sexta-feira, 7 de abril de 2017

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DO CÉU À TERRA.


NO CÉU COMO NA TERRA


A Cruz de Cristo durante o conflito atômico
(Quadro do Bruce Pennington)

ESCREVI EM 06 DE ABRIL DE 2017:

PAULO DE TARSO E O RETORNO DE CRISTO.
LER E ESTUDAR A TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO REDIGIDA POR MEU FRATERNAL AMIGO FLAVIO CIUCANI, FAZ COM QUE A ALMA SE ALEGRE E FORTALECE O ESPÍRITO NA FÉ EM CRISTO, NOSSO SENHOR E SALVADOR.
LEIAM, MEDITEM E DEDUZAM!

Palermo – Itália, 06 de Abril de 2017. 



NO CÉU COMO NA TERRA
(Por Flavio Ciucani)

A sucessão de acontecimentos terríveis na Terra dia após dia nos recordam os sinais anunciados por Jesus antes do “fim” do mundo (Mateus Cap. 24). Entretanto, nosso instinto de sobrevivência nos faz ter esperança de que todas as belezas naturais que nos rodeiam não se acabam: nos entusiasmamos diante de uma exibição artística, ao escutar música, ou alguma canção; um entardecer ou um amanhecer provocam em nós emoções indescritíveis; a beleza de uma mulher ou de um homem nos atraem; o mar, os rios, as vigorosas cascatas embriagam nossa sensibilidade. Todo o formoso que nos rodeia nos une apaixonadamente a este Planeta. Talvez seja por esta atração que relacionamos o “fim” unicamente com a Terra, com os homens e com as coisas deste mundo. Apesar de tudo, pareceria necessário que isso ocorra: “Pois Cristo deve reinar até que tenha posto todos os seus inimigos sob seus pés. E o último inimigo que será abolido é a morte. Porque Deus pôs tudo em sujeição sob seus pés” (1º Carta Corintios 15, 25-27).

Se prestarmos atenção à afirmação do Apóstolo Paulo descobrimos que o “fim” não significa destruição mas sim submissão. O único elemento que será eliminado será a morte. Todos os inimigos ficarão sujeitos a Cristo, isso significa salvação, vida, não destruição, assim como foi afirmado: “Eu sou o caminho a verdade e a vida” (João 14, 6). Portanto estar sujeitos a Aquele que reinará, tem o sentido de “criação” de uma nova vida, e o “fim” se converte em “inicio”“Eu sou o Alfa e a Ômega, o Primeiro e o Último, o princípio e o fim” (Apocalipse 22, 13). A submissão é uma necessidade para criar um único reino “É necessário que Cristo reine”, porque toda a Criação, nascida da infinita Sabedoria e junto à Sabedoria/Cristo, tem um único objetivo: a união ou a reunificação com o Espírito Criador. “No princípio existia o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio Dele, e sem Ele nada do que foi feito, foi feito” (João 1, 1-3). Além disso, “É necessário que Cristo reine” já que todos os espíritos crísticos enviados à Terra não conseguiram influenciar nas decisões do homem para uma salvação consciente, quer dizer, preferir esses comportamentos materiais e espirituais, escolhidos com o “livre-arbítrio”, capazes de fazer com que a humanidade de um salto evolutivo. O próprio Cristo se fez homem e sendo homem se imolou, mas nem sequer isto foi suficiente. Portanto é uma necessidade chamar a todos os escolhidos para que se reúnam: “Mas, segundo Sua promessa, nós esperamos novos céus e nova terra, nos quais residirá a justiça” (2º Carta Pedro 3, 13). Infelizmente este transpasse não será indolor quanto a quão imperioso passa a ser a mudança da humanidade a nível físico/material, econômico/social, cultural/educativo, moral/espiritual: “Porque haverá então uma grande tribulação, tal como não aconteceu desde o começo do mundo até agora, nem acontecerá jamais” (Mateus 24, 21).

A predição do Jesus faz duvidar sobre o termo “mundo” ao qual faz referência e não quer dizer que se refira unicamente à Terra, mas sim poderia referir-se ao “Universo” ou à “Criação”, quer dizer, “o tudo”. Inclusive o próprio “Pai Nosso”, a oração que Jesus ensinou aos Apóstolos, poderia ter uma interpretação diferente, embora pareça rebuscada. No fragmento que diz: “Faça-se Vossa vontade assim na Terra como no Céu”, os advérbios em grego ?? e em latim sicut têm um significado comparativo “assim como é no Céu que também seja na Terra”, mas poderia querer dizer “assim no Céu como na Terra”, cujo verbo “faça” se refere o mesmo ao Céu que à Terra. Mas a promessa sobre a instauração do Reino fica aberta e tem haver com uma regeneração total: “Vi um novo céu e uma nova terra, porque o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. E vi a cidade Santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, de Deus, preparada como uma noiva embelezada para seu marido” (Apocalipse 21, 1-2). Esta expectativa passa a ser real se considerarmos que também “no Céu” é necessário que se instaure este Reino prometido já que, evidentemente, esse “Céu”, ao que imaginamos perfeito, não o é tanto. “Porque nele foram criadas todas as coisas, tanto nos céus como na terra, visíveis e invisíveis; que sejam tronos ou domínios ou poderes ou autoridades; tudo foi criado por meio Dele e para Ele. E Ele é antes de todas as coisas, e Nele todas as coisas permanecem. Ele é também a cabeça do corpo que é a igreja” (Colosenses 1, 16-17). Se a perfeição tivesse haVer com o “Céu” a afirmação do Justo Job seria incompreensível “As estrelas não são puras a seus olhos” (Job 25, 5).

A Justiça divina não pode ser imperfeita e, portanto seu julgamento é perfeito. O Espírito julga a Suas criaturas segundo o conceito de causa e efeito, portanto o julgamento se apoiará no mérito. Todos os seres animados, inclusive os corpos celestes, têm um espírito eterno e como tal estão sujeitos a julgamento sobre seu crescimento conforme às leis do espírito. Também terá que se ter em conta que toda a Criação está sujeita à corrupção da matéria: quanto mais matéria compõe o corpo físico, mais sujeito se encontra o mesmo à corrupção. “Porque a criação foi submetida a vaidade, não por sua própria vontade, mas sim por causa daquele que a submeteu, na esperança de que a própria criação será também liberada da escravidão da corrupção à liberdade da glória dos filhos de Deus” (Romanos 8, 20-21). Se isso valer para os assim chamados “corpos celestes”, quer dizer que com mais razão vale para quem habita as inumeráveis “moradas” do Pai. Segundo o imaginário coletivo os Anjos “filhos de Deus” que ficaram na Terra se rebelaram contra os costumes de sua ordem e grau. “Os filhos de Deus viram que as filhas dos homens eram formosas, e tomaram para si mulheres dentre todas as que gostavam” (Gênese 6, 2). Sabemos que Jesus teve que lidar com Satanás que estava na Terra. De fato Ele se retirou ao deserto “E esteve no deserto quarenta dias, sendo tentado por Satanás; e estava entre as feras, e os anjos lhe serviam” (Marcos 1, 13). “Então Jesus lhe disse: Vai-te, Satanás! Porque escrito está: ‘ao Senhor seu Deus adorará, e somente a Ele servirá’. O diabo então lhe deixou; e eis aqui, anjos vieram e lhe serviam” (Mateus 4, 10). Mas os Anjos rebeldes e seus colaboradores estão realmente todos na Terra? Se lermos o Livro de Enoc (Etíopico) este nos expõe outra realidade: “Ali vi sete estrelas parecidas com grandes montanhas, que ardiam, e quando perguntei sobre isso, o anjo me disse: Este sítio é o final do Céu e da Terra, chegou a ser a prisão das estrelas e dos poderes do céu. As estrelas que rodam sobre o fogo são as que transgrediram o mandamento do Senhor, desde o começo de sua ascensão, porque não chegaram ao seu devido tempo e Ele se irritou contra elas e as aprisionou até o tempo da consumação de sua culpa para sempre, no ano do mistério” (Capítulo 18, 13-16). “Depois Sariel me disse: Aqui estarão os Vigilantes que se conectaram por sua própria conta com mulheres. Seus espíritos assumindo muito diversas aparências se corromperam e desencaminharam os humanos para sacrificá-los a demônios como se fossem deuses, até o dia do grande julgamento, em que serão julgados e encontrarão seu final. Quanto a suas mulheres, as que foram seduzidas pelos Vigilantes, se tornarão sossegadas. Eu Enoc, sozinho, vi a visão, o final de todas as coisas” (Capítulo 19, 1-3).

Destas duas passagens citadas pertencentes ao Livro de Enoc, além das simbologias, parecia ser que os rebeldes habitam em lugares celestes e que eles influenciam a mente dos humanos. Embora tivéssemos que pôr em dúvida a veracidade das visões de Enoc, há muitas analogias com a visão de João o Apóstolo: “O quinto anjo tocou a trombeta, e vi uma estrela que tinha caído do céu à terra, e lhe deu a chave do poço do abismo. Quando abriu o poço do abismo, subiu fumaça do poço como a fumaça de um grande forno, e o sol e o ar se obscureceram pela fumaça do poço. E da fumaça saíram lagostas sobre a terra, e lhes deu poder como têm poder os escorpiões da terra. Lhes disse que não danificassem a erva da terra, nem nada verde, nem nenhuma árvore, mas sim somente aos homens que não tiver o selo de Deus na testa” (Apocalipses 9, 1-4). Quem libera e apóia à Besta que se joga contra os justos da Terra, chegam do Céu. Antes que o Juiz se imponha e restabeleça Seu Reino, terá lugar a grande batalha entre Miguel com seus anjos e o Dragão com seus anjos, “E um grande sinal apareceu no céu: uma mulher vestida do sol, com a lua debaixo de seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre sua cabeça; estava grávida, e gritava, estando de parto e com dores de iluminação. Então apareceu outro sinal no céu: eis aqui, um grande dragão vermelho que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre suas cabeças havia sete diademas. Sua cauda arrastou a terceira parte das estrelas do céu e as jogou sobre a terra. E o dragão se parou diante da mulher que estava para dar a luz, a fim de devorar seu filho quando ela desse a luz. E ela deu a luz um filho varão, que tem que reger a todas as nações com vara de ferro; e seu filho foi arrebatado até Deus e até seu trono. E a mulher fugiu para o deserto, onde tinha um lugar preparado por Deus, para ser sustentada ali por mil duzentos e sessenta dias. Então houve guerra no céu: Miguel e seus anjos combateram contra o dragão. E o dragão e seus anjos lutaram, mas não puderam vencer, nem se encontrou mais lugar para eles no céu” (Apocalipse 12, 1-8).

Logo então Cristo, quando todos os inimigos do Céu e da Terra se encontrem a seus pés, instaurará o Reino prometido e haverá “um novo Céu e uma nova Terra”.

Flavio Ciucani.
Em 05 de Abril de 2017.

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