós e muito mais para aqueles que serão julgados; pois no julgamento, Amor e Misericórdia se acham afastados, e cada alma será entregue à sua própria ajuda, para que venha a sentir quão inútil foi o socorro temporal das criaturas mundanas. Agora, dizei-Me se compreendestes tudo isto.” (O Grande Evangelho de João – VI – 173,174) *** 10 EXPLICAÇÃO DE TEXTOS DA ESCRITURA SAGRADA (Revelação dada pelo Senhor ao profeta Jakob Lorber) Capítulo 11 “ E ele, lançando de si a sua capa, levantou-se, e foi ter com Jesus.” (Marcos 10:50) Por que o cego Bartimeu se desfez da sua capa? Ele podia ter ido junto de Jesus com ela quando Ele o chamou. O cego era prudente, pois calculou que a capa pesada o impediria de correr. Assim, desfez-se do empecilho que dificultava o seu andar, aproximando-se rapidamente do Senhor para receber a luz de seus olhos. Este cego é um intelectual que no entanto tem consciência da sua cegueira e sabe Quem o poderia curar. Há muitos de tais cegos pelos caminhos e outros tacteiam pelos cantos. Mas os primeiros adormecem dopados pelo ópio da sua sapiência e sonham acordados. No atordoamento do seu sonho intelectual ignoram quando o Senhor caminha perto deles e que também são cegos. Por isso, não chamam: “Filho de Davi, ajuda-me!” Outros que tacteiam por todos os cantos e procuram mal, sobre Aquele que os poderia socorrer; afastam-se do caminho quando passa o Filho de Davi e perdem o exacto momento quando Ele caminha para Jericó. Este caminho é a estrada da provação por este mundo; e Jericó é o ponto final, ou seja, o mundo espiritual. O cego não temeu os discípulos ameaçadores, sabendo que o Senhor é mais poderoso do que eles. Por isso Ele o atendeu, e o cego atirou para longe o último empecilho para chegar mais depressa. Este cego é um bom exemplo e deve ser imitado por vós que sois também cegos no caminho. Aguardai a chegada do Senhor e à Sua passagem não vos amedronteis perante o mundo, mas pedi que Se apiede de vós e vos dê a Luz da Vida eterna. E Ele assim fará. A capa do cego é o mundo, bem como a erudição e a sapiência intelectual. Atirai-os para longe, já que vos chamo todos os dias, para não dificultar o caminho que leva a Mim. Se o cego, quando o chamei, tivesse vestido mais algumas peças de roupa, teriam pesado tanto que nem poderia levantar-se, muito menos correr para junto de Quem o chamou. Se vos chamo diariamente, seria prudente vestirdes-vos com toda a sorte de roupas e capas de sapiência mundana? Isso seria a maior tolice. 11 Desfazei-vos de tudo e procurai-Me no coração, e Eu abrirei os vossos olhos fazendo-vos videntes em espírito, para realizardes de um lance mais do que tacteando milénios em vossa cegueira espiritual. De que serve ao cego a sua visão fantástica durante o sonho? Quando ele despertar estará mais cego do que antes. De que adianta ao homem toda a roupagem da sabedoria profunda e pesada? Ela há-de pesar tanto, a ponto de impedi-lo de se levantar quando for chamado para receber a Luz viva. O espírito do homem já possui tudo e só necessita que se lhe abram os olhos para ver a infinita plenitude da Vida dentro de si. Mas, qual será o seu lucro, se o homem abarrota a memória e raciocínio com cascas e sombras? Nenhum. Ele leva prejuízo e é enclausurado num caos de cascas e de sombras, tornando-se difícil alcançar uma liberdade, muito menos ainda o recebimento da Luz viva de seus olhos. Suponhamos que tivésseis decorado a Bíblia toda, enquanto um outro assimilou apenas alguns versículos, praticando-os rigorosamente. Para ele, os dois versículos se tornam vivos, libertando o seu espírito; para vós, a Escritura toda é morta e não assimilais um versículo sequer. Não resta dúvida de que lado está a vantagem. Talvez alguém proteste: Quem sabe mais, também poderá praticar mais. Eu respondo: O homem é Minha obra, por isso sei o que lhe é útil. *** O MEDO DA INCERTEZA Se pudéssemos imaginar o que o Senhor sente em relação aos nossos medos perante o desconhecido e pelos receios que assolam os nossos dias com as coisas mais banais, poderíamos dizer que Ele acha que a nossa fé é muito tíbia. E é nessa falta de fé que assenta toda a angústia que nos aflige. Porque não fomos criados para termos uma vida angustiada, mas para sentirmos a alegria e plenitude de uma existência em permanente comunhão com o nosso eterno Pai. Quem não se lembra, ou partilhou da alegria de uma criança pequenina quando o seu pai a atira em direcção ao céu e a apanha no ar? Ela ri exultante, jamais duvidando que os braços do seu pai 12 não estarão abertos e prontos para a agarrar com firmeza e em segurança. No entanto nós, como filhos de Deus, não somos capazes de ter o mesmo comportamento, ou seja, confiar n’Ele como fazíamos quando éramos pequeninos. E essa falta de confiança é a razão de muitos males que nos afligem. Quem está doente receia o pior – existe o medo do que poderá ter; do que lhe dirá o médico, receando um diagnóstico nefasto, ao invés de pensar que o seu amado Pai em tudo tem a última palavra, e pode curar milagrosamente. Mas para o milagre acontecer temos de voltar a ser como a criancinha que o seu pai atira ao ar. Para todas as portas existe uma Chave – esta chave de acesso chama-se FÉ. Quem não tem fé tem medo. E quem olha para a vida com negativismo e receio não consegue a paz de espírito, essencial para ser feliz. Quem poderá saber o que nos espera o amanhã, quando não temos nenhum controlo sobre o que o amanhã nos reserva? Ora, tal comportamento não faz sentido, quando Deus está ao nosso lado, querendo ajudar-nos a vencer os obstáculos que enfrentamos durante a nossa vida na Terra. A questão que se põe é se nós permitimos que isso aconteça. Gostaria de partilhar convosco uma alegoria que alguém me descreveu. Nela, havia uma estrada pavimentada de pedra branca partida em pequenos pedaços irregulares, o que tornava o piso doloroso para os pés descalços daqueles que a percorriam. De onde em onde, surgiam pedras maiores, onde aqueles que já tinham os pés feridos e ensanguentados se sentavam para reunir forças para prosseguir e palmilhar mais um troço do trajecto. Alguns choravam de dor, lamentando-se desanimados. Outros, em igual estado, tentavam alentar os mais debilitados. Contudo, havia uma coisa que as unia – era uma luz brilhante no final da estrada. Porém, o percurso era difícil de percorrer. A certa altura, à direita, viram uma estrada larga de alcatrão bem macio, com uma curva que desaparecia do nosso ângulo de visão, numa curva à direita, por detrás de uma montanha. Muitos caminhantes não resistiram e decidiram abandonar a estrada agreste, optando pelo pavimento liso e suave da estrada de alcatrão, pondo fim ao seu sofrimento e sacrifício. 13 Todavia, após cruzarem a bifurcação das estradas aconteceu algo de extraordinário àqueles que não cederam ao apelo físico nem optaram pelo caminho mais suave, mas decidiram continuar na estrada alva e recta. O piso de pedra agreste tinha como um tapete invisível que amaciava de tal forma os seus passos que deixaram de sentir o piso agreste. A luz ao fundo da estrada, agora mais intensa e brilhante, atraía-os como um íman; os pés feridos começaram a não os incomodar mais, e uma grande alegria e paz apoderou-se de todos. Começaram também a sentir a presença de anjos ao seu lado, acompanhando-os na jornada. E ao fundo a Luz brilhava de uma forma cada vez mais deslumbrante à medida que se aproximavam do final da estrada. A estrada de asfalto ficava à esquerda dessa Luz. Qual a simbologia espiritual desta alegoria? A estrada de pedra branca partida com arestas cortantes é o caminho mais exigente de todos aqueles que desejam alcançar o aperfeiçoamento espiritual. É feito de renúncias e sacrifícios. A Luz é Jesus, o farol que nos conduz ao Criador – Ele é a Luz puríssima. Conforme narrado acima, é um percurso árduo, do qual muitos desistem por considerá-lo cheio de renúncias, nem sempre fáceis de suportar. Alguns enfrentam duras penas pela opção que tomaram; outros quase ficam estagnados se os seus companheiros de jornada não os reconfortarem, dando-lhes forças e incentivandoos para que não desistam. Mas muitos desistem – a maciez da estrada negra é um convite irrecusável. Estes últimos são os que acham que a vida é para ser bem vivida e desfrutada com todos os prazeres do mundo, sem sacrifícios, valores morais, ética, ou amor ao Senhor. Porém, a partir do momento que ultrapassam a bifurcação, simbolicamente, a separação das águas, os persistentes deparam-se com a existência dos milagres em suas vidas. O Pai dá ordem aos Seus anjos para que amaciem o piso e acompanhem os Seus filhos amados. Estes passam a desfrutar da doce alegria da comunhão, do tocar o intocável e sentir o que a maioria não consegue sequer pressentir. Esses caminhantes sabem para onde vão e o que os espera no fim da jornada. A maravilhosa glória do Pai que nos aguarda no final do caminho. E para nos guiar e incentivar, a Sua Luz vai 14 brilhando cada vez mais, à medida que nos aproximamos do final da carreira. E tal como o apóstolo, sentem a alegria de poder dizer como ele: ”Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. ” (II Timóteo 4:7) A vida é simples. Nós é que gostamos de a tornar complicada. O Senhor foi claro quando disse: “Não vos inquieteis pois pelo dia de amanhã… Basta a cada dia o seu mal.” (Mateus 6:34) Ao invés de nos preocuparmos demasiado, aprendamos a dizer: “Senhor, o meu espírito, a minha alma e o meu corpo são Teus. Eu confio em Ti querido Pai, guia os meus passos.” E a partir daí, deixemos que Ele, como Pai que é, cuide de nós em todas as circunstâncias. Podemos ter a certeza que Ele nunca nos irá abandonar. Há que aprender a confiar, sem desanimar nem desistir durante o percurso. Temos problemas, doenças, desgostos, desencantos e somos mal-amados ou traídos muitas vezes pelas pessoas na terra? Temos tudo isso em dose reforçada. Mas quando aprendermos a dizer a Deus, por palavras proferidas não apenas pelos lábios, mas profundamente sentidas no nosso coração: Senhor eu creio em Ti, milagres começarão a acontecer nas nossas vidas, pois o Único que nunca falha é Deus! Como Jesus disse: “No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” (João 16:33) Então, quem CRÊ de verdade não tem receio do que quer que seja, porque sabe que um dia vai regressar ao Lar eterno, onde será acolhido pelo Pai, e com Ele viverá por toda a eternidade. Irmã Manuela *** 15 NOTÍCIAS DE BETÂNIA Temos o prazer de informar que a nossa cozinha já está a funcionar em pleno e as refeições quentes para distribuir aos nossos irmãos mais carenciados já começaram a ser confeccionadas. Durante o mês de Junho foram distribuídas 320 refeições nas ruas da cidade do Porto, em duas distribuições. Um dia perguntaram a Jesus como saberíamos da Sua satisfação pelo nosso trabalho de ajuda ao próximo. Ele respondeu que era fácil fazer essa aferição, pois podíamos ver o Seu agrado quando o víssemos no rosto do nosso próximo. Ficamos felizes porque vimos no rosto de todos alegria em receber um alimento quente, que sempre satisfaz mais que uma sande. Aproveitamos para lembrar que no passado dia 6 de Junho a Igreja Evangélica Betânia comemorou o seu 24.º aniversário. Ao longo deste tempo, nunca deixamos de proclamar o Evangelho de Jesus e a partir de 2007, com o conhecimento d’A Nova Revelação Viva, aprofundámos ainda mais o nosso relacionamento com Jesus e a Sua doutrina. Foi nessa altura que foi desenvolvido o trabalho de caridade, distribuindo alimentos aos carenciados e sem abrigo da nossa cidade. Até ao dia de hoje, o nosso Pai nunca deixou que faltasse nada no nosso meio. Por essa razão rendemos-Lhe a nossa gratidão. *** 16 Leia a Bíblia e ‘O Grande Evangelho de João’ “A Luz Completa” “Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há-de vir.” (Evangelho de João 16:13) “Eis a razão, porque agora transmito a Luz Completa, para que ninguém venha a desculpar-se numa argumentação errónea de que Eu, desde a minha presença física nesta terra, não Me tivesse preocupado com a pureza integral de Minha doutrina e de seus aceitadores. Quando voltar novamente, farei uma grande selecção e não aceitarei quem vier escusar-se. Pois todos os que procurarem com seriedade acharão a verdade.” (O Grande Evangelho de João – volume I – 91:19-20) IGREJA EVANGÉLICA BETÂNIA Rua de Damão, 289 e 297 4465-119 SÃO MAMEDE DE INFESTA – PORTUGAL – www.refugiobetania.org refugiobetania@gmail.com NIF: 510 601 960 IBAN: PT50 0036 0188 9910 0037 251 13 SWIFT: MPIOPTPL (Distribuição gratuita) 

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